Em termos políticos, o que fez Papandreou foi jogar o joker, mas, em termos de realidade europeia e nacional, quebrou o regulamento interno e desistiu, deixando nas mãos da historia, de um povo exaltado, triste, endoado, revoltado e em sofrimento a decisão de deixar cair o euro. Não consigo perceber o momento de jogar o referendo, quando poderia o ter feito numa fase inicial de entrada do FMI na Grécia. A Europa e os seus famigerados lideres esperaram e abriram as suas portas a uma forte possibilidade de surgirem situações que enfraquecessem o euro, devido ao seu nulo poder de decisão. As sucessivas reuniões de adiamentos, os meses em vão, os encontros dos indecisos, os esclarecimentos para convencer os leigos, são expressão de uma fase da história recheada de fracos lideres políticos, que apenas sabem assinar e não decidir. Estes lideres europeus foram enxovalhados de forma justa pelo omissão de comportamentos em prol de uma Europa a 27 e não a 4. Agora já não faz diferença uma Grécia sair do euro ?
Ninguém de bom senso pode concordar com Papandreou, mas pode concordar que qualquer obstinado lidera esta Europa.