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terça-feira, 19 de novembro de 2019

Xenofobia a Jorge Jesus





São 23:00 horas, joga o Flamengo, e parece ser cada vez uma hora sagrada. Há uns tempos, quem diria que estaria diante da televisão a ver jogos do Flamengo de madrugada ou no dia a seguir, assistindo ao resumo do jogo? Tem um nome: Jorge Jesus. Ou melhor: estar num quarto de hotel, ligar para a recepção a pedir para mudar para o canal X, onde joga o Flamengo, e perceber que afinal são vários aqueles que já anteciparam o pedido. Mas será que existe o reconhecimento justo de todos os brasileiros pelo seu extraordinário trabalho ou este reconhecimento é apenas aparente (consumido pela xenofobia)?
Bem, não tinha ideia que o Brasil fosse um país tão xenofobo ou tivesse (melhor dizendo) ainda cinzas de comportamentos xenófobos, e isso é deplurável, em todos os sentidos. No último jogo do Flamengo, um jornalista chegou mesmo a tentar criticar Jorge Jesus, com questões complexas, claramente numa tentativa de rebaixar Jorge Jesus, só por não ter estudos e não ser brasileiro. Treinadores como Renato Gaúcho (Grémio), Vanderlei Luxemburgo (Vasco da Gama) ou Alberto Valentim Neto (Botafogo) deviam estar envergonhados pela forma como criticaram e rebaixaram Jorge Jesus, colega de profissão. A imprensa brasileira e alguns treinadores brasileiros que têm vindo desde do início a criticar Jorge Jesus deviam aprender que ser estrangeiro não é ser inimigo. Esse tempo pertence ao passado. O Brasil é um país magnífico, e é pena que, ainda tenhamos assistir a manifestações e comportamentos xenófobos, principalmente perante portugueses, como tem acontecido perante Jorge Jesus.
Jorge Jesus tem feito um trabalho maravilhoso. É impossível ficar indiferente ao trabalho que tem feito no Brasil. Para quem gosta de futebol, ver o flamengo jogar é um prazer. E o respeito tem ser transversal a todo o Brasil, porque a competência está lá, e quando a elevação acontece por mérito, merece o respeito de todos, sem distinção. Independentemente de tudo, Jorge Jesus saberá sempre que Portugal estará sempre a seu lado e no Brasil, cada vez serão mais aqueles que o apoiam, mesmo que ainda existam pequenos Bolsonaros entrincheirados, preparados para a qualquer momento, atacar o inimigo: o estrangeiro.