Pesquisar neste blogue

domingo, 5 de maio de 2019

Hoje, os professores. E amanhã?


BE, PCP, CDS E PSD 


Depois da anunciada reposição da contagem integral do tempo de serviço congelado aos professores (proposta conjunta com votos PSD, CDS, BE E PCP), o Ministro da Defesa já veio a público defender a possibilidade da reposição do tempo de serviço aos militares. 
Quem assiste de fora a tudo isto, quase fica sem palavras, não pelo assunto em si, mas pela forma como este foi, é e continua a ser tratado por todos os intervenientes políticos. Tudo começa com uma votação na especialidade, em que BE e PCP se aliam ao CDS e PSD para à sucapa ver se conseguiam agradar a uma parte do seu eleitorado. Revelaram que nem para moletas servem. E que só enganam quem quer ser enganado. O PSD e o CDS (ao votar desta forma) revelaram incoerência o que defenderam no passado, e, mais grave, juntaram-se ao BE e PCP, que eles sempre criticaram quando defendiam essa contagem de reposição do tempo integral dos professores. 
No meio disto, António Costa conseguiu também contribuir para as fracas prestações, ameaçando com a demissão caso a proposta seja aprovada em votação final global. Esta dramatização em nada favorece o clima instalado, apenas aumenta a incerteza, e, se for jogada política, alguém acabará por recuar, e aí serão tiradas ilações.
Cada vez mais é um problema de qualidade política o que enfrentamos. Um país que já teve nomes como Adelino Amaro da Costa, Sá Carneiro ou Álvaro Cunhal, entre tantos outros que engrandeceram a política portuguesa.