Foi no ano de 1928, que publica-se no jornal "A Liberdade" o seguinte texto: "(...) o ano de 1928 despediu-se dos portugueses sem deixar saudades. Queixaram-se o lavrador, o industrial, o comerciante e o consumidor tanto das classes mais humildes como das mais elevadas. Mas queixam-se de quem e de que? De ninguém e de nada. Houve um país num enervante mal-estar, cujo local de incidência se não definiu e cujo origem não se determinou. Sofreu-se: eis tudo. "
Em 1929, deu-se a ultima grande crise, e, o estado das pessoas era o que acabei de citar, onde as classes mais baixas entram em desespero e crescente animosidade, que levou e gerou a desintegração, sendo que, em Portugal essa fase ocorre em paralelo com a instauracao da Ditadura Militar, em 28 de Maio de 1926.
Actualmente, estamos na Uniao Europeia, a "suposta" união de todos, que em final de 1945 foi procurada e com sucesso implementada, mas, que hoje, luta pela sobrevivência, tentando controlar os paises do sul da Europa, como Portugal, mas sem um plano consistente e de futuro, como Robert Schumann defendeu em 1951, quando a estudou. Ofereceram-se rios de dinheiro aos paises na década de 80 e 90, sem perceber e detectar a sua finalidade, e, por lacunas existentes nesses acordos dessas décadas, não se preveram as consequências, não houve prevenção, e, hoje, pedem-se responsabilidades ao país, e o país pede responsabilidades a todos, sendo que, não consegue encontrar e punir, por falta de vontade politica, aqueles que beneficiaram com o dinheiro obtido da União Europeia, e mais, encontra-se "preso politicamente" para tomar as medidas duras e correctas, optando por ser injusto e obrigar a pagar os que menos rendimentos possuem e que mais dificuldades atravessam.
As medidas que tem sido tomadas, como a anunciada ontem são simétricas às anteriores, preocupantes e muito graves, sem conseguir ter a coragem politica para cumprir com o que foi anunciado anteriormente, como solucionar os problemas da despesa do Estado, e, obrigar a pagar as pessoas, sendo o caminho fácil, mas perigoso e delicado, porque o limite está à vista, e pode ser desastroso e de desintegração.
Um país que não encontra o seu caminho, e deixa a cada dia que passa os seus cidadãos perdidos e isolados no meio da incerteza de um tempo cada vez mais nublado e injusto.