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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Relatório de Acção Humanitária 2010





Criam-se e intensificam-se os apelos de ajuda humanitária direccionados para os 28 países onde as necessidades se fazem sentir com maior urgência, particularmente nas crianças e mulheres, segundo o Relatório de Acção Humanitária deste ano. A necessidade reside em assegurar o acesso à água potável, a meios de saneamento e higiene adequados, à saúde e à nutrição, proteger as crianças contra violência e maus-tratos e oferecer uma educação ás crianças. A crise financeira mundial está a dificultar o acesso e ajuda, está abolir o apoio de primeira necessidade a quem mais precisa, e se em 2009, segundo relatório da ONU para a Agricultura e Alimentação, mais de mil milhões de pessoas no mundo passavam fome, os números de 2010 serão piores e devem exigir uma reflexão séria ou vamos assistir a mais uma época de crise mundial (última faz-nos retornar ao ano de 1929) em que a desigualdade cresce como objectivo, em que os países serão compostos formalmente pelas cidades, vilas e aldeias, mas que substancialmente apenas serão constituídos pelas capitais ?


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Portugueses não merecem estes políticos actuais, estas gentes sem patamares mínimos de vergonha e respeito



Limite, Limite, Limite, até quando os portugueses vão ter de suportar e engolir abruptamente a falta de respeito, a calúnia, a falsidade, arrogância, o oculto, a insensibilidade, a falta de educação e exemplo, o eleitoralismo destas gentes que "brincam" com quem trabalha diariamente ?
Incrível! Não há nenhum partido que tenha respeitado os portugueses. Ora vejamos, o CDS reservou-se durante um determinado período de tempo, e bem, argumentando que estava a defender o "interesse nacional" e só tomaria uma posição quando conhecesse o documento. O PSD começou as negociações e CDS declara-se contra e faz críticas severas e passadas sobre a figura do Primeiro-Ministro, numa altura em que este homem já deve ser ignorado, e não criticado. O CDS aqui teve, na minha opinião, uma decisão mais política do que nacional, mais a pensar no partido do que a pensar nos portugueses. O PSD não dá para entender. Achei que esteve bem quando se absteve no PEC, mas agora a consequência parece terrível. Porquê tanto tempo para tomar uma decisão ? Porquê tanto ataque político ? Porquê tanto "espectáculo" político, como tanto o partido socialista, na pessoa do seu líder, gosta ? O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista ao defenderem o TGV, por exemplo, neste momento, perdem toda a razão e, mesmo que pensem nos portugueses, não pensam no seu melhor nem na sua qualidade de vida. O PS é o "polvo", que colocou este país nos "cuidados intensivos", prestes a estar ligado a uma sonda para poder alimentar-se. Já há muito não sabem falar ao país. Mas a pergunta tem de ser feita, qual o político que fala ao país ? Já ninguém acredita nas pessoas actuais destes partidos, e Portugal não tem "políticos de verdade" que saibam falar ao povo. Nestes momentos, aqueles que colocam os sobrinhos, os afilhados, os primos na política sem competências e qualidades para ocuparem os lugares devem também co-responsabilizar-se agora e sentirem-se uns inúteis, porque não serviram o país, mas prejudicaram-no.


Solidariedade e generosidade chega aos Autarcas. Coitados, pobres coitados!

Coitados, pobre coitados! É verdade, os políticos e os gestores públicos vão passar muito mal, segundo o as declarações proferidas pelos mesmos, como é possível passar-se a viver só com 3298 euros, como acontecerá com o autarca Valentim Loureiro ( auferia anteriormente 3624 euros), ou com 4176 euros, como sucederá com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Lage (auferia anteriormente 4641 euros) ?
A política neste país tens as suas virtudes e pode servir de analogia para exemplificar determinadas situações. Eu aqui faço uma analogia ao "Circo", afirmando que não faltam artistas e números para todos os gostos e agradar todo o tipo de público. E o próximo que se segue é o Major Valentim Loureiro : " Vou poupar água e electricidade lá em casa e fazer menos sessões de cinema".

Juntos pelas crianças ;)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mia Couto ainda não foi desta!

Vagueava mais uma vez pela biblioteca, seja a da "Boavisteira" ou da "fozeira", e não foi desta! Quando regressei de África, guardava em mim uma busca, uma ânsia desesperada na procura e na busca do saber, das gentes de África e nos seus modos de vida, em todo a sua história, que é tão nossa. Antes de partir, guardei a conversa, a disponibilidade, a generosidade, a saudade de rosto de uns vizinhos que compreendiam aquele momento, aquela intenção, aquela procura, aquela direcção. A "Zeza dos pioneiros" e seu marido "João dos pioneiros" por quem tanta estima nutro, que partilhavam comigo um tempo de felicidade, de origem, de saudade constante. Bem, esta gente fala com uma emoção, que contagia! Foi o meu pensamento espontâneo, de quem lutou e tudo perdeu em segundos na vida. "Era Moçambique, a minha gente joãozinho" ( dizia-me com emoção a vizinha). Não partia para Moçambique, mas partia para África, e aquelas gentes, mesmo dispersas, têm todas o mesmo coração. Um dia aterrarei em Moçambique, e levarei comigo a aprendizagem. Penso e digo: Ainda não foi desta!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bin Laden, estamos juntos nesta questão das portagens nas scuts!

Distinguir essencial do supérfluo, numa nova etapa de desenvolvimento final dos povos

Impressiona, preocupa, exige sacrifícios, inteligência, sensibilidade, maturidade, trabalho, rigor, a vida mudou, mas será que já toda a gente aceitou isso ? Não é uma escolha, é uma imposição. Portugal e os portugueses têm de mudar de vida, porque a própria "vida" mudou, o que exige novas adaptações e mudanças a um modelo de sociedade diferente e mais exigente, que vai ser severo com os seus destinatários, vai pedir sacrifícios aos que menos têm possibilidades, vai oferecer mais rendimentos a quem já usufrui rendimentos elevados e vai extinguir uma classe que é geradora de equilíbrios na sociedade, a chamada classe média. Lembrar Tocqueville, o pensador político extraordinário, seria mencionar uma etapa final de desenvolvimento dos povos, será esta ? Fim de um sistema ?

"Imaginem", boa reflexão de Mário Crespo






" Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.
Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.
Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos".

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Países Lusófonos ao nosso lado! (12-10-10 - ONU)

Após a surpreendente rejeição da lista portuguesa candidata à representação de Portugal no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem pelo Conselho da Europa, pelo grave motivo invocado :" falta de qualidade", surge a eleição de Portugal para membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU. Felizmente, e com toda a justiça, uma das mais-valias (talvez das únicas, numa modéstia exacerbada) deste Governo português reside na pasta dos negócios estrangeiros, que no cômputo geral tem efectuado um bom trabalho na representação de Portugal no exterior. Esta eleição seria impossível sem contribuição empenhada e efectiva dos países lusófonos, nomeadamente Brasil e países Africanos, que tanta estima e consideração guardam do nosso país, nunca esquecem o passado, que nunca deixa de ser recente, embora cada vez mais temporal. Esperar pela Europa unida seria esperar por uma derrota, porque cerca de 30% dos países Europeus não votaram nos dois candidatos europeus, inclinando o seu voto para Canadá. Neste domínio, subscrevo Dr. Freitas do Amaral quando refere que uma das razões, para além das demais é "o facto de Portugal ser um país pequeno, não tem capacidade para comprar votos, tem um papel de mediador pacífico nas suas posições conhecidas internacionalmente e não pode ser desonesto no plano internacional, porque não tem poder para o fazer, ao contrário da Alemanha e do Canadá".

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Matrimónio, uma escola que exige o cumprimento de valores

Hoje, reflectir sobre o "matrimónio" é, para diversos seres humanos, assumir um erro, por falta de qualificação e dedicação à escola e ao conjunto dos seus valores. Procurar uma definição de matrimónio exige-nos socorrer-nos do Código de Direito Canónico (Canone 1055 ): " o pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os baptizados foi elevado por Cristo Nosso Senhor à dignidade de sacramento". Um dos aspectos essenciais é a "comunhão íntima de toda a vida", que exige uma obdiência eterna a um conjunto de valores fundamentais e basilares, que passam por um respeito supremo pela mulher. Tratando-se de uma comunhão de vida, tem haver um sustentáculo ontológico da comunhão de vida, isto é, sustentar valores em regime de solidariedade recíproca. As pessoas assumem este compromisso, mas têm a real consciência dos valores subjacentes a este instituto ? Esta é a pergunta central da questão, da degradação do instituto, da desilusão de parte dos seus membros que falharam o pacto, da dificuldade de superação dos momentos e da interiorização da igualdade entre os cônjuges. Será que em todos os "matrimónios", as pessoas que assumem o pacto estão preparadas para concretizar com êxito este passo ? A vida exige-nos racionalidade e inteligência nos nossos actos, pensar antes de agir, pensar nos valores que sustentam o instituto, e que, sem eles, o instituto desaparece substancialmente, existindo apenas no aspecto formal. Referindo-me aos valores, dentro dos essenciais, é necessária uma aptidão para colaborar no desenvolvimento da vida cônjugal, o que implica o respeito pela consciência do outro cônjuge ( um valor perdido em diversos matrimónios) e aceitação da responsabilidade de ambos os cônjuges; um equilíbrio mental e sentido de responsabilidade requerido para sustentação material da família, que consiste numa fundamental estabilidade no trabalho. Não me esqueço de um pequeno episódio relatado pelo estimado Padre Pinho Ferreira, em que numa palestra para um público indiferenciado, discutia-se o valor do respeito pela consciência do outro cônjuge, mais especificamente, o respeito pela liberdade religiosa do outro cônjuge, isto pelo facto de o homem não querer que a mulher (muçulmana) fosse para a mesquita no momento em que ele ia para igreja. Isto prova a ignorância quanto a um valor fundamental deste instituto, relata a desqualificação relativamente a esta escola, porque se há valores, esses valores devem ser cumpridos e a vivência prática demonstra que diversos são os membros (homens e mulheres) desta escola que vivem sufocados, perdidos nos livros dos valores, fora da estrada matrimonial, não por culpa sua apenas, penso que a culpa é também da "facilidade" em contrair matrimónio. " Quero casar, mas não quero ter filhos", quem já não ouviu colegas ou pessoas próximas proferirem tais palavras ? Lembrando o Canone 1055, a procriação é um dos fins do matrimónio, logo quem não quer ter filhos não deve contrair matrimónio, ou tem lógica ser membro de um instituto violando as suas regras ? Sejamos rigorosos e sérios, não faz sentido.
Em suma, penso que este instituto evoluia e haveria mais humanização entre seus membros, se houvesse mais qualificação, que teria como consequência, uma maior consciência dos seus valores, direitos e deveres.

5 de Outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Falta de sensibilidade das pessoas. "A gente leva com cada animal no dia-a-dia"

Há uns tempos, escutava, ainda em vida, António Feio e as suas assertivas palavras : " A gente no dia-a-dia leva com cada animal". Não chega classificar a sociedade portuguesa como uma sociedade individualista, é preciso constatar esse individualismo diariamente. Penso, que cada vez mais as novas gerações são expostas a uma sociedade onde nos enganamos uns aos outros, onde caminhamos num sentido mais individual do que solidário, onde a "partilha" é vista de "canto", e não como uma forma de unificação de uma sociedade. Pensadores de um tempo, todos eles existiram, e talvez nesses seus tempos os problemas eram parecidos com os actuais, mas é neste tempo que vivemos e é com ele que lutamos. Não há dúvida que a gente leva com cada animal no dia-a-dia, no sentido que há pessoas que não têm sensibilidade, e eu acredito que deriva do egocentrismo e do individualismo de determinado ser humano, influenciado pelo meio e sociedade em que vive. Isto é uma passagem , qual a nossa missão ? Podemos divergir, mas existirá unanimidade quanto à impossibilidade de uma missão puramente individual, numa sociedade como um todo.