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sábado, 25 de outubro de 2008

O estudo e a sua lógica comercial

Eu estudo numa universidade particular, mas posso estar à vontade ao falar desta lógica comercial, porque antes de entrar na universidade particular entrei na universidade pública e se não houvesse ensino particular, certamente que ficaria no ensino público. O Estado aqui tem culpa, a diferença a que hoje todos assistimos entre qualidade do ensino público e a qualidade ensino privado é notória em determinados cursos e isso deve-se principalmente ao facto de a educação ter sido vendida ao mercado, daí nos anos 90 as universidades privadas terem crescido de uma forma incrível, sendo hoje "tubarões" no mercado. Hoje, não podemos fugir à lógica de que quem estuda é tratado como quem compra algo numa lógica comercial, mas aqui nem todas as pessoas podem ser tratadas da mesma forma, porque esta lógica comercial deve-se também ao crescimento dos regimes excepcionais de tratamento favorável nas entradas para as faculdades, deve-se à falta de controlo do Estado e essencialmente à falta de investimento ao longo dos anos na educação. Eu acho que devia haver mais investimento no ensino público, e acho que esta lógica comercial está correcta actualmente, porque hà pessoas que pagam para ir para o ensino privado, e que caso não pagassem não tiravam o curso.

Barack Obama

A luta continua e o mundo continua à espera da mudança, de uma nova visão, de uma nova política. Neste momento, é preciso mudar essencialmente a política económica e os E.U.A não precisam de uma pessoa que tenha em sua mente políticas idênticas às do passado, daí a mudança ser a solução para os E.U.A e para o mundo. Barack Obama já conseguiu mudar muitas mentalidades na América e só espero que o povo americano na altura do voto não perca a coragem da mudança e assumam de vez um novo rumo, sustentando em políticas sólidas.

Call Center para "velhinhos"

Em tempos, as novas tecnologias não chegavam a todas as zonas do país, mas hoje isso é possível, e "enganar" as pessoas continua a ser uma forma bastante utilizada por diversas pessoas que exercem determinadas profissões e que deviam ter "vergonha" e respeito, pelo menos, quando está em causa a dignidade das pessoas. Hà uns tempos, tive oportunidade de falar com uma amiga minha que foi chamada para trabalhar para um Call Center, e que esteve um dia a trabalhar e nesse mesmo dia decidiu abandonar o trabalho, porque achou inadmissível a forma utilizada para se obterem os resultados e objectivos em causa, nem que para isso, tivessem que "inventar" e "enganar" as pessoas de todas as formas possíveis e imagináveis. Acho que quase todas as pessoas já tiveram conhecimento de familiares ou conhecidos sobre os quais tentaram vender telefones ou sobre os quais eram prometidas grandes viagens e que no fim as viagens não existiam e os telefones eram pagos a preços diferentes dos estabelecidos no início. O mais grave é quando as pessoas vão pela "ganância", aceitam tudo para ganhar dinheiro. Cada vez, existe mais pessoas a aceitarem trabalhos do "vale tudo", onde ligam para os "velhinhos" e tentam enganá-los, trabalham com um nível "baixo" de profissionalismo, não prestigiam as pessoas que trabalham nas suas áreas, e felizmente cada vez mais são os casos das pessoas que avisam as polícias quando se apercebem que estão a ser enganadas e burladas.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A idade e o mercado de trabalho

Hoje, quanto mais tarde se comprar o bilhete de avião com destino para o mercado de trabalho, mais riscos as pessoas enfrentam na procura de emprego e aí o factor “idade” aparece-nos como um dos grandes problemas a enfrentar à medida que o tempo passa e cada vez mais o mercado de trabalho rejeita pessoas com 30 anos para os empregos, justificando a idade como elemento influente na decisão de rejeição de emprego.
Hà uns anos atrás se a “idade” não era uma preocupação para entrar no mercado do trabalho, hoje a ”idade” é um obstáculo que à medida que o tempo passa exige mais de cada um de nós e com o congestionamento do mercado, exige que, em critérios de selecção a idade seja requisito de empregabilidade. Claro que o empregador nao vai responder ao candidato o seguinte: Olhe senhor você já está velho para isto! Não pode, porque a lei não permite qualquer discriminação baseada na idade, mas o que acontece na maioria dos casos é o empregador invocar outra causa para rejeitar o candidato, não revelando a sua vontade real.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Oralidade

Hoje, no curso de Direito, a oralidade continua a ser um factor crucial para atingir o sucesso na área e desempenhar mais tarde as funções com brio profissional. Com o sistema de Bolonha implementado nas faculdades, as orais em Direito acabaram e agora fazem parte apenas da avaliação contínua, o que não obriga o aluno a ter que obter nota mínima em oral para ir ao exame escrito, podendo ir a exame escrito directamente, tendo de obter nota mínima para fazer a cadeira. Eu acredito que os sistemas implementados são sempre com o intuito de tornar a universidade mais “avançada” e num modelo mais moderno, mas também acho que não devemos esquecer os princípios básicos de cada curso. Eu aqui acho que a oralidade deveria até ser introduzida no ensino secundário na área de Humanidades, pois seria uma forma de preparar melhor o aluno, desenvolver suas capacidades de expressão oral e testar sua vocação. O problema da vocação é outra questão e devia ser profundamente estudada, pois são cada vez mais as pessoas que se formam em cursos onde não estão satisfeitas e depois isso reflecte-se no seu mau desempenho profissional.

Amigo Padre Álvaro!

Amigo e estimado companheiro Álvaro.
Na vida, eu acredito no valor das pessoas e isso é realmente um dos aspectos que diferencia cada um de nós. Conheci este amigo numa das grandes caminhadas do grupo de jovens e foi uma pessoa com quem aprendi muito e que ainda hoje admiro e respeito. Fiquei contente quando tomei conhecimento que o amigo iria para um “Mosteiro” e espero que tudo corra bem nesta nova etapa da tua vida e que continues a lutar e apoiar aqueles que mais necessitam que, infelizmente são cada vez mais a cada dia que passa no mundo.
Um dia uma pessoa chateou-se comigo pelo facto de eu dar demasiada importância a certas pessoas e nunca chegou a perceber a razão de tal facto?
A resposta é que eu acredito no valor das pessoas e isso para mim é o que diferencia as grandes pessoas das pessoas com menos valor.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Pessoas sobem na vida e o trabalho é sempre um dia recompensado

Hoje, ainda existem pessoas que, infelizmente traçam o perfil de um adolescente quando o próprio ainda tem uma vida pela frente. Eu falo, por exemplo, de pessoas que desde cedo são condenadas pela sociedade, pessoas que são colocadas de parte nas escolas e onde os professores, por vezes, são quem mais contribuem para esse isolamento e esse afastamento do adolescente.
Há pouco tempo, um estimado amigo, pelo qual tenho um enorme respeito conseguiu emprego após tirar o curso. Numa conversa ele diz-me:” Esta semana fui à escola onde um dia fui colocado de parte e rejeitado e como já estava formado fui recebido como um “rei” por essas mesmas pessoas que um dia me rejeitaram e me dificultaram a vida”. Eu fiquei contente por ele ter subido na vida e infelizmente o que ainda revela alguma “ignorância” é as pessoas não perceberem que o que faz a diferença na vida é o trabalho, o esforço, o respeito, a humildade e a forma como se assume as próprias responsabilidades.
Isto, apenas para afirmar que chegará sempre o momento na vida, mais tarde ou mais cedo, em que a pessoa terá que revelar o seu carácter, terá que lutar se quer uma vida melhor como maior parte das pessoas, e aí já não estarão os encarregados de educação ou “professores coloridos” para ocultar o carácter da pessoa.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Meios de Comunicação - notícia popular substitui notícia real

Os meios de comunicação têm um valor informativo de particular relevância, desde logo porque chegam de forma directa às pessoas e com um impacto que, por vezes, não dignifica a classe das pessoas que todos os dias trabalham nos meios informativos do nosso país. Eu ultimamente, tenho assistido a episódios rídiculos de pessoas a deslocarem-se aos bancos em busca do seu dinheiro, devido ao facto dos meios de comunicação alertarem as pessoas, do risco de poderem vir a perder o seu dinheiro. Isto é um abuso e revela uma falta de profissionalismo por parte das pessoas que trabalham diariamente para levar as notícias a todos os portugueses. Hoje, como já tive ocasião de referir noutros artigos, vivemos numa época do "vale tudo" e este jornalismo que se pratica cada vez perde mais valor, e esta perda de valor e de nível do jornalismo em Portugal, leva a que caminhemos para o "vale tudo" rural e para a " notícia popular", em vez da "notícia real" que dignificaria toda uma classe que cada vez mais perde prestigio e respeito em Portugal.

sábado, 4 de outubro de 2008

Culpa na formação das pessoas

Hoje, são diferenciados os problemas no país e um deles é a sinistralidade nas estradas. A sinistralidade não é fácil de combater, e actualmente está decorrer um concurso aceitando-se estudos que apresentem soluções alternativas às actuais e principalmente inovações que reduzam a sinistralidade nas estradas em Portugal. Eu acho que, para além da possibilidade de instalação de meios, quer humanos, quer materiais de modo estratégico nas estradas, acho que existe um grau elevado de culpa na formação das pessoas. Eu esta sexta-feira estava a fazer a viagem de Porto a Esposende pela A-28, quando à saída do Porto as notícias alertavam para um acidente grave ao quilómetro 20 na saída para modivas. Ao passar era visível o estado desastroso e terrível em que uma carrinha após o acidente. Será que foi erro humano ou não ? Pois, na maioria dos casos não chegamos aos chamados "resultados" que na verdade é o que interessa para apurar responsabilidades. Mas as velocidades praticadas nas auto-estradas continuam a ser excessivas e essa continua a ser a principal causa de mortes nas estradas. Eu aqui, acho que em consonância com outras formas de combate, deve-se introduzir novos métodos de trabalho nas escolas de condução, porque a realidade mostra-nos que na maioria dos casos a culpa está na formação das pessoas e quando isso acontece algo tem de se mudar,algo tem de se introduzir, algo tem de acabar, que são as sucessivas mortes nas estradas.