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sábado, 3 de dezembro de 2016

Somos todos Chapecó


Chapecoense - 29.11.16



   Serei apenas e tão só mais um a escrever algumas palavras sentidas no meio de uma tragédia sem precedentes e que deixou tudo e todos em silencio. Palavras? Nao são bem palavras, mas sentimentos. Sentimentos de solidariedade para com um povo de Chapecó, para toda uma nação brasileira que foram um exemplo no apoio que souberam prestar às vítimas e seus familiares. É tremenda a injustiça da partida, de todas aqueles que mereciam viver aquele momento da final, e mesmo que reste pouco que se possa fazer, esse pouco deve ser o todo que possamos dar, e o povo brasileiro e de todo o mundo tem demonstrado que no momento da união, sabemos dar as mãos e estar juntos.

Fidel Castro



Fidel Castro (1959 - 2008)


   Se fosse preparada a sua morte, talvez não conseguissem passar melhor imagem do que a que foi passada através dos meios de comunicação social. Quem não conhecer a história e ligar a televisão ou mesmo ler os jornais fica completamente sensibilizado com a morte de Fidel e a sua pessoa, caracterizado por um herói do seu tempo, um líder que salvou o seu país. Mas é esta a história e merece ser lembrado desta forma? Bem, não acreditava que fosse lembrado desta forma, ocultando parte da história, e o que mais me assustou foi chegar ao ponto de se comparar com Nélson Mandela, o que só pode ser aceite em tom de comédia ou num sentido irónico. Fidel Castro foi um ditador, que chegou ao poder e a primeira coisa que fez foi assassinar perto de duas mil pessoas que eram seus opositores. Combateu o antigo regime de Fulgencio Batista, que diga-se também que era um regime corrupto e que oprimia o seu povo, e, Castro seguiu muitas das sua práticas quando chegou ao poder, como confiscar as liberdades; impedir as greves; perseguir os religiosos; fechar jornais e prender e executar ao longo de anos os seus opositores, e conta-se que assassinou milhares durante a sua era, sendo que os números públicos apontam para mais de 12 mil pessoas. Fechou o seu país, o que obrigou a saída de muitos cubanos, e, obrigou o seu povo a viver em condições miseráveis, equiparáveis a muitas regiões de África.
   Disse sempre: "a história me absolverá". Nao sei se a história o irá fazer (tenho dúvidas), mas tenho a certeza que na história ficará registado a memória de um homem que foi um ditador brutal, e, que podia ter feito muita coisa de diferente, e, essencialmente, ter desenvolvido o seu país e respeitado os valores de uma nação como Cuba, o que não aconteceu.