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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Malak

Vacinação de Políticos



É uma imoralidade vacinar um político quando ainda existem profissionais de saúde que não foram vacinados. Na saúde privada está quase tudo por vacinar. Mas é uma também um populismo não vacinar, por exemplo, o Presidente da República ou o Primeiro Ministro. Agora vacinar 240 deputados sem critério é uma brincadeira, mesmo sendo titulares de um órgão de soberania como é a Assembleia da República. Um dia destes corremos o risco de ver uma peixeira vacinada e ainda faltarem profissionais de saúde por vacinar. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Valha-nos o Marcelo





Não concordando com a realização das eleições num momento crítico e excepcional como da actual pandemia, conseguimos eleger o Presidente da República e ainda bem que foi o Marcelo, porque significa que ainda somos sensatos e pretendemos a estabilidade democrática. Mas existiram sinais e o destaque (criado pelos próprios candidatos) foi para o partido Chega, para o ultraneoliberalismo. Não foi uma surpresa, porque estava à vista de todos, era perceptível que tal crescimento tinha e tem um objectivo: entrar em força no parlamento (com número significativo de deputados) nas eleições legislativas. Isto merece uma reflexão política, mas talvez essa reflexão tenha de ter outros protagonistas políticos, porque os actuais têm demonstrado uma inquietante incapacidade e anacrónica incompreensão política. Ignorar o partido Chega não resolve o problema. Criticar o Chega não impede o seu avanço. Uma das boas soluções passa por reflectir sobre o actual sistema político, sobre a eleição dos políticos e sobre os seus contributos para o país, individualmente, por exemplo, cada um dos 240 deputados da Assembleia da República. Um estudo recente constata que maioria dos portugueses (cerca de 60%) gostariam de mudar sistema eleitoral e eleger os deputados à Assembleia da República. Medidas como estas poderiam ser o ponto de viragem e acho que são medidas como estas que as pessoas procuram, desejam uma mudança a vários níveis políticos. E o problema é que as pessoas que votaram Chega pensam que foi um voto contra o sistema, mas talvez tenha sido em erro, porque o discurso é contrário aquilo que acontece na realidade, onde inclusive muitos dos protagonistas são ex. militantes e simpatizantes do PSD e do CDS. A queda acentuada do PSD e o suicídio político do CDS foram e são uma bomba de oxigénio para a aplicação prática de um programa político exótico. A continuação do negacionismo agravará o problema e tornar mais forte qualquer força política como o Chega que navega nas suas águas, onde o grande capital humano está facilmente ao seu alcance em detrimento da crise e da gritante falta de credibilidade dos políticos. Este negacionismo da realidade existe dentro dos partidos quanto aos dissidentes, e a suas práticas de solucionar tais problemas geraram o descontentamento que é agora igualmente capitalizado por uma força política como o partido Chega. Se dúvidas houvesse quanto aos responsáveis pelo surgimento e crescimento de um partido como o Chega, basta assistir aos discursos da noite eleitoral de ontem, com a excepção de Marcelo Rebelo de Sousa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Kamala Harris

 


É a vice-presidente dos E.U.A. e será alguém de quem espero muito politicamente, porque o mundo precisa de mais pessoas como Kamala Harris. 

(donald trump): traição imperfeita




Era um queda anunciada, apenas só imprevisível quanto à sua forma e desfecho. A invasão do capitólio foi um acto criminoso e a investigação apurará quem foram os seus agentes. Trump ao longo deste tempo foi plantando sementes da sua queda e o crescimento das suas sementes seria inevitável. As fake news e as mensagens de ódio são apenas alguma das sementes que cresceram de forma galopante e a invasão do capitólio foi a traição imperfeita que nunca a América irá perdoar. 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Confinamento estranho




Este confinamento tem sido estranho desde do início. Ontem, todos assistimos ao aglomerado de filas e filas para votarem e ainda não ouvimos qualquer palavra de censura a repudiar tais aglomerados. Assistimos a um jantar do partido político Chega que juntou 170 pessoas em Guimarães. Fui durante a semana a uma bomba abastecer o carro e eram só pessoas a fumar e a tomar o café da parte de fora e a conversarem uns com os outros. Saímos para ir à mercearia (que voltaram aos tempos da década de 80) e temos de nos desviar das pessoas em passeios higiénicos, a correr e com o cão (em aglomerados). Vemos os transportes públicos cheios de gente. Passamos perto de uma escola e vemos os alunos em aglomerados de 5. E por aí ainda conseguimos ver pessoas sem máscara. Infelizmente já tive de confrontar gentilmente uma senhora que estava sem máscara à minha frente num local, a qual justificou que estava com comichão no nariz. Eu compreendi delicadamente o seu surto de comichão mas fiz entender que o surto de covid-19 era pior, que fizesse o favor de colocar a máscara que era perigoso. Não gostei de o fazer porque não sou fiscal, mas há pessoas que não entendem a realidade e complexidade do problema do país. Podemos e devemos aplicar medidas mais duras e fiscalizar, mas se a responsabilidade de cada um não mudar, continuaremos a lutar contra o tempo. E há uma coisa: aqueles que cumprem e são extraordinários a cumprir (respeitando todos os profissionais de saúde) não poderão pagar por aqueles que voluntariamente não querem cumprir. Ninguém quer ou pretende ter um país parado e/ou fechado, mas o que não podemos ter é um país sem pessoas, sem as suas gentes.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Elogio ao Grupo Nabeiro



Num momento diferente e anormal, de alteração de circunstâncias a todos os níveis, há que destacar o que é bom e distinto, quem faz diferente. Não precisa de elogios, porque é um grupo que fala por si, mas quando em plena pandemia ouvimos ou temos oportunidade de ler que o grupo Nabeiro compra refeições a restaurantes em dificuldades para ajudar famílias carenciadas percebemos a razão pela qual ainda existem empresas que são um exemplo e que merecem um destaque nacional, pelas suas boas práticas sociais, pela responsabilização social.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Presidenciais: esbofeteada à Ilias Kasidiaris




Estes debates presidenciais têm sido extraordinários ao nível do insulto e estão cada vez mais perto do nível de debate das eleições gregas em 2012, quando recorreram ao uso da força para impor as suas posições políticas. Não estiveram longe disso, principalmente no debate entre Marisa Matias e André Ventura, mas faltou a esbofeteada à Ilias Kasidiaris, quando este deputado da extrema-direita (do partido Aurora Dourada) agrediu a deputada comunista em directo num debate na televisão grega. Embora a deputada do partido comunista só ter sido esbofeteada depois de Ilias ter deixado o aviso ao atirar em direcção a esta um copo repleto de água.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Pandemia: o outro lado invisível


Hoje, no momento em que escrevo este artigo registaram-se mais 90 mortes em Portugal por Covid-19. Mas o chocante é saber que desde 1920 (altura da gripe espanhola) não havia registo de tanta gente a morrer num ano. Mas o preocupante é que apenas metade dessas mortes são por Covid-19. O que se passa com Portugal? Quem explica as restantes mortes por silêncio? Os idosos são encostados nos lares de uma forma sufocante, não havendo resposta a um problema que já estava anunciado há muito tempo. Não foi a pandemia que fez aumentar o número de idosos em Portugal. As cirurgias e consultas adiadas ou a incapacidade de rastreio tem sido mais um sinal do afastamento das pessoas com menos meios económicos. Não interessa qual o partido político, mas poucas dúvidas restam que há muita gente a ser enganada. A realidade é outra, é invisível. Na realidade invisível as mortes acontecem naturalmente, são ignoradas em silêncio, de uma forma indigente, sem direitos.