Forest Whitaker, in "O Mordomo"
Ao ver o filme "O mordomo", mais que um filme, eu lembrei-me da luta de um povo. Lembrar Martin Luther King é lembrar um ícone, uma pessoa que com pouco fez a diferença, a pessoa que no discurso de um tempo, disse uma coisa tão simples como : "I have a dream", o sonho de que um negro e um branco possam ser vistos da mesma forma, tenham os mesmo direitos enquanto pessoas, e a sua luta resultou na aprovação da lei dos direitos civis e eleitorais, em 1964 e 1965. São pessoas como Martin Luther King que fazem renascer uma nação, levantar um povo, orgulhar-se de um país.
Há uma coisa que está escrita na década de 60 e jamais poderá ser apagada: o pessoal doméstico negro teve um papel decisivo na história dos E.U.A, porque mostraram que, mesmo a servir, merecem o respeito e os mesmos direitos que qualquer outra pessoa, demonstraram que quando se tem um sonho, deve-se lutar por ele até aos fins dos nossos dias.
É um período que jamais será esquecido na história e perguntamos sempre: porque tentaram parar John F. Kennedy ? Quem tentou, matou o homem, mas não conseguiu matar o seus ensinamentos e aquilo que nos deixou, ficou o seu legado. A proposta que se tornou lei em 1964 sobre direitos civis deve-se a ele e a tudo pelo que tentou mudar, porque existem os partidos e depois, acima destes, existe uma coisa acessível apenas a algumas pessoas: a capacidade de mudança.
Como dizia Abraham Lincoln, (também assassinado em 1985, quando era presidente dos E.U.A.) - pessoa que sabe bem o significado da luta - : "o campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer".
É possível conhecermos todas as histórias, saber o que se passou, conhecer as pessoas, reconhecer o esforço que sentimos, o vosso trabalho, o respeito, a admiração, mas nunca perceberemos mesmo pelo que passaram todos vocês.