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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Viagens

   





    "João agora quero fazer uma viagem pela Ásia durante uns meses em Abril de 2015 , conhecer por exemplo a Indonésia e o Vietname, e depois ir fazer uma grande viagem pela América Latina. A minha grande aposta na vida vai ser viajar, porque aprendo tanto e é maravilhoso". Aconteceu-me há dias, num testemunho de uma amiga fantástica que a cada viagem que faz, a cada caminho que trilha, diz-me que já não pode voltar atrás.
   Não se ensina, sugere-se. Não se aprende, partilha-se. Talvez haja mesmo um tempo para partir, mesmo que nesse tempo não haja um lugar certo para ir. Gonçalo Cadilhe sentiu que queria ir, queria conhecer, queria descobrir, queria abraçar o mundo como ele dizia, e, o mais curioso, é que não tinha sítio para ir, mas sabia que queria e tinha vontade de partir. Fê-lo e hoje retrata as suas fantásticas histórias em livros, onde a aprendizagem é simples e está ali tão perto, junto da genuinidade das palavras de quem sente cada momento por onde passa, e partilha.
    Porque viajar é mais que conhecer, e quando existe conhecimento, maioria das vezes não existe palavras para o descrever, porque todo ele são sentimentos.



   

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

BES - Parte VIII (A culpa é do Contabilista)





Ricardo Salgado





   Bem, no mínimo curioso ouvir Ricardo Salgado na audição parlamentar a dizer que não sabia de nada e de seguida ouvir-se o seu primo a dizer que ele sabia de tudo. E o Banco de Portugal já veio negar o que Ricardo Salgado afirmou, no que diz respeito a Morais Pires e quanto ao "sinal" para ele sair do BES, o banco afirma que deu vários sinais para Salgado sair, e este disse que não. Isto afinal dos problemas de memória não acontece só com as pessoas de idade, e ninguém saber nada acerca das famigeradas "contas" dos BES é engraçado. Quem sabia apenas? O contabilista Machado da Cruz. Ricciardi disse mesmo agora em directo não saber como o aumento de capital do BES foi um sucesso. Mas uma das razões pela qual aconteceu foi porque o BES andou a pedir crédito a bancos no Japão, por exemplo, para comprar as acções e inclusivé os direitos, e, esta prática junta-se a tantas outras ocultadas. E a sorte dos accionistas que estavam acompanhar a situação foi ouvir-se falar do segundo aumento de capital, que na verdade foi a gota de água para perceber que algo estava muito mal. E o dinheiro de Angola? Ninguém sabe. E o caso Manuel Pinho que recebeu durante anos dinheiro do BES sem fazer nada, bem como tomou decisões em pleno conflitos de interesses? Ninguém sabe.
   Isto preocupa, porque na verdade, e na tese do Doutor Ricardo Salgado, a culpa disto tudo pode ter sido do contabilista, e, perante isto, façamos como o outro: não sei se ria, se chore.