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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Prof. Cordeiro Tavares

 


Na vida podemos ter muitos professores mas há sempre aqueles que deixam uma marca inabalável, não apenas pela seu lado intelectual mas sobretudo pela soberba humanidade. Recentemente soube do falecimento do nosso tão querido professor de funcionalismo público Cordeiro Tavares. Um desabafo imediato: era um extraordinário ser humano. Um amigo que fazia parte da família que é e sempre foi a Universidade Católica. Quando acabas de falar com uma grande amiga e percebes o carinho fantástico que existe entre a maioria dos professores e alunos. Queria apenas partilhar aqui uma história. Esta história passou-se com uma rapariga que tinha acabado a licenciatura e candidatou-se a concurso público para uma autarquia local. A rapariga cumpriu todas as etapas com êxito, mas na parte da entrevista achou estranho ter sido ultrapassada por uma colega, a qual nem sequer tinha passado por todas as provas que a candidata em causa teve de passar, e, acabou por ter ficado em segundo lugar e não conseguiu a vaga de emprego. A rapariga ficou tão abalada e revoltada que acidentalmente desabafou com este nosso amigo e prof. Cordeiro Tavares, que lhe disse para não se preocupar que esta situação não ia ficar assim e ele próprio ia ajudar e resolver. O prof. Cordeiro Tavares pegou no telefone, ligou para o presidente do município e disse que estava a caminho da sua autarquia e queria saber passo a passo de tudo o que se passou no concurso público em causa, ao que o presidente ficou estupefacto e tentou evitar de todas as formas essa consulta e esse acesso, mas sem sucesso. O presidente pediu ao prof. para aguardar um dia ou dois, mas tal pedido foi recusado. Entre vários telefonemas, o presidente acabou por encontrar uma solução e comunicou que iria abrir duas vagas e que entravam as duas candidatas, ou seja, para evitar que a sua eleita não fosse excluída por ilegalidades no concurso, manteve a escolhida e abriu vaga para a rapariga em questão. Esta é uma de muitas das histórias deste nosso amigo que partiu. Deixou várias aprendizagens e merece ser lembrado porque mais que um professor, era um amigo dos alunos, de todos aqueles que com ele se cruzaram e isso é que faz a diferença. 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Vacinação: direito à vida





Talvez seja o momento de as pessoas usarem a denúncia anónima para evitar situações graves como as da vacinação a pessoas sem prioridade e para proteger a vida daqueles que mais necessitam da vacina. O que estamos assistir é simples: pessoas sem prioridade estão a colocar em risco (e poder tirar) a vida de outras pessoas com prioridade. Esta é a equação e o que está acontecer. As pessoas devem denunciar estas situações, não necessitam de identificação (daí ser uma denúncia anónima) e podem salvar vidas. Estas pessoas devem ser responsabilizadas criminalmente (inclusive o Estado ao nível da responsabilidade civil, se tiver envolvido). Imaginemos a situação de uma pessoa que morre e estava nos critérios para receber a vacina e ficou provado que houveram pessoas vacinadas naquela zona geográfica ou local que não cumpriam os critérios nem tinham prioridade perante aquela pessoa. Quem responde? Alguém terá que responder e ser punido.