Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eutanásia - relatório que Tony Blair ecomendou a especialistas

A Eutanásia é um tema complexo e a divergência nesta matéria é normal. Neste âmbito, tive oportunidade de ter tido 4 meses de mundividência cristã com o Sr.Padre Manuel Linda, pessoa pela qual nutro um enorme respeito e consideração, e consegui perceber a posição da religião católica neste assunto, e perceber a posição mais equilibrada dos opositores.
Primeiramente, e lembro-me bem do debate interessante que tivemos nessa altura, perguntava-se qual seria a boa morte ? E aqui toda a gente está de acordo que uma boa morte é uma morte sem sofrimento, quando não há sofrimento. A definição de Eutanásia aparecia como acção ou omissão que, pela sua natureza e intenção, causa a morte com o fim da aliviar a dor. A religião católica diz que a Eutanásia é um mal, deve-se olhar para a vida como um dom e não como propriedade privada e não devemos privar a pessoa do bem básico que é a vida. Mas devemos contribuir para o sofrimento da pessoa ? Não hà resposta, muito subjectivo. Mas, é interessante o relatório que na altura nos chegou do Sr. Tony Blair, um relatório que este ecomendou a especialistas da matéria, para permitir perceber melhor esta realidade e saber se devia manter a lei actual. A questão central do estudo era saber se valeria a pena mudar a lei e se caso mudasse, seria para melhor? Mas não ficou demonstrado que se mudaria para melhor, e uma das conclusões do estudo foi que iria submeter-se muitos doentes a uma pressão psicológica escusada e aqui um dos exemplos foi o seguinte: "uma pessoa de 80 anos afirmou que iria ter receio pois iria ter medo que os filhos lhe matassem", e um dos grandes problemas detectados foi o "aproveitamento das situações por parte de quem detém o poder(ex:filho)". Foi a tribunal um caso de um filho que queria que o médico praticasse a eutanásia em relação ao pai, e o tribunal veio a descobrir que a razão disso era o facto de este ter descoberto que tinha um irmão e a herança seria partilhada. Continuamos de acordo que boa morte é uma morte sem sofrimento. Não concordo com a religião católica quando afirma que temos de aceitar as limitações da vida, pois isso visto dessa forma implica sofrer, e eu não acho justo sujeitar uma pessoa à dor, porque cada caso é um caso e não podemos tratar tudo de forma igual. Pessoas ligadas à religião católica defendem a Ortonásia, que consiste no recurso a técnicas de analogia, em que afirmam que retirar a dor é fundamental, mesmo que nao possa curar. Se todos concordam que o fundamental é retirar a dor, não se percebe a posição única de pessoas que afirmam que não defendem a eutanásia com razão direito à vida e não se percebe as pessoas que defendem com razão de ter direito à morte. Cada caso é um caso.