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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

"Negócio" das Urgências


Hoje, o país vive um clima de insegurança em relação a esta nova reforma do sistema de saúde. Neste caso, temos de analisar por partes as coisas e perceber a razão desta insegurança instalada, sem nos precipitarmos pois é uma reforma complexa. Eu concordo com esta reforma da rede de urgências, mas não posso concordar é com o modo como está a ser aplicada a reforma, pois não estão a ser criadas as soluções alternativas que garantam um melhor serviço como combate ao fecho dessas mesmas urgências, isto é, quando se fecham urgências, é necessário garantir em contrapartida os serviços mínimos às poupulações afectadas, em muitos locais do país o clima de segurança está aumentar devido a essa falta de recursos de proximadade. Um aspecto que pretendo realçar são esses mesmos critérios relativos ao tempo de resposta ao socorro local e é aqui que eu acho que está um dos grandes problemas, pois todos nós sabemos que não chega o Ministério da Saúde fechar uma urgência e mandar para lá uma ambulância de emergência, é benefico mas não resolve o problema, e na realidade todos sabemos que os 30 minutos estipulados pelas pessoas que fizeram esta reforma não é certo em todos os casos, verificando-se o contrário na generalidade dos casos, daí ser necessário garantir os recursos básicos de proximidade para as populações e não deixar essas mesmas populações desprotegidas. As linhas desta reforma são essenciais para garantirem um melhor serviço às populações a para principalmente acabar com o as famosas "listas de esperas" nos hospitais, mas não pode ser desta forma centralista que as pessoas responsáveis pela projecto têm vindo anunciar e sem garantir alternativas credíveis às populações. Com esta reforma passamos a ter três níveis de serviço de urgência: Serviço de Urgência Polivalente (SUP) o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico (SUMC) e o Serviço de Urgência Básico (SUB), tendo como objectivo maior capacidade de atendimento e cirúrgica ao doente. Também acho que hospitais como o Hospital S.João usufruam dos serviços de urgência de maior dimensão. Um dos pontos importantes desta reforma está num antigo problema que já se arrasta à muitos anos, que é na falência gestão do doente crónico e aí esta nova reforma terá uma resposta mais eficaz ao problema e um atendimento mais personalizado. Eu só espero sinceramente que o responsável pelo Ministério da Saúde tenha mais cuidado quando fala, pois se hà reforma que deve ficar livre de opções "político-partidárias" é esta reforma. E acho que em relação a certas questões como esta deveriamos deixar as estatísticas e os números de parte, pois é preciso combater o problema no terreno e não andar à volta das estatísticas, pois todos nós sabemos que existe muitos doentes que entram nas urgências e acabam por ir embora sem entrarem para as "estatísticas virtuais". Esperemos que todos as alternativas sejam encontradas e que as poupulações não sejam esquecidas, mas sim apoiadas.