Pesquisar neste blogue

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Venezuela por um fio




Hugo Chávez em 1992, numa tentativa de golpe
 de estado ao governo de Carlos Andrés Pérez



   A madrugada de 4 de Fevereiro de 1992, liderada pelas forças armadas venezuelanas, com o tenente coronel Hugo Chavez a ser figura de proa, suscitada pelo combate à corrupção, deve hoje ser lembrada por aqueles que integram as tropas venezuelanas, e pensar que a liberdade que um dia reivindicaram e pela qual lutaram está em vias de extinção e se nada fizerem, ficarão perante a escuridão dos dias, onde talvez nem uma luz de candeeiro poderão acender.
   Um país onde um regime que já perdeu eleições há um ano e nunca respeitou a liberdade (a liberdade que um dia já foi o solgan do chavismo para chegar ao poder em 1999) é bem ilustrativo da instrumentalização deste tipo de pensamento e regime totalitário, em que o equilíbrio e o bom senso desaparecem fugazmente para preservar o lugar e posto de poder, que infelizmente é um traço de originalidade deste estilo de pensamento, que jamais poderá ser equiparado ao socialismo, como Chavez ironicamente queria cantar aos setes ventos. Quando chegou ao poder, e nos primeiros anos, conseguiu na verdade ter políticas socialistas que baixaram radicalmente a pobreza, mas esses foram instrumentalizados, e hoje são aqueles que sofrem na linha da frente com as políticas do regime que um dia lhes fez acreditar que iam defendê-los. Mas o ódio conspirativo contra os Estados Unidos que caracterizou os últimos anos de Chávez e ainda hoje é a "motivação" do atual regime, começou por ser o grande declínio do Chavismo, porque serviu como arma de arremesso de traços de um regime totalitário, que nunca quiseram assumir, mas que é demasiado evidente e impossível de esconder.
   Em 2009, o país entrou numa crise tão profunda, que chávez chegou a propor aqueles que um dia pediu que lhe dessem a mão que tomassem menos banhos para economizar água e energia. Sim e hoje em 2017, o massacre sobre o seu povo com base na defesa de um regime "roto" e que já quase tem a cabeça coberta de água, tem os dias contados, porque os venezuelanos não vão aceitar continuar a ser enganados, em prol de uma tentativa desmesurada de manter o poder.