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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Refugiados de Moria




Quando li certos meios de comunicação internacionais, pensei que em Moria (ilha grega de Lesbos) as coisas eram graves, mas quando pude visualizar testemunhos reais, percebi a dimensão da miséria humana ali instalada, sendo metade dos refugiados crianças, o que é chocante. São relatos de pessoas que vivem sem água, comida ou medicamentos. Depois do incêndio no campo de refugiados, pouco ou nada foi feito e o drama adensa-se, numa europa cada vez mais perdida e com pouca capacidade de resposta a um problema sem fim à vista. Os acampamentos improvisados são autênticas bomba-relógio, sem condições e onde faltam bens essenciais. Há crianças a dormir em campas de cemitérios, completamente desnutridas. Este problema teve o início. Já passaram vários anos desde então, mas ainda estamos no início, porque colocar pessoas em campos improvisados sem condições, entre eles milhares de crianças, não é procurar nenhuma solução, mas sim tentar esquecer o problema, quando temos mecanismos para evitar tais situações humilhantes à vista de qualquer ser humano, que respeite talvez o princípio mais basilar da condição humana: o princípio da dignidade da pessoa humana.