Fidel Castro (1959 - 2008) |
Se fosse preparada a sua morte, talvez não conseguissem passar melhor imagem do que a que foi passada através dos meios de comunicação social. Quem não conhecer a história e ligar a televisão ou mesmo ler os jornais fica completamente sensibilizado com a morte de Fidel e a sua pessoa, caracterizado por um herói do seu tempo, um líder que salvou o seu país. Mas é esta a história e merece ser lembrado desta forma? Bem, não acreditava que fosse lembrado desta forma, ocultando parte da história, e o que mais me assustou foi chegar ao ponto de se comparar com Nélson Mandela, o que só pode ser aceite em tom de comédia ou num sentido irónico. Fidel Castro foi um ditador, que chegou ao poder e a primeira coisa que fez foi assassinar perto de duas mil pessoas que eram seus opositores. Combateu o antigo regime de Fulgencio Batista, que diga-se também que era um regime corrupto e que oprimia o seu povo, e, Castro seguiu muitas das sua práticas quando chegou ao poder, como confiscar as liberdades; impedir as greves; perseguir os religiosos; fechar jornais e prender e executar ao longo de anos os seus opositores, e conta-se que assassinou milhares durante a sua era, sendo que os números públicos apontam para mais de 12 mil pessoas. Fechou o seu país, o que obrigou a saída de muitos cubanos, e, obrigou o seu povo a viver em condições miseráveis, equiparáveis a muitas regiões de África.
Disse sempre: "a história me absolverá". Nao sei se a história o irá fazer (tenho dúvidas), mas tenho a certeza que na história ficará registado a memória de um homem que foi um ditador brutal, e, que podia ter feito muita coisa de diferente, e, essencialmente, ter desenvolvido o seu país e respeitado os valores de uma nação como Cuba, o que não aconteceu.