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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Missionários Nepal


Nepal



  Missionários uma vez, missionários toda a vida. "Só hoje senti que o rumo a seguir me levava para longe. Senti que este chão já não tinha espaço para tudo que foge. Não sei o motivo para ir, sei que não posso ficar. Não sei o que vem a seguir, mas quero procurar. Hoje deixei de tentar erguer os planos de sempre. Aqueles que são para outro amanha que há-de ser diferente. Não quero levar o que dei, nem sequer o que é meu. Hoje parece vai estar um pouco de céu. Só hoje esperei já sem desespero que a noite caísse. Nenhuma palavra foi hoje diferente do que já se disse. E há uma força a vencer". 
   Estamos juntos :)


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Espectáculo Marinho e Pinto

   
Marinho e Pinto




   Bem, mudou de cidade, mas mesmo assim mantém a caravana em Portugal. Numa altura em que manter um circo e a sua tradição não é tarefa fácil, Marinho e Pinto continua a aposta e, mesmo mudando os artistas, não abdica de vingar nas suas lides. Desta vez o espectáculo foi no Partido Democrático Republicano e a entrada era livre, em que, o aparecimento de uma lista concorrente foi o motivo da sua fúria, que, surpreendentemente não se conteve e quase deitava tudo a perder e perdia a compostura, revelando mesmo a sua pessoa, que, ainda poucos conhecem, porque estes "tiques ditatoriais" são apenas uma amostra. Quando viu a lista concorrente, com um número significativo de pessoas, assustou-se e disse mesmo que queriam "tomar o partido", ou não terá sido antes o mau hábito de quem não suporta concorrentes e quer tudo à sua maneira e feitio? E o mais cómico foi acusarem a igreja maná de tentar à "força" levar eleitores a votar e à última hora, não aceitando esses membros. Então não são todos iguais perante a lei ? Esta xenofobia não atrai espectadores, e têm ter cuidado, até porque a multiculturalidade só traz benefícios e riqueza ao discurso, mas talvez as pessoas estejam-se aperceber que a ideia não é essa, mas sim tomar o poder a qualquer custo, seja a passar por cima de quem for, rejeitando as etnias e aniquilando os concorrentes. Bem, não há forma deste triste espectáculo acabar.

    

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Ramadi, Iraque

  
Conquista da cidade de Ramadi no Iraque pelo Estado Islâmico





    Desta vez foi a conquista da cidade de Ramadi, que estrategicamente, é uma vitória que coloca os sunitas do Estado Islâmico perto da capital Bagdade, o que representa um perigo iminente para a comunidade internacional e toda a sua estratégia. Se à derrota dos E.U.A até ao momento, é esta, e Obama aqui vai ter de repensar a política no Iraque, porque, se chegar o dia em que não haja outra solução a não ser enviar militares, já será um falhanço. Se houve falhanço assumido e reconhecido dos E.U.A, esse ocorreu em 2003 com a invasão do Iraque, mas agora a situação é outra e incomparável com 2003. E, as consequências que daí advieram foram o surgimento da Al-Quaeda e do ISIS, sendo que este último foi formado por ex- membros Al-Quaeda, sendo que o líder o ISIS foi líder da Al-Quaeda em 2010. No Iraque, o ISIS tem resistido (diga-se de uma forma algo fácil e surpreendente) aos ataques aéreos da comunidade internacional e aos ataques dos militares iraquianos (que não têm capacidade) e continuam avançar a cada dia que passa, cometendo atrocidades e massacres em massa. Em Ramadi o massacre já contabiliza 500 mortos. Não deixa de ser inquietante assistir a esta incapacidade internacional, que, está a falhar, e, perceber que a mudança de estratégia não acontece porque vive assombrada pelo medo de se voltar a falhar, um medo que teve um tempo e uma história, que pouco ou nada tem a ver com a actual.


Velho Autoritarismo Policial

  
Polícia agride Adepto em Guimarães





   Era o jogo que podia dar ao título ao Benfica, e, mais uma vez, Guimarães foi palco de "pancadaria", "furtos", "ofensas à integridade física", houve de tudo como na mercearia da Dona Deolinda. Até o "Rambo" andava à solta em Guimarães. Mesmo não sendo o dos "filmes", causou estragos e abusou do uso da força. Embora tenha desiludido quando fugiu para casa do pai, porque o "Rambo" dos filmes nunca desiste e quando bate em alguém, depois não foge, dá a cara. Independentemente de haver adeptos que não souberam comportar-se (como era previsível ou não? com quanto tempo se preparam estes jogos?), jamais a autoridade policial deve ser substituída pelo autoritarismo policial. Isto parecia previsível e foi notório (ainda mais para quem esteve no estádio de Guimarães) que a polícia arriscou cometer falhas graves, e não teve "mão" nem soube controlar a situação, nem estava preparada para os adeptos que vieram de Lisboa (o que surpreende). O polícia "Rambo" de Guimarães (que pelos vistos já tinha uns quantos processos) agrediu um adepto que estava com um filho e com o pai de uma forma bárbara (que configura crime), comportando-se como um marginal e não como um polícia. São estas maçãs podres que infectam a nossa sociedade e apodrecem os nossos sistemas, neste caso o policial que devem ser deitadas foras. E, porque há polícias excelentes e que fazem um excelente trabalho e são um exemplo, por esses, devemos deitar fora estas maçãs podres do sistema policial, que tencionam "desenterrar" o velho autoritarismo policial, que tanto mal fez ao nosso país em outrora na história..
 



sábado, 16 de maio de 2015

Bullying

  
Bullying




  O paradigma atual diz-nos que temos dividir a palavra crime da palavra bullying, mas não será apenas uma questão de tempo? Porque razão já houve proposta governativa e não se avançou? Porque razão há partidos que já apresentam propostas há 10 anos e não são aprovadas? 
   Atualmente, e infelizmente, o bullying ainda não é crime. Mas é já um vício antigo dos fracos, que se apoderam da fragilidade do inimigo para ameaçar ou forçar alguém a fazer algo. Só que há bullyings e bullyings. Quem já não passou por tal situação ou assistiu? Quem não se lembra de chamar Mrs. Bean a uma colega da escola ou quem não se lembra de em certas escolas se chegar ao sétimo ano e ter de ir à pia ou ao poste (chegar mesmo a ser identificado e recebido na escola pelos mais velhos) ? 
  Deve-se criminalizar, mas não chega. O problema tem a ver com a carência grave de meios humanos para prevenir e acompanhar e intervir sobre o fenómeno da violência em meio escolar. E para essa prevenção, a criação de mais gabinetes (como foi enunciado numa das propostas apresentadas) acho que pode ser um dos caminhos de resolução, se houver um acompanhamento mais personalizado do aluno, porque criar gabinetes ou colocar um psicólogo com 1000 ou 2000 alunos não é solução, nem se a função for ter consultas meramente de apoio, sem atrair ou responsabilizar o aluno. A ideia terá de ser atuar em contexto escolar e também fora da escola, sendo um acompanhamento permanente, que possa estar mais perto de resolver o problema, e não atenuá-lo, porque a ideia deve ser resolver e solucionar o problema do aluno. 
    Quando estive envolvido no projeto "Porto de Futuro", que ajudava crianças com dificuldades escolares (onde cada uma tinha uma "espécie" de tutor), uma das coisas pelas quais o projeto funcionava bem tinha a ver com a sinalização das crianças e todo o trabalho que era feito nesse campo, chegando sempre ao conhecimento do tutor tudo sobre o menor (lembro-me por exemplo do caso de um miúdo que chegou à escola com um olho pisado e já tínhamos informações do que tinha acontecido, quem e como foi). Aqui, também me parece que a sinalização dos "agressores" (bullying) nas escolas deve merecer um trabalho individual e deve ser uma das apostas, com uma fiscalização apertada e descrita quase diária, e atuando antecipadamente, ou seja, ter equipas especializadas a trabalhar nesse problema.
     A nível político, não se entende como ainda não foi criminalizado o bullying e como foi abolida a discussão sobre o tema em algumas bancadas (há quem não esqueça o tema). Há partidos que apresentam propostas há dez anos sobre o tema, como o CDS, tendo o PS apresentado uma proposta durante o Governo Sócrates que acabou mesmo por caducar, com a razão de que os meios de prevenção existentes eram insuficientes. Proposta essa que foi rejeitada pelos partidos mais à esquerda. Mas, se por um lado, quer-se mais prevenção, não podemos ignorar que também deve haver repressão, medidas repressivas e a criminalização do bullying não deve ser posta em causa nem confundida com a necessidade da existência de medidas preventivas.
    Talvez já seja tempo de deixarmos de pronunciar a palavra "bullying" isoladamente, e, passarmos a falar e pronunciar a palavra como "crime de bullying", passando a ser da família de palavras do "crime", e marcar presença no Código Penal, punindo seus responsáveis.



terça-feira, 12 de maio de 2015

Não se explica



Santuário de Fátima
 


É Fé. Não se explica, sente-se e vive-se. Nós cristãos caminhamos juntos, porque há alguém que nos ensina a viver, a dar e a receber. 

sábado, 9 de maio de 2015

Reino Unido: O Golpe dos Conservadores


David Cameron, líder do partido dos conservadores e Primeiro-Ministro do Reino Unido





   Uma dupla do vitória do partido dos conservadores no Reino Unido. A primeira junto dos eleitores, e, a segunda junto de todas as sondagens, que apontavam para uma disputa renhida entre os trabalhistas e os conservadores, quando o resultado final ditou a maioria absoluta com 39% dos votos para partido de David Cameron, elegendo 331 deputados. Faz lembrar, num paralelismo com Portugal, o que se sucedeu com o CDS nas últimas eleições, que também as sondagens lhe apontavam resultados pouco animadores, e no final, houve surpresa na hora do voto. Para lembrarmos tal surpresa equiparada a estas últimas eleições britânicas, temos de remontar aos tempos da segunda guerra mundial, em que Churchill, após vencer a guerra, foi derrotado inesperadamente nas urnas.
    Destas eleições, deve-se destacar também a derrota do Ukip e do eurocepticismo , um partido anti europeu , que tinha obtido um excelente resultado nas eleições europeias e agora só elegeu um deputado, o que é um bom sinal para o país. O seu líder tem uma visão fechada nas suas fronteiras, onde não consegue pensar além dessas barreiras, instrumentalizando e ridicularizando a europa para ganhar votos. Tinha mesmo um slogan : "Votar no Ukip é um voto para deixar a União Europeia". Talvez seja bom não esquecer aqui a promessa de David Cameron, que prometeu, se ganhasse as eleições, fazer o referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE.
    Outra das surpresas da noite foi a ascensão do partido nacionalista escocês, que elegeu 56 deputados dos 59 disponíveis, quando anteriormente tinha apenas 6 na Câmara dos Comuns. Este resultado fez rapidamente esquecer a derrota dos escoceses quando do referendo sobre a independência do seu país. Uma das promessas que o seu líder já fez saber foi que vai pressionar David Cameron para cumprir a promessa do referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE. Para esta vitória contribuiu a pesada derrota dos trabalhistas, que também aqui tinha uma presença histórica, que cada vez mais esvanece no tempo.
    Pelo contrário, a derrota dos trabalhistas não foi uma surpresa tão inesperada como se apontava, porque o seu líder era pouco carismático e a sua oposição fraca, onde não conseguiu impôr-se nas políticas mais importantes na defesa dos trabalhadores, sendo que, mesmo em alguns casos, não abria "jogo" sobre posições em determinadas matérias (uma "moda" de alguns políticos), que o feriu e acabou por o golpear na hora do voto. Faz mesmo lembrar o caso de António Costa em Portugal, que quando foi eleito tinha alguma popularidade juntos dos eleitores, e que tem vindo a sofrer vários "sismos" pela forma pouco hábil como não defende nem cativa a sua classe (eleitores) e pela incrível e censurável falta de tomada de decisão sobre determinadas matérias, essenciais para a vida do país. O desnorte do partido trabalhista foi visível essencialmente quando, numa aproximação ao Ukip (que defende com unhas e dentes essa bandeira) defendeu o controlo da imigração no Reino Unido. Isto foi uma das coisas que elucidou bem que o partido navegava em águas perigosas, longe dos seus e perdido sem rumo e direcção. Desde que Gordon Brown abandonou o cargo em 2010, o partido não conseguiu fazer mais e melhor. Podendo mesmo recuar mais tempo, acho que Tony Blair ainda mais faz lembrar e assombrar o partido, porque conseguiu entrar no seu eleitorado de uma forma muito inteligente, tendo sido primeiro ministro durante 10 anos, até 2007. Se pensarmos na forma como Tony Blair derrotou John Major, lembremos o famoso modelo para século XXI, onde tinha o grande slogan: "trabalho para os que podem trabalhar e assistência para os que não podem trabalhar", onde deu especial atenção à educação e à saúde, entrando no seu eleitorado de uma forma triunfal.