Por vezes, um político complica o seu campo de actuação. Ontem, ao ouvir o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, lembrava Ronald Reagan num célebre discurso ao seu povo americano, em que afirmou que "aquele cargo era um cargo de custódia temporária, que não lhe pertencia, e que faria tudo por aqueles que votaram nele, ", ou lembro o discurso tempestuoso contra o aborto, em 1982, onde houve necessidade preemente de explicar ao seu povo a razão pela qual não devemos ser a favor do aborto. Será que um discurso perante os credores do cargo político, que são os cidadãos, pode ser ou deve ser substituído pelas redes sociais ou outro qualquer meio de ocultação dessas pessoas ? Falar aos cidadãos do país é uma exigência da política, e não deve ser substituído pelas máquinas tecnológicas.
Em Portugal, urge que os políticos chamem a população e expliquem as medidas e falem verdade e com dignidade, e falem directamente, não pelo facebook, porque nem todas as pessoas têm facebook e um computador, porque é preciso lembrar, que há pessoas, e vivem no nosso país, com mais precisão na faixa etária da terceira idade, que nunca visualizaram um computador, nem têm consciência que existe, e essas são ignoradas ? Não devemos ignorar o pequeno ou pobre, porque esse também é humano, devemos pensar antes de agir e devemos reflectir que para aceder a um facebook é preciso ter um computador, que nem toda a gente possuí e que falar por uma rede social ou falar directamente à população é diferente e pode decidir o futuro de um país, porque um político tem que estar junto daqueles que votaram em si, e não junto dos boys do partido.