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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Eleições em Espanha


Santiago Abascal - Líder VOX


As eleições legislativas em Espanha foram, mais uma vez, um aviso à Europa. Foram as eleições legislativas mais participadas da história da democracia de Espanha, que é de louvar. Não houve surpresas na eleição de Pedro Sánchez, que era uma eleição aguardada, que obrigará a uma coligação com os partidos de esquerda. A grande surpresa da noite foi o VOX (partido de extrema direita como a Espanha designa - que tenho as minhas dúvidas em qualificar como tal) ter conseguido eleger 24 deputados para o parlamento. Entrou no eleitorado do PP, que perdeu metade dos deputados. E a pergunta surge: porquê? Porque os políticos actuais não encontram soluções para os problemas actuais, e, o discurso de afastamento e próximo de radicalismo é a lufada de ar fresco para muitas classes sociais. A Europa continua sem conseguir resolver os seus problemas (que são mais políticos que financeiros), como por exemplo, a crise dos migrantes, e isso gera que discursos anti-imigração entrem em qualquer eleitorado sem necessidade de qualquer base de sustentação, a não ser a falta de acção de uma Europa perdida no meio de um imbondeiro. 

terça-feira, 23 de abril de 2019

Perseguição aos Cristãos





Os recentes ataques no Sri Lanka colocam a nu um problema sério: a perseguição aos cristãos. Embora a escolha do local tenha também sido relacionada com o facto de lá viverem milhares de pessoas da etnia Tamil. A questão: é o fim do Daesh? Porquê o Cristianismo? Porquê o dia de Páscoa? Todos recordam o fim da Al-Qaeda (uma espécie de resistência extremista à invasão norte-americana do Iraque)? Foi o fim da Al-Qaeda que deu início ao Daesh no ano 2007, com maior parte seus membros a transitarem para este novo grupo terrorista. E agora, com o anunciado fim do Daesh, o que virá a seguir? E o que aconteceu aos membros do Daesh que deixaram a Síria? Se nada for feito a nível internacional para identificar e perceber o destino dos membros do Estado do Califado Islâmico (Daesh), os problemas não irão desaparecer e ataques como estes do Sri Lanka podem voltar a acontecer. 
Mas, nada foi por acaso, nem foi uma simples retaliação (como a comunicação social anunciou) dos atentados na Nova Zelândia às mesquitas. Os cristãos sempre foram o alvo e são a religião mais perseguida actualmente. Na Síria os cristãos foram brutalmente perseguidos e mortos por este grupo, sem qualquer piedade. Os massacres foram constantes, e estas perseguições aos cristãos é pouco aceitável, e a falta de acção dos governos e da própria ONU em situações de emergência gerou um "costume" que tem de ter um fim. Que seja a bem.



segunda-feira, 8 de abril de 2019

Importância das palavras de Marcelo


Marcelo Rebelo de Sousa


Num momento em que quase toda a gente já falou sobre o nepotismo, salvam-se as palavras do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Tirando Marcelo (que foi incisivo e pragmático), houve um pouco de tudo, no ataque público político, que pouco ou nada ajudou a melhorar o vazio legal. Até Cavaco Silva veio falar, quando estava tão bem calado. Decide intervir quase sempre quando não deve, e mesmo quando o faz, pouca coisa acrescenta ao debate público. Qualquer intervenção sua é crispada, soa a ataque e a acerto de contas com questões passadas. 
Todos negaram a possibilidade de uma solução legal, justificando que se trata de uma questão ética. Mas se houvesse ética, não havia este excesso de relações familiares nos sucessivos governos. Já todos os portugueses perceberam que não vai lá com uma melhor "ética política", nem com auto-regulação e códigos de conduta, mas sim com um diploma legal. A solução aplicada em França é razoável e equilibrada, e trouxe mais transparência à sociedade política francesa. É curioso ter sido apenas Marcelo o único a defender tal solução. É curioso, só isso. Daí a importância de termos Marcelo Rebelo de Sousa. O anterior já tinha metido os pés pelas mãos (como o fez agora numa intervenção completamente desnecessária) e jamais defendia tal solução. 

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Acesso ao poder por via social






Cada vez mais Portugal é uma país onde as oligarquias proliferam e estão em pleno desenvolvimento, afectando de forma severa e permanente o acesso ao poder de todos aqueles que não sejam oligarcas, que não pertençam a grupos de poder, os designados grupos privilegiados, que estão directamente relacionados com o poder económico, político e social. O contexto, desde a crise de 2008, favoreceu o desenvolvimento e o nascimento de variados oligarcas, sem qualquer exigência ou rigor na sua selecção. Havia um dirigente político que falava constantemente no "elevador social" e na sua importância em democracia. As recentes ligações familiares governativas são um exemplo para perceber a criação destes circuitos fechados. A banalização e a normalidade com que os próprios protagonistas lidam com tais situações é preocupante. As oligarquias políticas já são um "costume" no nosso país, em que os políticos trabalham em detrimento de certos interesses e grupos, excluindo outros. E assumem-se, privilegiando os seus em detrimento dos demais. Só que, o problema escondido no meio de todos estes pequenos grupos políticos e económicos, é o problema social, das oligarquias sociais, que tendem a colocar os seus em lugares de reconhecimento público ou com acesso ao poder central ou local. As oligarquias sociais (pessoas pertencentes a famílias com grande poder económico - apenas económico) estão a suceder-se e a reservar e avocar para si mesmo o acesso ao poder. Existem sinais na sociedade dessa implementação e desse crescimento, nomeadamente através do uso do poder público, e da finalidade na sua instrumentalização para atingir objectivos e interesses pessoais. As oligarquias políticas estão a estreitar essas ligações com as oligarquias sociais, e, se há muito anos atrás, o filho do carpinteiro e o filho da operária fabril em Portugal (sem ferir susceptibilidade, apenas exemplos) poderiam ter uma estrada para aceder um dia ao poder, isso está aos poucos a esvanecer-se, e, afecta todo o sistema democrático, que vai apodrecendo alimentando-se destes barris quase vazios de tudo e cheios de quase nada. 

Retrato dos Tempos

Maus-Tratos

   Quando pensamos que a mentalidade deslizou e racionalizou-se, afinal ainda não chegou a todos. A denúncia é o que dispomos, ainda que longe da eficácia pretendida, merece o aplauso e deve ser o nosso modo de agir perante situações de maus-tratos a animais. Mais uma caso para: defesanimal@psp.pt