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sábado, 15 de setembro de 2012

Seguro, Acossado e Obstinado

   


    António José Seguro, não me lembro de ver um politico tão fraco nos últimos anos. 
   Desde que chegou ao poder no Partido Socialista, que o seu percurso tem sido fraco, sem soluções e ideias, afundando e tornando omissa uma oposição, que apenas aparece quando "cheira" a poder. Olhar para Seguro, significa olhar para o partido que assinou o acordo de ajuda externa a Portugal, significa olhar o partido que, quando discutiu-se as parcerias publico-privadas, calou-se, tendo vindo agora com uma medida de taxação dessas mesmas parcerias, e pergunto: porque não o fez antes e só agora, sendo uma medida de outro partido, ou seja, copiada ?, significa olhar para o partido que, quando se falou na extinção de fundações, nem uma palavra, defendendo os interesses dos seus camaradas "socialistas" e deixando para segundo plano os portugueses, significa olhar o partido que comungou com o Governo, mesmo sendo as medidas opostas á ideologia do partido socialista, significa olhar para o partido que fala do crescimento e emprego, e, ate ao momento nem uma medida apresentada que fomente essas mesmas politicas. 
   Um António José Seguro que anda a pregar aos portugueses um novo ciclo, mas de novo tem pouco, e representa mais um dos tantos políticos que ambiciona chegar ao poder sem ideias, sem conhecimento dos problemas e da realidade do país, e que, se preocupa mais com o partido do que com os interesses dos país e dos portugueses. Não teve descaramento e, aproveitou a contestação dos portugueses, para tentar fazer uma colagem ao país, por puro "oportunismo politico", tentando aproveitar politicamente o momento de alguma indignação dos portugueses para fazer o que ele por si não consegue, que é apresentar soluções.
   A possibilidade de apresentação de uma "moção de censura", mecanismo constitucional que implica a demissão do Governo, representa uma afronta aos portugueses e uma veemente desonestidade politica e incoerencia partidária, de quem sabe que isso seria um desastre para o país, e que só seria útil para si e para o partido socialista. Mais, tem consciência do fracasso dessa solução, uma vez que necessita de aprovação da maioria dos deputados, mas, como se pode ver, o caminho agora está traçado: o partido socialista chegar ao poder a todo o custo. Mas, eu acredito que os portugueses não sejam estúpidos e tenham consciência de que o país não precisa mais deste tipo de políticos, e deve censurá-los.
   Seguro está acossado e obstinado em chegar ao poder ou em derrubar o Governo, de modo a que sobra pouco espaço para debater as grandes questões nos seus pontos essenciais. 
    Em suma, nada disto seria dito, se nada disto não fosse puro oportunismo politico.
    
 
   

domingo, 9 de setembro de 2012

Sofre-se: eis tudo.






 Foi no ano de 1928, que publica-se no jornal "A Liberdade" o seguinte texto: "(...) o ano de 1928 despediu-se dos portugueses sem deixar saudades. Queixaram-se o lavrador, o industrial, o comerciante e o consumidor tanto das classes mais humildes como das mais elevadas. Mas queixam-se de quem e de que? De ninguém e de nada. Houve um país num enervante mal-estar, cujo local de incidência se não definiu e cujo origem não se determinou. Sofreu-se: eis tudo. "
   Em 1929, deu-se a ultima grande crise, e, o estado das pessoas era o que acabei de citar, onde as classes mais baixas entram em desespero e crescente animosidade, que levou e gerou a desintegração, sendo que, em Portugal essa fase ocorre em paralelo com a instauracao da Ditadura Militar, em 28 de Maio de 1926.
  Actualmente, estamos na Uniao Europeia, a "suposta" união de todos, que em final de 1945 foi procurada e com sucesso implementada, mas, que hoje, luta pela sobrevivência, tentando controlar os paises do sul da Europa, como Portugal, mas sem um plano consistente e de futuro, como Robert Schumann defendeu em 1951, quando a estudou. Ofereceram-se rios de dinheiro aos paises na década de 80 e 90, sem perceber e detectar a sua finalidade, e, por lacunas existentes nesses acordos dessas décadas, não se preveram as consequências, não houve prevenção, e, hoje, pedem-se responsabilidades ao país, e o país pede responsabilidades a todos, sendo que, não consegue encontrar e punir, por falta de vontade politica, aqueles que beneficiaram com o dinheiro obtido da União Europeia, e mais, encontra-se "preso politicamente" para tomar as medidas duras e correctas, optando por ser injusto e obrigar a pagar os que menos rendimentos possuem e que mais dificuldades atravessam.
   As medidas que tem sido tomadas, como a anunciada ontem são simétricas às anteriores, preocupantes e muito graves, sem conseguir ter a coragem politica para cumprir com o que foi anunciado anteriormente, como solucionar os problemas da despesa do Estado, e, obrigar a pagar as pessoas, sendo o caminho fácil, mas perigoso e delicado, porque o limite está à vista, e pode ser desastroso e de desintegração.
   Um país que não encontra o seu caminho, e deixa a cada dia que passa os seus cidadãos perdidos e isolados no meio da incerteza de um tempo cada vez mais nublado e injusto.