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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Relato do Amigo Angolano Vicente




Impressionante, foi a resposta ao relato do amigo Vicente, que tem uma bolsa Angolana para tirar o seu curso, o "mínimo que o Estado Angolano podia fazer por nós João", afirmava-me perante o seu relato. Falo de um estudante Angolano que, aos 16 anos, teve de matar diversas pessoas para poder sobreviver, matou para conseguir comer, quase perdia a vida numa emboscada, e não teve opção, obrigaram-no a ir para a Guerra. O hiato temporal desde a Guerra Civil Angolana não é assim tão elevado, e a história lembra-nos a obrigatoriedade imposta a um povo que, não tinha outra escolha, a não ser lutar pelo seu país. Se analisarmos as situações da maioria dos estudantes angolanos em Portugal, concluímos que é mesmo o mínimo que o Estado Angolano pode fazer por eles, depois de os terem escravizado e obrigado a fazer Justiça numa Guerra Civil (MPLA e UNITA) dura e sangrenta.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Povo heróico. Egipto Livre ? Irão, 1979.


Egipto - 11 de Fevereiro de 2011




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Irão, 1 de Abril de 1979




Hà uns tempos, discordava de um artigo do Dr. Pedro Santana Lopes, em que afirmava : " Estão milhares a manifestarem-se, mas o Egipto tem 80 milhões de pessoas..", e não me enganei, ou a força de um povo ao longo da história não tem impacto ?
Lembrei Ronald Reagan, que no dia 6 de Fevereiro fazia 100 anos, um célebre discurso para a sua multidão onde o Mrs. President proferia as seguintes palavras : "Este é um cargo de custódia temporária, que vos pertence, quando quiserem vou embora porque é vosso". Quem elege é povo, deve ser o mesmo a definir o futuro dos cargos que alimentam financeiramente, como o de Presidente de uma nação, ou será que Hosni Mubarak queria continuar a manter o seu esquema de ponzi ? Serão interessante os próximos episódios no Egipto, porque como refere o Professor Azeredo Lopes : " O jogo ainda não acabou", mas certo é que temos um país livre estes dias. Não existe, actualmente, nenhum poder teocrático, mas é uma dúvida, basta lembramos o Irão, em que a sua revolução começou, também, com um movimento popular pela democratização e terminou com a criação do primeiro Estado Islâmico. A principal voz da oposição era a figura do Aiatolá Ruhollah Khomeini, clérigo xiita, que pretendia retomar valores religiosos tradicionais muçulmanos. Aqui, sabíamos quem eram os opositores, no Egipto continua a incógnita de ser conhecido os responsáveis por este golpe, os principais delineadores de derrube do regime. Com a Revolução Islâmica de 1979, liderada por este Senhor Aiatolá Khomeini, o Irão tornou-se numa brutal ditadura fundamentalista islâmica, sendo uma das consequências o rompimento com relações com E.U.A, que foi aliar-se ao Saddam Hussein, que mais tarde o enforcou, pois no jogo do poder internacional só não vale o impossível em termos humanos. Desejemos sorte a este povo, e um futuro diferente da anterior ditadura e do Irão, em 1979.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Casamento entre pessoas do mesmo sexo, um crime do liberalismo, que mundo intergeracional queremos construir ? Queremos um mundo ou um Poço ?

Que mundo queremos construir ? Até onde ?
Um tema que deriva de tendências, inclinações, religiões, mas inclina também do seu natural, daquilo que não se muda, daquilo que não se retoca, daquilo que não se altera, daquilo que não se inventa, daquilo que que não se cria, mas surge. Defendo a ligação entre um homem e uma mulher, o encontro da virilidade e da feminilidade, só assim o ser humano atinge a sua perfeição, um direito que deriva do direito natural, da natureza, não existe outra forma de evolução do ser humano, caso não queiramos interpretar à contrario.
Viajava por esta Europa e ouvia a seguinte afirmação : "Isto é um factor de evolução de um país como Portugal ", ah ? Uma vantagem apenas para o país ? Poupem as demagogias.
Urge questionar que mundo intergeracional queremos construir ? Que valores queremos assegurar ? Que Educação queremos definir ? Que natureza queremos ajudar a criar ? Queremos um mundo ou um poço ?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Escrutínio e consequências para o cônjugue que viole elementos do Cânone 1055, "comunhão de toda a vida"

Se for afirmado que, a maioria dos casamentos que existem são nulos, suscitará surpresa, mas é a realidade que informa e basta analisarmos o matrimónio de forma substancial e não apenas formal, que logo no seu início detectaremos os vícios, como por exemplo, a falta de respeito pela consciência do outro cônjugue. Na minha opinião, acho que chegou o tempo de abdicarmos do "casamento apenas como acto formal", que engoliu gerações e gerações, e ainda consegue manter discípulos. Devemos atender à substância, ao facto de estar capaz de assumir o compromisso de uma "comunhão para toda a vida", que exige requisitos: equilíbrio e maturidade pessoal com domínio de si mesmo; capacidade dos contraentes para desenvolverem um amor oblativo e para assegurar o respeito pela personalidade afectiva e sexual do casal; aptidão para colaborar suficientemente no desenvolvimento da vida conjugal, sendo este um ponto fulcral, onde como referi anteriormente, tem haver respeito pela consciência do outro cônjugue e aceitação de responsabilidade de ambos os cônjugues; equilíbrio mental e sentido de responsabilidade requerido para a sustentação material da família, este é um requisito para o cônjugue que foge das suas responsabilidades, que abandona a família nos momentos mais difíceis, que não respeita a moral cristã, sendo um requisito que exige, simultaneamente, estabilidade no trabalho de ambos os cônjugues; capacidade psíquica de participar cada um dos cônjugues, segundo as suas possibilidades, no bem dos filhos, alerta para a responsabilidade moral e psicológica na geração dos filhos. Urge perguntar, todos os casamentos respeitam estes requisitos ? Devemos formular a pergunta ao contrário, quais os que respeitam ? Acho que já era momento de dizer "basta", de haver consequências para o cônjugue que não cumpre com os requisitos, ou queremos continuar a ter "matrimónios encenados", "matrimónios única e exclusivamente formais " , "matrimónios sem regras " ?
É fundamental, para evolução da ordem cristã, do direito canónico, haver mais rigor nesta selecção, com consequências, ou queremos continuar a que o "matrimónio" seja um negócio de famílias ? Um estudo desta semana revela que a violência doméstica continua aumentar entre casais, um crime punido por lei, que surge em detrimento das inúmeros violações do cânone 1055, do matrimónio, que se fossem punidas, talvez contribuísse para uma maior protecção do elo mais fraco ( mulher, segundo dados oficiais INE). Uma parte quer evoluir, mas há quem goste disto, há quem lucre com o facto de tudo ficar na mesma, santa paciência!