Ficou conhecida pela sua luta contra o projecto europeu de Schumann e a ideia de uma moeda única, pela luta contra a flexibilização das leis do divórcio, votou a favor do aborto, foi contra a restauração do castigo corporal com vara, contra a União Soviética, a favor da famigerada guerra das malvinas em 1982, a favor do ataque aéreo à Líbia em 1986, e marcou um tempo com as sucessivas privatizações de empresas estatais logo após a crise do petróleo de 1979. Sobreviveu a um ataque de bomba em 1984 - suspeitou-se terem sido republicanos irlandenses - e ficou conhecida pela guerra com os sindicatos, sendo que, nesse mesmo ano a história conta-nos a repressão em particular à greve organizada pelos mineiros britânicos.
Designada como "dama de ferro", assumida neo-liberal, liderou o Reino Unido durante 11 anos e foi um exemplo na política de valores, princípios e paixão, mesmo que discorde-se de alguns dos seus pensamentos. Como ainda hoje disse Paulo Rangel: "uma referência para todos que acreditam que a política é uma convicção". Eu acredito que pessoas como Margaret Thatcher esvanecem no tempo e deixam a saudade juntos daqueles que acreditam numa política de valores.