Pesquisar neste blogue

domingo, 27 de novembro de 2016

Churchill


Winston Churchill



   Falar de Churchill é sempre falar de história e do mais enriquecedor que tem a política, é falar de alguém que sempre foi em busca do seu pensamento, independentemente do partido a que estivesse ligado. Foi dos maiores e mais extraordinários oradores da história, e talvez dos poucos políticos cujas intervenções os correspondentes das agências noticiosas tinham ordens para reproduzir na íntegra, e só no Parlamento britânico foram mais de 500 discursos, que a maioria já pude ler, e são deliciosos. Em mais uma das minha incessantes buscas sobre Churchill, encontro uma das suas grandes reformas foi a introdução das pensões de velhice, que espantou toda a gente, ao mesmo tempo que foi a primeira vez que milhões de operários mal remunerados obtiveram meio dia de descanso por semana. Movia-o uma genuína compaixão pelos membros mais desafortunados da sociedade, uma intensa convicção de que era possível tornar a sociedade mais humana e também mais eficaz. 
   Isto revela, mais uma vez, que pertencer a um partido ou ser próximo de uma determinada ideologia não deve impedir o livre pensamento de cada um, e se Churchill foi alguém que ficou na história de uma forma nobre, não foi por ter mudado várias vezes de bancada na Câmara dos Comuns Britânica, mas sim por ter sido fiel aos seus livres pensamentos, e sempre que entendia que devia ser dada protecção a um sector desprotegido da sociedade, soube fazê-lo, sem ficar "atado" intelectualmente ao pensamento horizontal do partido e ser uma "vassoura" nas fileiras do partido.