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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Coreia do Norte até quando?


Praça Kim Il Sung, em Pyongyang, Coreia do Norte





   Desta vez, fomos acordados com a notícia de mais um míssil balístico da Coreia do Norte, que atravessou o Japão, em mais uma provocação, que a qualquer momento pode ter resposta, e gerar uma onda de destruição sem precedentes na história. Até quando a comunidade internacional vai tolerar estes comportamentos e ameaças da Coreia do Norte? 
   Talvez até ao dia em que representar uma ameaça para os E.U.A., e aí talvez seja o início do fim da Coreia do Norte e do seu regime. Se tal acontecer, será destrutivo para ambos, porque as perdas serão enormes, mas sem sombra de dúvida que será o fim da Coreia do Norte. E o problema não se resume ao facto de estar Trump à frente dos E.U.A., porque o programa de armamento da Coreia é uma verdadeira ameaça ao mundo, segundo a ONU, e mesmo já tendo sido alvo de sanções muitos duras, a Coreia continua a ignorar o que a ONU diz, e a fazer o que bem lhe apetece. Foi convocada mais uma reunião do Conselho de Segurança da ONU após mais esta provocação, mas temos de ter em mente que a Coreia violou todas as resoluções aprovadas pelo Conselho de Segurança, por isso, a Coreia é um problema sério, que talvez só vá perceber quando for obrigada pelos países, com recurso a algo que jamais ponderavam fazer há alguns meses. 
   O Japão e as suas forças armadas não responderam, mas esperemos que a Coreia do Norte jamais pondere fazer um teste perto de Guam, porque aí será o início do conflito que ditará o fim da Coreia do Norte. Mas se há uns tempos, arriscaríamos dizer que o líder coreano não seria tão estúpido ao ponto de fazer isso, porque seria suicida, actualmente, perante tais avanços, cada vez menos podemos ficar boquiabertos. Embora, perante tudo, é racional acreditar que se, para a Coreia a guerra seria uma autêntico suicídio, para o E.U.A. também não seria nada interessante, e teria consequências desastrosas, tanto a nível económico como geopolítico, porque acabaria sempre por envolver outros países, como por exemplo a China e o Japão.
   Esperemos que a diplomacia, culminada com as duras e inevitáveis sanções económicas, sejam suficientes para interromper este avanço coreano, mas jamais tal "paciência estratégica" pode ser o mote para a Coreia do Norte continuar a desenvolver o seu programa nuclear.



quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Vou tentar







   Não tem sido fácil voltar a escrever, mas agradeço a várias pessoas que pediram para que o faça. Não sei se vou conseguir ter um ritmo que já tive, devido a compromissos profissionais, mas vou tentar, tanto a nível nacional como internacional. 

domingo, 20 de agosto de 2017

Ramblas





   Quando menos se espera, lá aparece alguém a querer incomodar a nossa forma de vida. Desta vez o atentado foi em Barcelona e na bonita zona das Ramblas. Não foi assim há tanto tempo que estive num hotel mesmo em plena zona das Ramblas onde aconteceu o atentado. E perceber que já não estamos seguros em nenhuma parte é algo inquietante, mas que jamais nos deve fazer recuar e deixar de viver de acordo com os nossos valores ocidentais.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Venezuela por um fio




Hugo Chávez em 1992, numa tentativa de golpe
 de estado ao governo de Carlos Andrés Pérez



   A madrugada de 4 de Fevereiro de 1992, liderada pelas forças armadas venezuelanas, com o tenente coronel Hugo Chavez a ser figura de proa, suscitada pelo combate à corrupção, deve hoje ser lembrada por aqueles que integram as tropas venezuelanas, e pensar que a liberdade que um dia reivindicaram e pela qual lutaram está em vias de extinção e se nada fizerem, ficarão perante a escuridão dos dias, onde talvez nem uma luz de candeeiro poderão acender.
   Um país onde um regime que já perdeu eleições há um ano e nunca respeitou a liberdade (a liberdade que um dia já foi o solgan do chavismo para chegar ao poder em 1999) é bem ilustrativo da instrumentalização deste tipo de pensamento e regime totalitário, em que o equilíbrio e o bom senso desaparecem fugazmente para preservar o lugar e posto de poder, que infelizmente é um traço de originalidade deste estilo de pensamento, que jamais poderá ser equiparado ao socialismo, como Chavez ironicamente queria cantar aos setes ventos. Quando chegou ao poder, e nos primeiros anos, conseguiu na verdade ter políticas socialistas que baixaram radicalmente a pobreza, mas esses foram instrumentalizados, e hoje são aqueles que sofrem na linha da frente com as políticas do regime que um dia lhes fez acreditar que iam defendê-los. Mas o ódio conspirativo contra os Estados Unidos que caracterizou os últimos anos de Chávez e ainda hoje é a "motivação" do atual regime, começou por ser o grande declínio do Chavismo, porque serviu como arma de arremesso de traços de um regime totalitário, que nunca quiseram assumir, mas que é demasiado evidente e impossível de esconder.
   Em 2009, o país entrou numa crise tão profunda, que chávez chegou a propor aqueles que um dia pediu que lhe dessem a mão que tomassem menos banhos para economizar água e energia. Sim e hoje em 2017, o massacre sobre o seu povo com base na defesa de um regime "roto" e que já quase tem a cabeça coberta de água, tem os dias contados, porque os venezuelanos não vão aceitar continuar a ser enganados, em prol de uma tentativa desmesurada de manter o poder.