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quarta-feira, 23 de março de 2016

Califado Europeu


Estado Islâmico



   O problema do terrorismo é complexo. Em primeiro, porque razão a Europa está a ser atacada pelo terrorismo?
   Aqui, se olharmos para a Síria, percebemos que a Europa já declarou guerra ao Estado Islâmico há muito tempo, onde na prática já bombardeia e ataca alvos terroristas, embora seja apenas via aérea, é difícil não encarar isto como uma guerra. E, tem sido um fracasso esta solução via aérea, visto que tem matado milhares de civis, e não tem impedido o crescimento do Estado Islâmico na Síria, aumentando a sua capacidade de influencia. Quando defendi e defendo que a Europa deveria ter um poder militar, seria a pensar nesta "confusão" de intervenção que está a ocorrer na Síria, em que hoje a Franca decide intensificar os ataques e amanha é o Reino Unido, e, assistimos a uma coligação internacional sem rumo nesta guerra ao terrorismo, e que não tem produzido os efeitos desejados. E perante isto, não seria e não enfraqueceria o Estado Islâmico se houvesse tropas no terreno, inicialmente com apoio aos combatentes que já estão no terreno, mas com mais recursos? Houveram muitos erros no passado, mas não podemos deixar de agir pelo mal que aconteceu no passado, porque as coisas são diferentes, o tempo é outro e o inimigo também é outro e actua de outras formas, e é preciso actuar de formas diversas, e uma delas é enfraquecer as suas posições na Síria, e, infelizmente até ao momento, a solução via aérea tem-se revelado um fracasso.
    Em segundo, é preciso perceber quem são os países que financiam o Estado Islâmico? Toda a gente saber que o principal financiador é Arábia Saudita, e que os milhões e biliões que geram na Síria, através do petróleo e gás natural, é vendido a outros Estados, como, por exemplo, a Turquia, e enquanto os líderes europeus fecharem os olhos a esta realidade, a capacidade de influencia do califado vai crescer e alastrar de forma tentacular, espalhando o terror, como infelizmente tem acontecido.
   Em terceiro, é preciso haver mais partilha de informação entre os Estados e encontrar novas formas de prevenção nesta mesma informação que circula, principalmente entre os terroristas. Esta partilha de informação tem levantado questões legais controversas, devido à privacidade, como o recente caso da Apple, em que proibiu o acesso a determinada informação, por violação da privacidade. Os recentes ataques na Bélgica revelam, que por muita segurança ou prevenção tenha havido, esta não foi suficiente e demonstrou que estamos completamente expostos, e que falhamos, mais uma vez. Como é que o terrorista que foi detido há umas semanas na Bélgica , conseguiu após os atentados de Paris, fugir para a Bélgica? E o mais grave, como é que não constava da base de dados, como hoje é divulgado?
   Em quarto, será que é fechando fronteiras que se vai resolver o problema? Nao parece, porque alguns nascem e vivem em países europeus. Mas, se tentarmos perceber, maioria dos que vivem na Europa, já foram ou vão recorrentemente à Síria, ou os poucos que não o fazem, são controlados por pessoas que estão na Síria. O problema é maior que a Síria, é verdade, mas o seu centro nevrálgico é ali, e se não enfraquecermos esse centro, poderemos continuar a sofrer ataques. E não acredito que esse ataque pudesse aumentar os ataques terroristas, porque os ataques não vão deixar de existir, porque este tipo de célula só deixará de atuar quando desaparecer ou enfraquecer.
    Nao podemos deixar que este tipo de ataques terroristas se torne uma coisa normal, e ouvir um comissário europeu, e ainda por cima, português, a dizer, como ouvi ontem, que este tipo de ataques vai continuar a existir e não serão os últimos, preocupa-me (mesmo que pense não o deve dizer) e revela que a Europa não tem uma voz de comando e não sabe o que dizer e o que fazer perante esta controlo implacável de um grupo terrorista, que actua onde quer, à hora que quer e atinge quem quer, embora seja estranho, que não atinjam alvos políticos, e suscite um caso real de estudo.

terça-feira, 22 de março de 2016

Europa Vergada







   Mete impressão continuar a ver uma Europa vergada perante os sucessivos ataques terroristas de que tem sido alvo. É inadmissível que continue a ser humilhada sem dó e piedade perante todos os seus povos, e, completamente sem reacção. O velho e eterno problema da Europa é não ter militares, não ter frente militar europeia, e, isso tem custado caro à mesma, e tem diminuído a sua capacidade de influencia, que é a mesma há anos. E vem a questão: em que Estado se encontram as forcas europeias? O poder militar europeu é uma sombra que, num momento em que a Europa está a ser atacada a sangue frio, revela-se da pior forma, mostrando que a Europa está entre a espada e a parede e ou avança, ou pode ser dominada. Apesar da Franca ter feito esforços junto da NATO e dos E.U.A. para o desenvolvimento de uma defesa comum europeia, a verdade é que não houveram progressos nesta matéria, nem há indícios que apontem para isso. E, num momento em que a Europa continua desarmada, vejamos que as realidades nacionais estão a reforçar cada vez mais os seus poderes militares e a agravar esse investimento, o que tornará a Europa uma inevitabilidade militar, se quiser sobreviver. 

sexta-feira, 18 de março de 2016

Acordo UE e Turquia



Refugiados a caminho da Europa vindos da Síria



   A União Europeia acaba de conseguir um acordo com a Turquia para solucionar o problema dos refugiados, da seguinte forma: "a partir de Domingo, todos os novos migrantes irregulares que se deslocarem da Turquia para as ilhas gregas serão reenviados para o seu país". A primeira questão que me surge imediatamente é saber se isto é legal e se não viola as normas internacionais. Mas, mais que isso, é saber se esta é a forma de lidar com o problema? Será que destruirá o modelo de negócio dos passadores (sendo este um dos objetivos da UE)? E presumindo que consegue, será este o melhor caminho? Este programa de recolocao prevê ter varias Etapas. Serão estas respeitadas pelos Estados envolvidos? Será melhor agir ou não fazer nada, quando se prevê que o número de migrantes não pare de aumentar?
   Nao haja dúvidas de uma coisa: algo tem de ser feito sob pena de se perder o controlo, principalmente agora com a Primavera, em que se estima um elevadíssimo fluxo de migrantes a chegar à Europa, mas continuo a ter reticencias quanto à legalidade da solução, embora não duvide da sua eficácia prática, e na verdade, a Europa tem de agir, e o perigo é devido à sua inércia e ao hiato temporal que já vai desde do início deste problema, que à medida que o problema se adensa, surja a aplicação de medidas mais severas e com aplicação prática imediata, como será caso desta solução e de outras que já foram surgindo. Esta solução, à partida, prevê apenas e directamente resolver o problema de uma das partes: Europa, mas de qualquer forma, será difícil impedir que os "passadores" (os que trazem os migrantes para Europa) continuem a fazê-lo, a não ser que a Europa coloque ou colocasse barcos nos locais onde estes partem, como por exemplo, na Síria, e aí intensificasse as patrulhas e destruísse os barcos dos "passadores", tendo sempre um plano B para socorrer os refugiados.
     Talvez a criação de mais centros de acolhimento (com ajuda política) em zona mais próximas de conflito do que a Europa fosse uma solução interessante, e a partir desses centros, poderiam chegar à Europa, de uma forma mais ordenada e controlada. Só que, por exemplo, conseguir que África seja parte de uma solução não será fácil, principalmente a nível político.
    A Europa não está a conseguir lidar com os seus dois maiores problemas: refugiados e terrorismo, e, se pode ser perigoso misturar ambos os temas, perigoso poderá ser também separá-los, não por razoes de discriminação ou medo (porque isso é completamente contrário aos valores europeus) mas sim por razoes de aproveitamento dos "passadores" em detrimento destes mesmos refugiados, que fazem tudo o que for preciso para fugir à Guerra e vir para a Europa.



Sporting Clube de Braga






   Ontem recebi o convite e tive o gosto (como tenho sempre quando me desloco a este estádio) e a oportunidade de me deslocar até Braga para ir ver o Braga contra o Fenerbahce, e é de destacar o projecto do Sporting Clube de Braga. Ainda jogava no Esposende quando o Presidente Salvador começou a construir este projecto (jogava com o seu irmão) , e, se na altura, poucos acreditavam que iria conseguir fazer do Braga um clube Europeu, hoje, são poucos os que duvidam disso, e o crescimento deste clube deve ser um exemplo a seguir, e, é transversal a todas as suas escolhas no seu rumo, desde patrocinadores a todos aqueles que fazem parte da estrutura, e até na escolha dos treinadores há uma linha e um perfil quase interpretado como um "costume" de anos, onde a sustentabilidade tem sido uma forte característica, que permite todos os anos que cresça, e, mesmo que seja pouco, cresce sempre, e de uma forma fantástica. O jogo de ontem, onde houve alguma felicidade no resultado, prova e demonstra que quando há competência, e se tem as pessoas certas à frente dos projectos, é sempre mais fácil atingir e alcançar o sucesso. Parabéns Braga.

terça-feira, 15 de março de 2016

Nicolau Breyner


   Um dia, quando se olhar para trás, um dos actores portugueses que será recordado para sempre, sem sombra de dúvidas, será Nicolau Breyner. Adoro, e ainda hoje quando vejo, principalmente no Natal (virou uma tradição) o Nico de Obra, riu-me tanto, porque considero das melhores séries de comédia que existiu na televisão portuguesa, com dois actores formidáveis, e que serão eternos. A forma natural e de improviso com que esta série foi documentada e rodada é algo fantástico e inesquecível, que demonstra o enorme talento e valor de Nicolau Breyner.
   Até sempre Nico.

  

sábado, 12 de março de 2016

Engenheiro Losa Faria

 
Alexandre Losa Faria, Presidente da Camara de Esposende entre 1977 e 1986



  Numa ida às Finanças em Esposende esta sexta-feira aconteceu-me algo que mostra quando uma pessoa deixa marca nas pessoas. Estava esperando pela vez, e comigo estavam algumas pessoas, maioria reformados, e, em conversa, um senhor já reformado, dirige-se a quem ali estava e diz: "eu trabalhei toda a minha vida na Camara de Esposende no tempo do único Presidente que fez politica para as pessoas, a quem estarei sempre eternamente grato, porque lhe devo tudo a um homem bom e que raramente hoje encontramos". Quando o senhor lança o nome do Engenheiro Losa Faria, há um dos senhores que também ali estava que se emociona, contando também uma história deste eterno presidente, em que conta como ele o ajudou várias vezes na vida, e como podia-lhe pedir ajuda no café, não precisando de passar por 3 ou 4 funcionárias como hoje.
   Isto é deixar marca, e o Engenheiro Losa Faria deixou uma marca imperecìvel e que devia servir de lição para todos aqueles que hoje, estão longe do seu legado.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Marcelo é um de nós

 
Marcelo Rebelo de Sousa



   Marcelo fez e está fazer uma coisa simples: ser o simples cidadão comum e transmitir que está ali como podia estar qualquer um de nós. Nunca duvidei de que Marcelo seria o que está a ser e que não mudaria por ser Presidente da Republica. Ainda é cedo, mas já dá para perceber que não é por ser Presidente da República e por ter atingido um grande cargo político que vai deixar de cumprimentar os vizinhos, que vai deixar de tratar os amigos por tu, que vai ficar de nariz empinado, que vai usar o fato ou o estatuto para falar com as pessoas ou que vai usar os portões ou os bunkers para fugir às pessoas, como é já um hábito e um costume péssimo que se instalou na política. 
  Marcelo está mostrar a muitos políticos que a política só faz sentido se for feita de mãos aliadas com as pessoas e que todos os cargos políticos sao cargos temporários, como disse um dia Ronald Reagen.
  É incrível assistir ao vazio que existe no espaco político relativamente a esta proximidade dos políticos com as pessoas, e não tenho duvidas que um político estilo "Marcelo" que se candidate a Primeiro Ministro ganha com maioria absoluta e de forma histórica. 
  É preciso vir Marcelo para, pela primeira vez em anos, se ouvir um discurso com reais preocupações sociais, preocupado com as pessoas. 
   Acredito que isto pode marcar uma viragem na política, e que bom que seria que acontecesse. Nao podia deixar de assinalar esta visita ao Porto, que mostra também que Marcelo reconhece o trabalho e o valor de Rui Moreira (que tem sido incansável), e mais uma vez, foi simples, juntou-se às pessoas.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Votava Lula da Silva

   
Lula da Silva



   Se estivesse no Brasil, tinha votado e voltava a votar em Lula da Silva. Acompanhei desde cedo o seu trabalho, e, o que Lula da Silva fez pelos pobres foi algo que nunca antes ninguém se atreveu sequer a fazer, e, mesmo que muita coisa tenha corrido mal, principalmente no programa "Bolsa Família" (programa de atribuição renda mensal ao mais pobres), conseguiu que uma pessoa que nem dinheiro tinha para comer, conseguisse ter o mínimo de dignidade e conseguiu que uma pessoa que nem sequer conseguia ter um sítio com mínimo de condições higiénicas, que passasse a ter e, a miséria em que algumas dessas pessoas viviam era algo inacreditável. Lutou para que o elevador social esteve ao alcance daqueles que mais precisam, obrigando as entidades e empresas que recebiam fundos estatais a poderem integrar pessoas com menos qualificações, para que estas pudessem ter emprego e subir na vida. 
   Anunciaram que foi detido, quando isso não aconteceu, apenas foi conduzido para interrogatório, e a razão do tribunal para isso foi que se atribuíssem uma hora e dia para tal interrogatório, haveriam manifestações e poderia impedir o mesmo. 
   A política pode colocar uma pessoa tanto no altar como no túmulo, tem esse dom, mas jamais poderá apagar o que este homem fez por aqueles que mais precisam, pelos mais pobres.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Boa sorte Marcelo

   
Marcelo Rebelo de Sousa



   Uma pessoa diferente, que tem tudo para ser um bom Presidente da República, e acredito que era e é das melhores pessoas para ocupar o cargo. Precisamos de um Presidente diferente de Cavaco Silva, que seja mais próximos dos portugueses e menos dos partidos, que perceba as pessoas e tenha cuidado com as palavras e com o país. Foi coerente com o tudo o que disse e fez até agora, e que mantenha a figura de proximidade das pessoas, que isso é das coisas mais importantes na política, e que há mais de uma década tem vindo a ser perdida pelos políticos.

terça-feira, 8 de março de 2016

Incompatibilidades Políticas

  




  Nao é novo, é um costume em Portugal, que poucos ou quase ninguém se atreve a alterar, porque todos os intervenientes, directa ou indirectamente, beneficiam dele, e, o caso de Maria Luís Albuquerque é apenas uma gota no meio do oceano que de forma hábil está escondido, e, serve, essencialmente, de forma de vida à maioria daqueles que depois deixam a politica, ou melhor, depois que deixam a política "pública" (com exposição pública). Veio a público que são 38 os deputados que acumulam salário de deputado com outro fora da vida politica. Este costume sempre existiu e sempre foi e é alimentado com "troca de favores", onde coloca-se o X no lugar de Y e o B no lugar do C com uma facilidade que apenas está ao alcance de um dealer político. A figura de dealer político é uma figura que está representada no parlamento, onde um deputado com vários anos de política facilmente pode chegar a esse estatuto, e posteriormente, conseguir arranjar emprego a qualquer soldado raso, não interessando o mérito. Houve um caso passado entre dois politicos, sendo um ex.deputado, em que um vira-se para o outro e diz:"Oh Y nao arranjas ai qualquer coisa para meu filho que ele está precisar trabalhar? Diz o Y: "Tenho aqui uma coisa para ele, em que fica a ganhar 3000 euros por mês". Diz o ex deputado: "Oh pah isso é muito, nao tens nada em que ganhe menos que isso?", diz o Y: "Oh espera aí, tenho ali uma coisa (era numa entidade estatal) que vou falar com fulano Z em que ele pode ganhar apenas 2000 euros, se fizer umas horinhas tira mais uns extras, mais baixo não consigo". Ok, vê isso então. Diz o ex deputado no final: "É certo? Posso já confirmar?", ao qual responde Y: "Sim, ele não tem como dizer que não, sim podes ficar descansado, para a semana já está colocado, nem precisa de concurso". Este Y é um dealer político, que vive da política e faz alimentar esta rede, que evita que alguém se atreva a tocar ou por em causa, por exemplo, o regime da incompatibilidade politica. O caso de Maria Luís Albuquerque é o caso típico de alguém que teve por trás a figura do dealer político, onde vai usar e alimentar a rede, em troca de uma remuneração mensal de 5.000 euros, mas que na verdade, nem foi ela que acordou tal valor, mas sim a rede que ela vai fornecer, que vai gerar muito dinheiro com as informações que a mesma vai poder passar. O mesmo se passa com determinados deputados que, ao mesmo tempo que são presidentes de comissões da saúde no parlamento, por exemplo, trabalham para farmacêuticas de renome, fazendo numero em suas reuniões de administração, colocados por dealers, que apenas procuram este jogo de informações preciosas para enriquecer e controlar a rede. Um dos casos onde os dealers mais actuam é no caso dos Bancos. Nao é por acaso que alguns, por ganacia e falta de preparação foram parar atràs das grades, mas mesmo aí, não pararam de fornecer a rede, que nunca deixou de continuar a fazer o seu trabalho, e, que aqui, tem por diversas vezes, a intenção de prejudicar o Estado, onde este apenas tem como função pagar milhares de euros a escritórios e empresas para o assessorar (sem querer saber se estes fazem um bom trabalho ou não, isso não interessa e o dealer político que coloca o Estado nas mãos dos privados não quer saber disso mas apenas beneficiar em troca disso) e, na maioria das vezes, perder sempre, porque a ideia é essa, nunca ganhar, por isso os bancos estarem sempre sem dinheiro, mas só teoricamente e selectivamente. 
   É um velho costume, que contamina todo um sistema, onde são geradas fortunas, que alimentam políticos e essencialmente ex políticos, que vivem apenas de ligações ao Estado, onde pouco ou quase nada trabalham, sendo o seu principal trabalho alimentar os dealers politicos, em troca de manter essas ligações, quando já não são eles próprios dealers.



terça-feira, 1 de março de 2016

Óscares 2016


 
Leonardo Di Caprio



   Mais um ano, mais uma tradição boa e antiga, mais uma noite longa, e que nunca se perca esta tradição, esta noite de debate e glamour. E desta vez não houve surpresa, talvez Alicia Vikander não esperasse ser nomeada melhor actriz secundária. Mas a noite, a grande noite esteve reservada a Leonardo Di Caprio, Curioso ler a crítica de cinema, que já em "The wolf of wallstreet" diziam que Leonardo procurou um papel junto de Scorsese que lhe aproximasse de um óscar, e então agora em "The Revenant", não têm dúvidas disso, pelo fato de este ter feito um papel de muito sacrífico, onde teve inclusive de estar quase em estado de hipotermia devido à sua personagem, por exemplo, sabendo que para ganhar um óscar a caracterização e o sacrifício do papel são muito valorizados pela academia. Mas isto é injusto, para um ator que se tal teoria fosse verdade, nunca teria aceite outros papéis como por exemplo no filme "The Aviator". E por exemplo, nunca percebi e ainda hoje não percebo a razão pela qual o filme diamante de sangue, onde fez um grande papel, passou tão ao lado, mesmo tendo sido nomeado, não ganhando. Este prémio só demonstra que veio de forma natural, de alguém que já anteriormente o tinha merecido noutros papéis em outros filmes, muito similares, mas que, não tinha sido o dia. Não parece nem faz muito sentido que tenha escolhido o filme ou o papel minuciosamente a pensar no óscar, porque não era preciso, não tinha necessidade, e porque isso ia acontecer de uma forma natural, como aconteceu. 
   Soube usar o palco (nem todos o sabem) para abanar consciências de uma forma fantástica e apelar à luta em defesa do ambiente, principalmente ao drama das alterações climáticas. Tenho acompanhado algumas das suas lutas e projetos. Ele faz-lo através de diversas formas, e uma delas é através da sua empresa "Restorativa Islands, transforming places & people - http://www.restorativeislands.com/", onde está a ser construído um resort ecológico, numa ilha (comprada em Belize - América Norte) que estava abandonada e muito mal tratada e a ideia é mostrar que com cuidado e respeito é possível recuperar a natureza ali perdida e destruída (árvores e peixes) , onde irá recuperar tudo o que ali foi perdido, bem como irá criar recifes artificiais, num projeto sustentável e que será em princípio inaugurado em 2018. Esta luta não é de uma pessoa, é uma luta de todos nós, em prol e em defesa do meio ambiente.