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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Passividade pouco compreensível


Manifestação em Espanha pelas 4 mortes nos incêndios



   Aqui na vizinha Espanha, na Galiza,  morreram 4 pessoas nos incêndios, e foram milhares aqueles que saíram à rua gritando tarjas como "fogos nunca mais", exigindo a demissão do presidente do governo regional, por incompetência na defesa das populações. Deixemos de lado o medo pelas palavras, e haja coragem em assumir que estas 41 mortes já confirmadas isola-nos no tempo, e atira-nos para uma visão de país de terceiro mundo. 
   Ontem, quando assisti à declaração do primeiro ministro não quis acreditar, porque se há coisa que não foi feita foi tudo o que deveria e poderia ter sido feito para evitar estas mortes. A par da ministra, foi mau demais o que se ouviu, e não se pode olhar para o lado depois de mais uma tragédia destas. 
   O que faz um povo ser tão passivo perante o poder político? Começa a ser preocupante esta passividade, e a forma como o poder político consegue "dominar" e "acalmar" um povo perante tragédias desta magnitude. Como é possível perante 41 mortes em tão poucos dias, o povo continuar sereno, como se fosse uma inevitabilidade? Acho mesmo que começa a ser um caso sério esta passividade pouco compreensível de um povo que vê os seus serem dizimados de uma forma arcaica, sem haver responsabilidades, esperando, mais uma vez, que o tempo seja o curador de todas as feridas que ainda ficaram por sarar.