Hadi Huden, menina Síria qu confundiu câmara fotográfica com cano de uma arma |
Imperdoável a guerra que somos forçados assistir perante e omissão ou falta de acção dos Estados, que, continuam a "varrer" para debaixo do tapete aquilo que todos vemos, mas que, na verdade, poucos querem assumir: o massacre do século XXI. ONU até quando vamos resistir? Quantas mais crianças terão de morrer para que o mundo reaja?
O que temos assistido na Síria é um autêntico e repugnante conflito de interesses entre Estados, que mata milhares de civis a cada dia que passa, onde as recentes e chocantes imagens de Ghouta Oriental retratam bem a indiferença de quem mata, sendo milhares de crianças mortas e milhares feridas, ao mesmo tempo que os pedidos de apoio das populações são a cada segundo, de todo o lado da Síria. Os atos praticados pelas tropas do regime são atos de terrorismo, e trata-se de um massacre, que poucos querem reconhecer, porque não têm coragem ou porque chocam com poderes de outros Estados com os quais não querem problemas, como por exemplo a Rússia ou a própria China. Mas neste ponto a ONU ou encontra uma solução para contornar os vetos dos membros permanentes do seu conselho de segurança (Rússia e China) ou teremos que reconhecer que, quando o mundo precisar da ONU para se impôr ao Estados, ela jamais poderá ajudar, e, assistiremos ao "sangrar" das potências e à sua luta pelos poderes, ou seja, o poder entre Estados.
Uma Síria olvidada -num conflito onde morre uma criança em média por hora -que os Estados irão pagar caro, se continuarem a olhar para o lado. As crianças não valem dinheiro, mas são e serão sempre o nosso futuro. Na Síria, vemos uma guerra de todos contra todos, onde, no fim, as vítimas são os civis.