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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Virgin Atlantic

 




   Mais uma vez, Richard Branson faz aquilo que irrita qualquer teórico de negócios: altera a forma de fazer as coisas. É isto que faz dele um dos maiores homens de negócios de todos os tempos, que criou, cria e continua a criar um império através da exploração das falhas e lacunas dos seus concorrentes. O que vale num negócio? As pessoas. O que o distingue dos outros? Basta lembrar quando enfrentou em tribunal uma das maiores companhias aéreas do mundo: American Airlines e, a qual venceu e teve de lhe pagar uma indemnização de milhares de euros. O que ele fez? Dividiu-a por todos os seus trabalhadores, e isso fez e continua a fazer dele uma pessoa que faz a diferença. Nesse momento a American Airlines ofereceu o triplo de salários a alguns dos directores executivos da virgin e qual foi a resposta desses directores? A resposta foi: "nem por nada deste mundo deixaremos a Virgin".
   Desta vez, o que pensou? Que ao viajarmos, antes de começar qualquer voo, todos assistimos às regras de segurança, e algo podia ser feito aí de diferente, e fê-lo, com um vídeo das pessoas explicando as regras, mas cantando e dançando. Fantástico.



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Blatter

   




   Fiquei surpreendido, mas a partir do momento que tomei conhecimento de que o Senhor Blatter é portador de anomalia psíquica grave as coisas e opinião modificaram. Acho que devem ser tomadas as diligências para afastar ou ajudar clinicamente este senhor,ou seja, através uma acção de interdição do cargo por anomalia psíquica ou recorrendo a internamento compulsivo, visto não estar em condições mentais para exercer o seu cargo, depois das declarações proferidas sobre o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo.

sábado, 26 de outubro de 2013

Cortes

 





     Onde estão esses "patifes" ? Quem são esses "patifes"? Afinal existem "patifes" ?
   Criou-se a ideia que na função pública só existem "patifes" e que são todos uma "cambada de malandros" e merecem ser cortados por todos os lados, sem olhar a quem e sem dó nem piedade. Foi ainda há poucos dias que uma pessoa amiga me dizia: "acho muito bem, por exemplo, aumentarem o horário para 40 horas, porque eles não são diferentes e nunca trabalharam", o que não pude obviamente concordar com tal disparate, mesmo gostando dela. 
   Primeiramente, peço desculpa, mas digo, porque é verdade: existem pessoas fantásticas a trabalhar na função pública. E no privado não existe? Sim existe, mas aí é consensual, e infelizmente quando o discurso se torna obsuleto ou tendencioso, sem conteúdo substancial valorativo na argumentação, tudo cai por água abaixo. Eu sempre achei e continuo achar que a função púlica precisa de uma verdadeira reforma, mas a sério. Quem não acha? Mas a reforma passa pelo aumento do horário de trabalho e pela redução de salários? Não me convencem e deixam-me a pensar que estão a piorar e agravar a situação, e adiar aquilo que um dia será inevitável: reforma do Estado. Já escrevi que não concordo com as 40 horas semanais, acho de uma forma simpática, uma medida infeliz e desconexa da realidade. E porquê cortar em pessoas que ganham acima de 600 euros, ou seja, 700, 800, 900 euros? Mesmo que seja progressivo, e que vá aumentando à medida que vá sendo maior o salário, é lamentável assistir a tais cortes num país que já por si vende salários miseráveis. Custa-me menos, mesmo que seja imoral (argumentação usada pelas pessoas reformadas que sempre descontaram) que cortem a quem já não esteja no activo, com reformas acima de 2000 euros, por exemplo, do que cortem a quem esteja no activo e receba 700 euros.
   Em segundo, espero que as pessoas consigam perceber que dividir o país em privado e público será uma consequência reflectida a longo prazo, que não deixará o país avançar, uma vez que, hoje ataca-se o público e amanhã haverá represálias contra o privado, por quem vier a seguir governar, ou até de outras formas. Neste momento, quando o país mais precisava de equilíbrio e adequação nos cortes, assistimos a cortes cegos em salários baixos e que atingem o mínimo de dignidade social.
    Em terceiro, dou o meu exemplo, onde no privado, sinto e é notório que existe um sentimento contra a função pública, que são todos uns "malandrecos". Mas aprendi que basta haver um trabalhador honesto e sério para merecer o meu respeito e adequação no discurso. Podem ser poucos ou menos que no privado, não interessa, o facto de existirem pessoas sérias (que existem) na função pública devem merecer o nosso respeito de todos e não a divisão. 
   Por último, ultrapassada a questão do respeito, existe a questão da reforma, onde encaixa muita vezes o discurso dos "malandros" (aqueles que vagueiam pelas autarquias como acessores sem ninguém lhes conhecer a face, apenas os terem visto nos comícios), porque, por exemplo, quando criaram-se empresas municipais, chega o momento de questionar: são necessárias ? Quais os recursos necessários? Onde está a fiscalização? Quais as consequências ao nível de responsabilização dos gestores e presidentes de câmara que acumulam funções? Até onde deve ir o livre arbítrio na nomeação autárquica? Como poder controlar os orçamentos, mesmo havendo descentralização e autonomia económica? Como deve ser feita avaliação interna? 
   Tudo pode ser feito, mas há uma coisa que deve existir: um olhar atento, porque amanhã pode ser tarde ao acordar e ver que tantos cortes acabaram por rasgar e estragar, em vez de remendar. Afinal não existem "patifes", existem pessoas, seja no privado seja no público, e, em ambos, existem bons e maus profissionais.



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Rescaldo

 
   
Eleições Autárquicas 2013






     Tudo foi diferente ou tudo ficou igual?
   No princípio, e se as vitórias ou derrotas se fizessem e contabilizassem pelo número de cartazes e outdoors que encheram as cidades, tudo podia ser diferente. Se as vitórias ou derrotas se contabilizassem pelos apoios monetários a este ou aquele candidato ou pelo número de figuras públicas que apoiassem esta ou aquela candidatura, tudo podia ser diferente. Se as vitórias ou derrotas dependessem do número de sms enviadas para os militantes ou simples anónimos, tudo podia ser diferente. Se as vitórias ou derrotas dependessem do aparecimento de candidatos "comprados" por outros candidatos, tudo podia ser diferente. Se as vitórias ou derrotas dependessem da escolha de x ou y pelo partido político, tudo podia ser diferente.     Mas afinal o que foi diferente?
   Simples: porque quem decide são as pessoas. E há uma de duas coisas a fazer: ou ignorar as péssimas escolhas de candidatos feitas pelos partidos políticos, ou seja, ignorar o óbvio, ou, aprender com os erros e perceber que tanto PS como PSD fizeram péssimas escolhas de candidatos às autárquicas, sendo que o PSD foi, talvez, aquele que mais escolhas desconexas e infelizes provocou, tendo merecido tal resultado, essencialmente e visível no Porto, onde escolheu um candidato que, desprezou as pessoas, e, pensou que a vitória era um dado adquirido, o que revelou ser uma tragédia no final. O que isto nos revela? Que os partidos políticos estão inundados de gente pouco credível, aparelhística, e redundante e avessa à mudança, mas que, terá de a fazer, seja a bem ou a mal, porque a realidade vai obrigar ao paradigma.
   A mudança ou é feita a curto prazo, ou, os partidos correm o risco de deixarem de ter um peso político como sempre tiverem nas eleições autárquicas, e, deixarem espaço para o surgimento de alternativas ao fracasso das suas escolhas, como são exemplo as candidaturas independentes.
   No fim, penso que são cada vez mais os sítios onde ganham as pessoas, os cidadãos e só espero que no futuro continue a crescer o número de pessoas que vota na pessoa e não no partido x, y ou c. Dou o exemplo do Porto, onde maior parte das pessoas do PSD (maioria) não votou Menezes, o candidato apresentado pelo partido. E aqui , respeito mas discordo de Marcelo Rebelo de Sousa, não achando que quem não apoie o candidato deva ser excluído do partido.