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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Síria



Vítimas Guerra Civil Síria




Bashar Al-Assad






   A guerra civil na Síria sabemos que começou em 2011, mas quando cessará? E apenas começou em 2011?
   Oficialmente e formalmente, pode dizer-se que começou apenas em 2011, momento em que o Governo de Bashar Al-Assad deu ordens para dissipar todos aqueles que fossem seus opositores, fazendo fé do seu poder autoritário, que faz dele a personagem do regime desde do ano 2000, após morte do seu pai, que governou aquele país desde da década de 70.
   Neste momento, é difícil percebermos o que se passa realmente na Síria  (mas não podemos esquecer que foi um dos países que em 1997 não aderiu à convenção que baniu o uso de armas químicas), sobretudo quanto ao uso de armas químicas ou não pelo regime, mas de uma coisa temos certeza: morrem diariamente milhares de inocentes, fruto de uma política genocida. 
   A comunidade internacional está e estará sempre dividida, porque vive de relações de poder, e sabe-se que do lado de Damasco está a Rússia e a China, que vetarão qualquer intervenção estrangeira na Síria, e do outro lado, estão os E.U.A, Reino Unido e França, sobretudo os países do Ocidente. Mas poderá abrir-se uma caixa de pandora num possível atacar sem autorização do conselho de segurança, principalmente com a Rússia. Não obstante, se nada for feito, os E.U.A. perdem poder e rosto. E volta a velha questão: queremos ser complacentes com políticas como a do regime Sírio ou queremos aproveitar a situação para fazer cair Bashar Al-Assad?
   Não há muitas dúvidas de que um eventual ataque enfraquecerá o regime e abrirá portas para uma transicção de poder, a questão é saber se o ataque levará a Síria a negociar e aceitar um processo político de transicção com bons olhos. E será que um ataque ocidental resolve a crise na Síria ?
    Dúvidas ilimitadas num tempo que não pode ser o da estagnação, porque por cada dia de estagnação morrem milhares de inocentes, mas a acção imediata pode também ser o barril de pólvora por que muitos extremistas anseiam no médio oriente, embora pareça quase inevitável, uma vez que 3 dos membros permanentes do conselho de segurança da ONU (Reino Unido, França e E.U.A) estão de acordo num possível ataque cirúrgico na Síria.
     Algo terá de ser feito. 
    

   

domingo, 18 de agosto de 2013

1º Interrogatório judicial de Lorenzo Carvalho

   





    O que aqui escrevo é por ser português. Sinto essa necessidade, porque gosto demais deste nosso país, depois da entrevista de Judite de Sousa na Tvi a Lorenzo Carvalho (ver em http://www.youtube.com/watch?v=704uGhswYwU).
    Depois de assistir a esta entrevista, questiono apenas: o que foi isto ?
   Tudo foi, tudo se passou, menos uma entrevista. Talvez tenha sido um processo inquisitório, em que uma jornalista vigiou, perseguiu e em público condenou as práticas de uma pessoa. O país assistiu a alguém, neste caso uma jornalista, chamar um jovem, como poderia ser qualquer outra pessoa, e inquiri-lo como se de um 1º interrogatório judicial de arguido detido se tratasse. Sim, afinal talvez tenha sido mesmo um interrogatório judicial em audiência pública, perante um país.
   Eu quero acreditar que este foi um momento menos bom de Judite de Sousa, um dia em que o sol não brilhou na sua casa. Quero acreditar que a mesma já percebeu e arrependeu-se de tal acto, que reza e representa outro tempo da nossa história que ficou marcado, mas felizmente foi ultrapassado e vencido.
   Hoje, é bom viver num país onde qualquer pessoa é livre e faz o que quer e bem lhe apetece com o seu dinheiro, dentro da legalidade. O que fez Lorenzo Carvalho podia ter sido qualquer outra pessoa a fazer, e todos os dias existem pessoas em diferentes países que fazem coisas semelhantes e mais extravagantes e onde está o mal? 
   Vamos acreditar que isto não se volta a repetir, e que uma pessoa possa gastar 3 milhões numa festa e o país respeitar e perceber que isso deve ser visto com bons olhos. Quem quiser ou não estiver bem, que recorra aos tribunais, e expresse suas razões de facto e de direito. Isto porque em tribunal vê-se de tudo. Até já houve quem mete-se uma acção contra o diabo, portanto, nada seria de admirar.
   
 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Mais do mesmo

   

Robert Mugabe



Crescimento das relações entre Zimbabwe e China





   Outrora Rodésia do Sul, hoje Zimbabwe, falamos de uma nação que se tornou independente em 1980 e vê-se agora dividida entre o retrocesso ou o progresso, mas os sinais são, no mínimo, perigosos.
   Em voga, e na ribalta, estão as recentes declarações do seu presidente, Robert Mugabe, que depois da vitória nas eleições presidenciais de 31 de Julho, disse aos seus opositores: "Enforquem-se. Podem se suicidar se quiseram. Mesmo que morram, nem os cães irão comer a vossa carne. Iremos servir-lhes a democracia num prato". Este é Robert Mugabe, para quem ficou surpreendido com tais declarações, não o conhece. É o mesmo que em 1986 tomou medidas para reprimir os lugares ocupados pelos brancos na assembleia do seu país, mais tarde expropriou-se das suas terras, através da dita reforma agrária.
   É confuso se olharmos para o plano internacional, porque de um lado estão os E.U.A. e do outro está a China que tem vindo a crescer e acentuar as suas relações económicas com Zimbabwe, e, mais se torna, se olharmos para a Europa. Não podemos esquecer que este foi o mesmo que, em 2007, foi recebido com honras de Estado em Portugal, na cimeira U.E-África, e que continua no poder com complacência europeia ou a Europa já tem uma posição vinculativa?
   Só há uma posição possível: censura ao regime.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Joaquim Pais Jorge: bastava um memofante

   



   Esta é a história de um Senhor que foi nomeado para Secretário de Estado do Tesouro do Governo de Portugal, para negociar os contratos "swaps" que o mesmo outrora negociou com o Estado, enquanto director do Citibank (mas que não se lembra) e que se viu na derrapagem e no buraco que os portugueses vão ter de pagar. Não fosse isto conflito de interesses, e dizia-se que é preciso ter um descaramento e uma falta de ética e sentido de Estado impressionante. Mas vão mandar o Sr. Joaquim Pais Jorge embora? Acho que pode ser exagerado. A meu ver, tudo isto se resolveria com uma boa dose de memofante e teríamos um secretario de Estado com memória de elefante, e jamais se esqueceria das três vezes que esteve em São Bento.