Campo de Refugiados de Dadaab , no Quénia |
Desta vez, foi no Quénia que o Governo tentou fechar o campo de refugiados de Dadaab, o maior do mundo, com cerca de 300 mil pessoas ali alojadas, mas, felizmente, o tribunal, numa decisão histórica e inédita, impediu o seu encerramento. A maioria são refugiados da Somália que fogem da violência, pobreza e da perseguição. Também aqui a comunidade internacional tem de procurar soluções de integração para estas pessoas, sob pena de clima de coação e pressão sob os refugiados continuar aumentar. O Governo do Quénia justifica o encerramento com o facto de este estar a ser usado por militantes islâmicos como campo de recrutamento. Mas se isto acontece, a melhor solução é encerrar e desalojar quase 300 mil pessoas? Pode considerar-se uma solução dar 335 euros a cada um e regressarem imediatamente ao seu país, não resolvendo em nada o problema? Esperemos que o Governo com esta decisão deixe de tentar o fecho do campo de refugiados, e, as Nações Unidas consigam (até aqui não conseguiram), juntamente com o Governo, encontrar uma solução, que evite o desalojamento.
Um crise global e um dos maiores problemas do nosso tempo, que urge combater, e as Nações Unidas não pode nem devem continuar a ter um comportamento passivo, sob pena de o número de refugiados continuar aumentar (sendo já o maior desde da II guerra mundial). E questões como a solidariedade dos países mais ricos devem ser analisadas, pois são os países mais pobres que continuam alojar o maior número de refugiados.