Impressionante, chocante, assustador, tenebroso, trágico, apavorante e arrepiante são algumas das palavras para descrever as imagens e os relatos que chegam de Ghouta Oriental, na Síria. A ONU já pediu uma investigação imparcial ao recente ataque químico, que fez 500 mortos, entre eles crianças, onde as imagens entram pelas televisões dos espectadores pelo mundo fora. Mas enquanto a ONU pede uma investigação, mais uma centena ou milhares de pessoas já morreram entretanto, porque, depois da investigação, serão tomadas medidas, que irão a votos e dificilmente passarão no Conselho de Segurança, onde crónicos membros permanentes vetarão, como é seu apanágio. Custa ter de admitir que Donald Trump - ao seu estilo pouco assertivo - bem como o presidente Macron, têm sido os únicos a endurecer o braço de ferro com o regime Sírio e a Rússia. Theresa May só recentemente se juntou publicamente. Será assim tão difícil conseguir saber se foram usadas armas químicas, quando a ONU tem homens no terreno? O que mais será preciso acontecer para haver uma reacção concertada da comunidade internacional contra estas atrocidades?