Aos 15 anos, Magai Matiop Ngong, no Sudão do Sul foi condenado à morte, e encontra-se aguardar a execução no corredor da morte. Chocante. O crime foi acidental. Magai disparou para o chão em detrimento de uma discussão entre um primo e um vizinho, e a bala fez ricochete e feriu mortalmente o seu primo. Em 2017, o juiz condenou-a à morte por enforcamento. Não teve direito a advogado. Só com a intervenção das Nações Unidas foi possível ter contacto com um advogado. Segundo o direito internacional e ao abrigo das leis do Sudão do Sul (por incrível que possa parecer) ninguém pode ser condenado à morte se tiver menos de 18 anos.
Não se executam crianças. Continuamos a falhar a nível internacional, a todos os níveis. Pensar, em pleno século XXI, que existem países que condenam crianças à pena de morte é perturbador. E constatar o não acesso aos seus direitos mais básicos, como ter direito a um advogado, é silenciar a dignidade humana. Que tremenda injustiça.