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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Papa Francisco


Visita do Papa Francisco a Portugal - Santuário de Fátima - 12.05.17




   Simples e humilde, chegou e partiu com uma humanidade ímpar, que todos sentimos e que ficará para sempre nos nossos corações. Poder ter participado nas cerimónias em Fátima juntos daqueles que considero como uma família e poder ser apenas mais um ali no meio de mais de 500 mil pessoas significou muito, por ser católico e por ser alguém que admira e se identifica com a totalidade da mensagem deste Papa. O tom da mensagem e a própria mensagem centrada nas causas originais da religião católica , preocupada com aqueles que mais precisam e os mais desfavorecidos, é retomado por este Papa de uma forma genuína e cumprindo como sua configuração teológica essencial, encarando-a como uma expressão irrenunciável da sua própria essência. Aliviar a miséria humana, cuja vista causa tanta aversão à nossa sensibilidade, é uma prioridade. Devemos ser o rosto visível de uma fé invisível, e termos a percepção interna daquilo que somos e fazemos, para que os outros, mesmo sendo não crentes ou até os inimigos, percebam também o papel e a mensagem. Um dia, e não foi por acaso, um escritor pagão (que nada tinha a ver com Cristianismo, tendo o paganismo mesmo chegado a negligenciar os pobres) escreveu: "É inacreditável a determinação com que as pessoas dessa religião se ajudam umas às outras nas suas necessidades. Não se poupam em nada, o seu primeiro legislador meteu-lhes na cabeça que eles eram todos irmãos". Isto é o que nos distingue, sermos diferentes no poder e alcance de ver o outro, e obedecer aos valores intrínsecos daquilo em que acreditamos.