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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009 - Ano de Cooperação e Atitude Humana

Cumpriu-se mais um ano, e, olhando para o futuro, penso que 2009 terá de ser um ano de cooperação e atitude humana.
Na minha opinião, acho que 2009 será um ano diferente, penso que é arriscado fazer previsões, pois quando se faziam grandes previsões, também numa altura designada de " crise", um dólar investido na Walgreens( que era uma empresa mediana), superou um dólar investido na estrela tecnológica Intel em duas vezes, na General Electric quase cinco vezes, na Coca-Cola quase oito vezes e no mercado geral em mais de 15 vezes. É difícil prever o que sucederá no ano de 2009, porque, em conjunto com outros factores, irá depender e ser decisivo o comportamento das empresas e a criatividade e inovação introduzidas pelas próprias. A minha convicção é que será um ano de oportunidades no mundo dos negócios.
Penso que a atitude humana será determinante, a coragem para abdicarmos de certos "luxos", e a forma usada e distinta de cada personalidade marcará a diferença.
Acho que é necessário e exige-se cooperação, e a minha principal crítica continua a dirigir-se aos meios de comunicação em Portugal, que continuam a prestar um serviço de baixo nível ao país, quando deviam transmitir a confiança às pessoas e oferecer um serviço de qualidade e valor, a que todos os portugueses têm direito.
Eu não sou ninguém, costumo dizer que sou alguém para o meu povo, que são os meus amigos e as pessoas que gostam de mim, e para esses apenas quero reiterar e dizer-vos o quanto orgulho tenho de vós, e que continuarei sempre a lutar por aquilo em que acredito.



Um FELIZ ANO 2009 para todos!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Tempo de mudança - "A Criança a quem cuida dela"

«As crianças foram con­sideradas, na nossa tradição cultural e ju­rídica, como objecto de poder do pater famílias que tinha, no di­reito romano, o poder de vida ou de morte sobre os filhos, o poder de venda e de expo­sição. Os Códigos Civis modernos, do sécu­lo XIX e do século XX, antes das reformas das décadas de setenta e oitenta, conferiam ao pai, chefe da família, o poder de exercer o poder paternal, expressão, curiosamente mas não inocentemente, mantida na legis­lação actual. Tal significa que, nas nossas representações mentais, ainda que ao ní­vel do inconsciente ou do implícito, conti­nuamos a ver as crianças como objecto de propriedade dos pais. Esta mentalidade, juntamente com a prevalência dos laços de sangue relativamente aos vínculos afecti­vos, tem influenciado as decisões relativas ao destino das crianças, objecto de litígios judiciais entre adultos que a reclamam. A este propósito tenho defendido que, sem­pre que há um conflito entre os pais de uma criança, após um divórcio ou separação, ou entre os pais e terceiras pessoas que cui­dam, de facto, da criança, devem assumir a responsabilidade por esta, os adultos que cuidam da criança no dia-a-dia. São estes – na linguagem das ciências sociais, que de­ve ser adoptada pelo Direito – as pessoas de referência da criança, com quem ela esta­beleceu a sua relação emocional mais im­portante e decisiva para o seu desenvolvi­mento físico e mental.
Os tribunais, sempre confrontados com falta de tempo e de meios para as suas de­cisões, têm um processo fácil e rápido de realizar o interesse da criança: averiguar qual dos adultos tem cuidado da criança, da sua saúde, segurança, alimentação e educação, reconstruindo a história de vi­da da criança, desde o seu nascimento. Tra­ta-se de uma prova dirigida a factos objec­tivos e fáceis de demonstrar, evitando-se o recurso a avaliações psiquiátricas compli­cadas, sempre subjectivas, e que prolon­gam os processos, desrespeitando a noção de tempo da criança. A identificação da pessoa de referência pode ser realizada através da audição dos pais, da criança, de membros da família alargada, professores ou vizinhos, que a conheçam bem, e atra­vés do inquérito social.
O primeiro dever de um tribunal, que tem a seu cargo uma decisão que vai mar­car a vida de uma criança para sempre, é respeitar os seus afectos. Para tal, a lei con­fere-lhe amplos poderes de investigação, ao abrigo dos quais o tribunal pode orde­nar todas as diligências que julgue neces­sárias para a decisão, não se limitando a ouvir a opinião dos adultos, a analisar as suas condições de vida e personalidade. Todas as entidades com competência para contribuir para a decisão devem auscultar os sentimentos da criança e assumir um papel activo na promoção dos seus direi­tos. A criança é o centro de todos os pro­cessos que lhe dizem respeito. Pai e mãe são aqueles que o seu coração reconhece como tal. Os conceitos de paternidade e de maternidade, no sentido jurídico, têm si­do circunscritos à biologia.
É tempo de estender a protecção consti­tucional destes valores à maternidade e à paternidade afectivas, desacompanhadas dos laços de sangue, e de reconhecer, na Constituição, um direito da criança ao afec­to. E gostaria de terminar dizendo que não são as crianças que têm de ser inocentes, mas nós os adultos é que temos de ser ino­centes com elas. Nós não dispomos de qual­quer poder de correcção sobre as crianças, devemos é corrigir-nos a nós mesmos, para criar um mundo melhor para elas.»


por Clara Sottomayor.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008




Um SANTO e FELIZ Natal para todos!



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Porque as pessoas também são prendas

Na vida, hà datas e momentos da "história" que também são datas e momentos das nossas vidas. Estamos numa época linda do ano, onde infelizmente nem todos têm oportunidade de passar o Natal junto das pessoas que mais amam. Sinceramente já gostei mais do Natal, já dei mais valor , e se um valor humano consegue marcar um tempo, o desaparecimento de um valor humano consegue encerrar um tempo. Um dia uma grande pessoa, de grande valor humano, dizia-me o seguinte: "as pessoas também são prendas", e isto reflecte lindamente o valor e a diferença que uma pessoa pode fazer em vida, porque se hà prendas insubstituíveis essas prendas são as "pessoas".

domingo, 21 de dezembro de 2008






























Todos os dias aprendo com crianças fantásticas

Desde do momento em que entrei no projecto "porto futuro" e na instituição "CASO" (universidade católica), todos os momentos que tenho passado com as crianças tenho aprendido, e tem sido um privilégio para a minha pessoa poder contribuir e ajudar crianças que nos oferecem tanto, que se torna impossível descrever em palavras os ensinamentos que guardamos destas crianças, que apesar de viverem em ambientes degradados, em condições precárias, são crianças que lutam com uma força incrível por uma vida melhor.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Faculdade de futuro

Actualmente, em pleno século XXI, as pessoas preferem omitir certas verdades, em defesa da sociedade, mas uma sociedade individualista não é o caminho, hà quem pense que caminhando nessa estrada, encontrará alguma saída.
Hoje, as faculdades continuam a ser centros de saber, mas infelizmente já não formam a enorme qualidade e componente humana que em tempos era motivo de orgulho de um país que preservava os jovens de futuro. Hà uns dias, numa conversa com um amigo na faculdade, surgia a pergunta seguinte: que futuro terá a "faculdade" ? É uma pergunta interessante e que poderá ser motivo de debate e discussão a longo prazo, pois uma faculdade só será boa se as pessoas que a frequentam também o forem, e para isso é necessário tornar a faculdade um lugar de excelência. A decadência de valores não contribui para a excelência, pois o valor humano é factor determinante num lugar de excelência.

Milhares os Portugueses que esperam pelo Estado ao final do mês

Hoje, são milhares os portugueses que dependem do Estado, e o grande problema é que o país não está produzir riqueza suficiente de poder oferecer ao Estado garantias para pagar aos milhares de portugueses que dependem e sobrevivem à custa do Estado. O país e o mundo não estavam preparados para a profunda crise, e agora torna-se cada vez mais essencial ponderar as grandes obras em Portugal, não pelo facto de o país não precisar ou não querer, mas sim pelo facto de a situação financeira do país estar pior e ser urgente e necessário garantir aos portugueses que o Estado terá dinheiro a longo prazo para lhes pagar o que deve, e isso é prioridade.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Isabel é uma das muitas crianças que lutam pela vida em Nampula

Eu debato-me e sempre irei debater por um mundo mais justo, reconhecendo que é complicado que todas as pessoas possam ter acesso aquilo que é "bàsico" à sua sobrevivência. Quando adoptei esta linda criança, o mais importante para mim foi sempre estar à altura daquilo que a responsabilidade me transmite e poder ajudar na construção dos mais belos sonhos humanos, porque é fantástico ouvir da boca de uma criança que luta todos os dias pela sobrevivência, que sonha um dia ser enfermeira, ser médica. Isabel vive em condições precárias, numa casa construída a partir de materiais locais, numa zona onde não existe saneamento básico, nem abastecimento de água. Um dos meus objectivos é que Isabel tenha sucesso nos estudos e que nunca desista, porque as condições para estudar não são as melhores como é de conhecimento geral, pois as crianças sentam-se em troncos de árvores que servem de bancos, e quando chove não existe condições "mínimas" para estudarem, e os acessos às "escolas improvisadas" tornam- se impossíveis. Apesar destas dificuldades, Isabel pensa um dia vir a ser "alguém", e este "alguém" para estas crianças que lutam todos os dias pela sobrevivência é não acabarem por morrer como a maioria morre, mas poder conseguir ultrupassar as dificuldades e viver de forma justa e digna esta vida, porque se existe exemplos de vida são estas crianças. A Isabel cresceu ajudar os pais no campo, tem orgulho nos pais e ajuda os pais nas tarefas domésticas, sendo que quando não está ajudar os pais, está na escola a lutar pelo seu sonho. Nesta zona vive-se da agricultura, e é esse o sustento destas crianças, mas o grande problema são as condições climatéricas, que condicionam o trabalho no campo, pois tanto as cheias como as secas estragam os produtos, o que acaba por tirar a vida a muitas destas lindas crianças.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Programa "Novas Oportunidades" - Alguém vai pagar este legado!

Hoje, temos um país do qual todos amamos, mas infelizmente cada vez mais com ideias das quais não partilhamos. Mas, se hà ideia que é comum a todos é a de que queremos um futuro melhor para todos os jovens e queremos uma sociedade justa e será que este programa "Novas oportunidades" é justo ? As famílias esforçam-se para colocar os seus filhos nas escolas desde muito cedo, esforçam-se para pagar os estudos aos seus filhos, esforçam-se para dar uma qualidade de ensino aos filhos e depois assistem a este "sismo" na educação ? Eu acredito que as pessoas que governaram e que governam o país pensam sempre no melhor para os portugueses, mas isto não é apostar na educação. Sinceramente, será que ninguém entende que as repercussões que isto terá a longo prazo na sociedade serão negativas ? E não há nada como os testemunhos das pessoas que têm tirado estas formações, onde reiteram a facilidade com que tiram o 12ºano, enquanto os milhares de jovens por esse país fora continuam acordar às 7 da manhã para irem para as escolas, atravessando as dificuldades normais do ensino.
A longo prazo, alguém irá pagar este "erro grave" e exigir novos diplomas de ensino, pois a este ritmo, as empresas vão exigir mais qualificações e em muitos casos e a longo prazo, nem irão aceitar estes diplomas, sendo um risco que se corre numa economia de mercado congestionada, e aí irá pagar como sempre o contribuiente e novamente as pessoas que perderam o seu tempo e reuniram esforços para conseguir estes diplomas, pois não acredito no sucesso destes diplomas no mercado, mas nesse domínio quem criou este programa não se preocupou, preocupando-se apenas com os resultados estatísticos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A dívida eterna que o ser humano tem para com os "pobres", - Construção de um poço em Nampula

É a realidade, muita gente nunca irá perceber a dívida que tem para com os pobres. Na associação da qual faço parte, à uns tempos conseguimos realizar um sonho: a construção de um poço em Nampula, no norte de Moçambique, o que permitiu que muitas crianças pudessem ter acesso a água potável, o que foi uma alegria para todas as crianças, porque ver uma criança de 6 anos a lutar pela vida por não ter água para beber é revoltante. Estas crianças ensinam-nos que com muito pouco podemos mudar a vida delas e ensinam-nos sobretudo a dar o devido valor à dignidade da pessoa humana.



Declaração Universal dos Direitos humanos


Artigo 1°


"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade".


Artigo 3°


"Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal".