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domingo, 11 de novembro de 2012

Barack Obama

 




   Com uma taxa de desemprego imparável, os preços de combustíveis em crescente, uma dívida ilimitada, os E.U.A, de forma impressionante para muitos, esperada para outros, elegeu aquele que um dia foi o adolescente revoltado, o cristão Barack Obama.
   Provavelmente, e sem se pensar muito nisto, estamos perante um dos poucos políticos mundiais que sabe falar com as pessoas, que sabe estar ao lado as pessoas, que sabe ter um discurso e uma oratória dirigida a quem vota e votou nele, e que, sabe transmitir a palavra com uma assertividade ímpar e de louvar em termos políticos, um líder unificador. 
   Olhando para o seu anterior mandato, não podemos esquecer que Barack Obama teve um mandato muito complicado, sem conseguir ter cumprido a maioria das metas a que se cumpriu, mas não classifico de negativo, porque houve trabalho e a reeleição significa alguma coisa. 
   Na saúde, introduziu o obamacare, que tem sido alvo de discussões e divergências. Antes existia o Medicare e Medicaid, seguros de saúde que procuravam também garantir que as pessoas de poucos recursos tivessem acesso aso cuidados de saúde. Com o obamacare pretendeu estabelecer regras com as seguradores (exemplo, proibir seguradores estabeleçam limites máximos aos subsidiados), quanto a mim bem, e, obrigar todas os cidadãos a ter um seguro de saúde. Aqui, se a ideia for na linha de protecção e maior fiscalização acho que pode ser bom o estado inteirar-se da área, se, pelo contrário, não houver fiscalização, parece-me que pode piorar os cuidados de saúde, e, agravar a situação da saúde. Um dos grandes problemas da saúde reside na fiscalização do bom funcionamento dos cuidados e serviços de saúde prestados aos cidadãos. A título de exemplo, veja-se em Portugal, a área onde reside talvez o melhor ministro do governo português, agora que existe fiscalização, está-se a retirar benefícios e mais benefícios, mas, esquecendo, porventura, que, para responder à situação de emergência social, terá que haver uma medida social forte de resposta aos cortes, principalmente para quem menos rendimentos aufere, ou, caso contrário, será um retrocesso no desenvolvimento dos povos. Ainda, relativamente aos benefícios estatais, como, por exemplo, ADSE (Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública), seria interessante perceber-se, por exemplo, como é possível, em cidades como Esposende, na área da medicina dentária, onde existem por volta de 15 clínicas, inclusive o hospital privado, não existir uma sequer que tenha acordo com o Estado ?
   Na política externa, ainda está por fechar Guantánamo, mas, também aqui acho que não se deve ser demagogo, porque, se for fechar por fechar é agravar o problema, porque uma coisa é o mau funcionamento da prisão, outra coisa é a utilidade do seu funcionamento, que parece ainda não ter sido encontrada solução para quem lá permanece, porque maior parte dos países não os querem receber por motivos de segurança e parece óbvio que o retorno aos seus países deve ser evitável, sob pena de represálias. No restante, o diálogo político parece ser a melhor solução, e , aqui, Mit Romney não conseguiu contrariar os lobbies de Bush, e que não era difícil, porque Bush sempre foi um homem só. Como dizia Nuno Rogério, comentador de política internacional, o Obama tinha uma finalidade "Como fazer novos amigos?", enquanto Mit Romney tinha a finalidade "Seremos o inimigo número 1".
   No campo social, Obama não conseguiu responder ao flagelo do desemprego, e, neste mandato deve ser um dos seus principais desafios. As pessoas estão cansadas de ouvir promessas de emprego, seja de que político for, e, penso que as medidas para combater tal flagelo passam, relativamente aos jovens, por maior apoio aos mesmos quando estes terminam os seus estudos, e não oferecendo-lhes apoio apenas no decorrer dos seus estudos. No que concerne às pessoas com idade superior a 35 anos, criando forma de reintegração na sociedade após perderem emprego e subsídios dinâmicos, e não estáticos. Neste âmbito, Mit Romney começou bem, mas quando chamou de "dependentes do Estado" aos eleitores de Obama perdeu qualquer hipótese de eleição para presidente dos E.U.A.
   A vitória nos Estados mais importantes não deixa margem para dúvidas, e, a partir do momento em que Mit Romney chamou "dependentes" aos eleitores do adversário, que muitos já o apoiavam, não tive dúvidas que o vencedor seria Barack Obama, e era o melhor, porque, na verdade, Mit Romney é um político mais fraco que Obama e penso que os E.U.A precisam mais de Obama do que Mit Romney.