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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ética

Nós inter-relacionamo-nos porque as nossas acções e manifestações obdecem a regras, e por isso mesmo, se tornam intelegíveis. Vivemos numa sociedade democrática e a nossa conduta humana é regida por regras, sendo estas regras de origem social. Por vezes, e já aconteceu a qualquer indivíduo, hà graves violações de regras de conduta, seja por omissão ou por acção, que nos supreende e que nos faz pensar que uma sociedade para evoluir precisa de obdecer aos seus princípios básicos e às regras de conduta humana para garantir uma verdadeira sustentabilidade democrática . A ética tem haver com modo de ser, carácter de cada pessoa, com a sua conduta, seus princípios e como refere S. Vasquez : " A ética é a ciência que estuda o comportamento moral dos homens na sociedade". Mas temos uma sociedade de valores ? A realidade mostra-nos que cada vez menos o indivíduo tem ética, tem valores incorporados no seu dia-a-dia, pois a actualidade revela-nos que o indivíduo só cumpre aquilo que é obrigado, só cumpre se houver uma ordem judicial, por imposição de uma norma jurídica. A ética é um compromisso sério de uma sociedade que queira evoluir e ser inteligente, porque trata de valores e respeito para com os indivíduos, mas quando falamos de ética é inevitável não lembrar a falta de ética que hoje existe na política, sendo da política que emergem as principais medidas para o país.

Povo solidário

É um sinal positivo verificar que cada vez mais somos um povo solidário, cada vez mais estas "tragédias" (recentemente Haiti e Madeira) captam das pessoas o seu "lado humano" e aproveitando esta solidariedade seria bom que houvesse muitas pessoas este ano a fazer férias na Madeira e a incentivar o turismo e ajudar aquele povo, que vai precisar da ajuda nacional e internacional, pois é o seu modo de vida e de subsistência. Seria bom e útil para a região autónoma, por exemplo, haver uma campanha de incentivo às pessoas a viajarem para a Madeira, incluído num plano estratégico.

Rio 2016 ;)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

António Lobo Xavier

Ouvia o ilustre e respeitado António Lobo Xavier, administrador da Sonae ( a experiência da falhada OPA da Sonae sobre a PT explica o conhecimento sobre o que se pronuncia), e subscrevia o que dizia : " Será que ninguém sabia sobre o negócio da PT sobre a TVI ? " Eu acho, e isto já se tornou um uso na política, que já existe pouca gente na política a dizer a verdade e isso pelo facto de qualquer "artista" hoje ser político. E o que preocupa é que as pessoas que lutaram durante anos e anos para merecer o respeito das pessoas pela dignidade do seu trabalho, reconhecido nacional e internacional, até essas "pessoas" são colocadas em "cheque" pelos "bandeirantes", que são aqueles que que enchem os gabinetes, que fazem os recados, que percorrem as ruas secundárias da política. Eu referi o Dr. António Lobo Xavier, porque ele não é nenhum "radical" como o ouvi afirmar, porque radicais são as pessoas que acreditam que o nosso Primeiro Ministro é um santo e que nunca soube de nada.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Criar oportunidades nas áreas de concentração de pobreza

Aliviar a pobreza concentrada e intergeracional é, na minha opinião, um dos grandes desafios deste século, num momento difícil que o mundo enfrenta, é urgente criar oportunidades junto daqueles que dispõem de poucos recursos financeiros, baixos níveis de educação, e abrir portas em locais de difícil acesso é um desafio à escala mundial e do qual espero que esse "abrir portas" seja significativo e diferente do "pós 1929", porque toda a pessoa pode ser útil à sociedade, desde que tenha instrumentos para tal e a tarefa passa por conseguir fazer chegar aqueles que mais necessitam esses instrumentos, que na maioria dos casos, concentram-se em bairros. Barack Obama é um dos líderes mundiais em quem confio nesta tarefa e sempre tive esperança, e é das pessoas que acompanho regularmente no plano internacional, e para combater o que acabei de referir, nos E.U.A, criou vinte "Bairros Promessa", em cidades com elevado níveis de pobreza, crime e baixos níveis de sucesso escolar. Estes bairros envolverão tanto as crianças como os pais num programa de preparação para o êxito baseado em objectivos tangíveis, incluindo o acesso à faculdade para todos os estudantes participantes e o dos bons resultados de saúde física e mental para as crianças, bem como a conservação de um emprego significativo e escolas parentais para os pais. Esta é uma medida de quem está a trabalhar para o país, e que podia ser exemplo para diversos países, incluindo Portugal, em que são muitas as zonas de concentração de pobreza e em que de forma injustificada e errada o Governo oferece o "comodismo" e a "indiferença" (ex: rendimento mínimo garantido) em superação ao "trabalho" e "progesso intergeracional".

Ambiente

Recentemente, estive envolvido no estudo da evolução do direito do ambiente, e, ao pensar as questões ambientais tornou-se inevitável produzir o seguinte pensamento: Como foi possível durante anos e anos poluirmos o ambiente, comprometendo as gerações futuras e ainda hoje existirem países que lesam o ambiente de forma dolosa e aceitam viver em conformidade com esse comprometimento das gerações futuras, não havendo um verdadeiro desenvolvimento sustentável?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Oh Bora Bora ;)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Assalto - 13/02/10

Eram 8:00 da manhã e acordava para ir para a Universidade Católica, desço para a garagem, quando para meu espanto constato que o meu carro tinha sido "vandalizado". Será que o país pode continuar assim ? Não acredito, mas pergunto quando é que teremos um país que deixe de beneficiar os "marginais" e passe a puni-los severamente ? Um dia diziam-me que antes do 25 Abril era "punição, punição e punição", hoje é "liberdade, liberdade, liberdade", e amanhã ?
Eu, desde criança orgulho-me de ter crescido com educação e regras e é com essas regras que aprendi a respeitar os outros e a sociedade onde me insiro, e é com sentimento de tristeza que acabo de terminar este pequeno artigo, onde reitero a esperança da mudança, e do sentimento sincero de quem acredita na punição severa de todos aqueles que infrinjam as regras e leis da sociedade e não saibam viver e inserir-se nela, ou seja, os "marginais".

Congelamentos Salários Função Pública

O Governo não anuncia, mas estou curioso para poder aceder ao PEC ( Programa de Estabilidade e Crescimento) que o Governo enviará a Bruxelas e às medidas propostas pelo Governo para "cortar" na despesa pública. E, neste âmbito, para reduzir o défice vai ter "atacar" a despesa Pública e congelando os salários da Administração Pública, não será uma medida proporcional, justa e adequada não afectar os "salários" dos trabalhadores que recebem um montante pecuniário até 1500 euros mensais como já aconteceu anteriormente ? Até ao momento, nada é referido, mas já estamos habituados a medidas urgentes e de última hora para salvar o país, como aumento de impostos, que também na altura seria substituído pela receita do Estado através de investimento público.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vizinha Filomena

Por vezes, ainda existem dias que olho para cima para a janela mas já não está a vizinha Filomena, pessoa que lembro diversas vezes na minha vida e que não esqueço. Não esqueço o apoio, o carinho, a força, a "palavra" amiga, sincera e humilde, não esqueço a pessoa. Não esqueço também, porque foi marcante e foi pouco antes do triste acontecimento, a importante conversa que tive com Filomena numa visita ao Hospital que fizemos na companhia da minha mãe e meu irmão (os quatro), em que na altura fomos visitar uma estimada minha tia, momentos antes de Filomena descobrir a doença fatídica que acabou com a sua vida: cancro. Na generalidade dos casos, é rara a pessoa que se conforma com o desaparecimento de uma pessoa, pela forte e mais consensual razão de "não saber se volta a ver essa pessoa". Não sei se conformação não será uma palavra demasiado forte para afirmação, mas penso que tristeza é um sentimento que representa o que sinto e quando penso na Filomena, em contraste com um sentimento de esperança. Já passou algum tempo, bastante para outros, desde do momento do seu desaparecimento, mas para mim o que releva é a pessoa e não o tempo. Agora, gostava sinceramente, e aqui talvez o tempo já seja importante, com luta e trabalho, ver o meu país a tornar mais acessível o acesso à saúde, pois é um direito consagrado constitucionalmente, mas que infelizmente, a par de tantos outros direitos, fica-se pelo diploma. Umas das grandes preocupações de Barack Obama e que faz parte da sua grande luta é a saúde, porque sabe e esteve muitas vezes no terreno e presenciou casos, a par da sua experiência pessoal, de pessoas pobres sem meios para acederem, por exemplo, a um médico, sem nunca poderem aceder a um especialista, e é neste âmbito que gostava urgentemente de ver o meu país a ter igual preocupação e a fazer reformas completas e com seriedade, não brincar com as pessoas.

Exportador de laranjas

Um dia, já fomos um extraordinário exportador de laranjas, diz-nos a história que foi em 1830, onde exportávamos à roda das 240.000 toneladas de laranjas por ano.
Estava a consultar, (porque para saber estes factos, estas datas históricas, tive que recorrer de forma esporádica a algo ou a alguém), um livro antigo do falecido e lembrado Galvão de Melo, ao mesmo que me surgia o seguinte pensamento: tão apreciada deveria, de facto, ser a laranja do nosso país, pois apenas o sul de Espanha competia connosco. Isto pode ser interpretado de várias formas, admitindo que para a maioria das pessoas será uma mera curiosidade, mas analisando com rigor e seriedade esta curiosidade, suscita-me a seguinte questão: Porquê, hoje, não é assim? Se atmosfera continua rica e as condições climatéricas não se alteraram sensivelmente, qual a razão para não termos andando para a frente na agricultura, e porque "não" na exportação da nossa famosa laranja ?
Por toda a Europa e pelo Mundo os processos de regar agricultura foram passando do conhecimento tradicional ao conhecimento científico, num processo de desenvolvimento permanente. Em Portugal, isso não aconteceu, e se a agricultura ainda sobrevive é graças às gerações dos nossos avós, mas parou por aí e não acompanha os restantes países. Hoje, as terras estão abandonadas, mas não admira com os poucos incentivos que o Governo disponibiliza a estas gentes do campo, que tão esquecidas continuam por esse país. As gerações passadas abandonaram este país, mas uma das frases que deixaram como legado ao seus sucessores não devia ser esquecida por aqueles que decidem o amanhã de muita gente foi : " a riqueza dos povos é o trabalho dos homens". Seria interessante que alguém fizesse um estudo completo de todas as terras desde do Minho ao Algarve, e ver onde o país precisa de corrigir, de modo obter um melhor aproveitamento das nossas terras

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Lamentável (Lei das Finanças Regionais)

O país está doente, mas os partidos políticos e o Governo continuam a discutir se devemos transferir mais dinheiro para os Açores e para Madeira ? Esta semana a Assembleia da República deu uma imagem péssima ao país, de defender aquilo que não tem defesa e discutir aquilo que não deveria ser discutido. Será que na Assembleia da República, o Governo e os partidos políticos vivem à margem do país ? O país está com a sua credibilidade em baixo e continua-se a discutir uma lei que aumenta o endividamento para as regiões autónomas. Eu acho que já deu para perceber e não restam muitas dúvidas que um governo de minoria não vai conseguir governar o país, e perante isto temos 2 hipóteses: ou hà uma coligação ( ou espécie de acordo com todos os partidos políticos) ou o P.R vai ter de actuar se as coisas continuarem neste estado.

Admiração

Hoje, estava a chegar da faculdade e a pensar na impressionante capacidade, vontade e esforço de alguns colegas com "idade avançada" que estão a tirar o curso de Direito, com elevados níveis de exigência. É bom que a vida possibilite às pessoas poderem realizar seus sonhos ou objectivos em qualquer idade, embora defenda como sempre o fiz que deveria haver limites, mas não para estas pessoas a que me refiro, sim para jovens que aproveitam as vantagens desse regime específico para uma faixa etária da sociedade quando pensado na sua construção. Ainda hoje dizia a um estimado amigo na faculdade que o admirava pelo facto de conseguir "pedalar" ao nível de um jovem e dizia-lhe que infelizmente devido à falta de controlo dos "regimes excepcionais, como o de maiores de 23 anos", as faculdades são obrigadas a elevar os níveis de exigência, sendo ridículo, a verdade é que as salas de pós-laboral no nosso país já estão cheias de jovens.

Semana difícil para Portugal, União Europeia a 27 ou 24 ?

Foi com especial atenção, preocupação e cautela que observei a agitação nos mercados internacionais e fui acompanhando o nome de Portugal distribuído por todos os meios de comunicação internacionais pelos piores motivos. Primeiramente, será que agora o país vai acordar de vez e os seus agentes políticos vão fazer o trabalho de casa ou vai ser preciso vir cá alguém para mandar e fazer o trabalho que não tem sido feito ? Espero que não seja preciso chegar a tanta incompetência, porque, Portugal ainda tem activos de valor. Portugal precisa de deixar o jogo político e enfrentar a situação real com medidas reais e se hà momento em que é preciso saber falar ao país, o momento é o actual, pois as pessoas merecem que lhes chegue a informação de forma credível e séria.
Mas, embora a situação seja difícil para Portugal, eu pergunto o que foram as declarações do Comissário Joaquín Almunia ? Somos uma união a 27 ou uma união a 24 ? A União Europeia não pode permitir este tipo de declarações, porque isto piora a situação dos países, neste caso particular da Grécia, Portugal e Espanha, e são golpes oratórios que não devem ser permitidos quando estamos numa europa a 27 e que deve dar a imagem de uma europa unida, pois foi nessa base que surgiu e que se tem sustentado. Hà uma coisa que esse Comissário aprendeu rápido, que foi que quando se faz uma asneira deve-se corrigí-la imediatamente, de modo a diminuir os efeitos da asneira.