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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

A vez de Trayford Pellerin

 




Passado este tempo todo, os Estados Unidos continuam a olvidar as suas origens e ignorar que a sua grandeza deve-se a muitos afro-americanos que atravessaram fronteiras para lutar com dignidade por uma vida melhor. Duvido que mais de 40 milhões de afro-americanos permitam que um senhor chamado Donald Trump (que em nada tem a ver com o exemplo do "sonho americano") continue a tentar impedir e destruir uma luta que levou anos e ceifou milhares de vidas humanas, porque o racismo não pode vencer a dignidade da pessoa humana. 

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Dirty Money




Uma série Netflix que vale a pena. Depois disto, a corrupção é a mesma, o crime fácil de praticar e difícil de condenar. 

Máscara no chão

 



Bem, acho que exigir elegância no uso da máscara poderá ser uma exagero (embora fosse uma evolução interessante ao nível do cuidado estético), da mesma forma que não exigir a proibição de a "deitar para o chão" poderá ser uma anormal estupidez. Raro o dia que não olhamos para o lado e vemos uma máscara do cirurgião estendida no chão, como símbolo dos tempos. Mas era daquelas situações simpáticas e adequadas de exigir multas de 1000 euros a quem cometesse tal infortúnio e mínimo de 15 dias a varrer as ruas em determinada zona geográfica (apanha das máscaras). Há uns tempos, alguém falava comigo e dizia que talvez cursos de educação intensiva fossem úteis e cada vez mais acho e entendo a urgência da necessidade, porque antes de qualquer código de conduta, é necessário perceber e dotar as pessoas do sentido de viver em comunidade, que atribuí direitos, mas impõe igualmente deveres. Estamos a falar de saúde pública, e ao colocar uma máscara no chão estamos a colocar em risco a saúde de um número indeterminado de pessoas. E, no final disto tudo, alguém vai levar com a consequência e não é o Padeiro, com todo o respeito pelo Padeiro.


segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Fim debates quinzenais





A democracia está frágil. Este é mais um indício de tal fragilidade, não tanto pela medida tomada por PS e PSD, mas pelas declarações de vontade que ilustram o sentido de pensamento político futuro. A instrumentalização da saturação política das pessoas acontece no momento político mais assertivo e menos barulhento. Acabar com os debates quinzenais é tirar palco ao contraditório, à oralidade, ao debate, ao escrutínio, ao pensamento crítico, aos pequenos partidos, ao povo. E se isto tem em vista menorizar determinados protagonistas políticos, apenas fortalece as suas posições, e será mais um argumento utilizado por estes para "deitar abaixo" e endurecer os actuais políticos. Esta medida não defende a democracia. As pessoas devem ser informadas, e os debates eram um meio que servia para isso. Agora, por momentos lembrei algo do passado, onde defendiam que "o saber do povo não deveria exceder aquilo que era necessário às suas ocupações" (1776). Mas só foi por acaso, numa época em que quanto menos o povo soubesse e fosse informado melhor, porque quanto mais soubessem mais os seus cargos políticos estariam em risco. Não estamos em 1776, mas houve aqui uma nuvem, mesmo que tenha sido bárbara e radical, ela existiu, talvez tenha sido só passageira. Isto é um passo atrás. É ofegante a forma como isto passou sem barulho.

Alentejo




Há muitos lugares com a esplêndida e brilhante luz do sol, mas com tanto espaço para libertar o pensamento e usufruir de uma liberdade infinita só o Alentejo. Mas tudo é mais bonito quando em redor de tudo existe o respeito, amor, a valorização e o reconhecimento. Poder entrar no restaurante Fialho, em Évora, e verificar que os dois clientes mais antigos do restaurante (com 94 e 95 anos) são levados por dois empregados até ao carro, e têm mesa reservada há mais de 60 anos, sempre aos sábados e domingos, é algo de extraordinário e mostra que é tão bom sermos assim e que revela a elegância de urbanidade, aqui no Alentejo, mas que está espalhada pelo país.