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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Rescaldo Eleições Esposende






   Houve uma grande derrota e uma grande vitória em Esposende. A grande vitória foi do PSD, que sem sombra de dúvida, ganhou de forma clara, sem muita margem de contestação. Mas não é por ter 60% que deixa de ter apresentado uma das piores listas dos últimos anos, em termos de valores e nomes. E isso deve exigir uma reflexão para se tentar perceber qual a razão para meia dúzia de pessoas com influência económica continuarem a decidir sobre o futuro de Esposende (em privado algumas até fazem trocem daqueles que hoje votaram massivamente neles).
  A grande derrota foi do PS e do CDS. O PS não existiu, sendo que se a maioria das pessoas nem sabia do nome do candidato, e mesmo que não soubesse do nome, a imagem e os seus cartazes não ajudavam à cativação, por muito esforço que se fizesse. E se PS com esta conjuntura não tem melhor candidato, algo vai muito mal, e não é de hoje. Já o CDS, na mesma linha, escolheu um candidato sem expressão, que fez uma campanha pobre, e que, conseguiu piorar os resultados e contribuir para a vitória do PSD. O JPNT não ficou de lado, e foi também um dos derrotados desta noite, de uma forma menos penosa que os que os restantes, porque não tem máquinas partidárias. Mas, talvez tenham tido demasiadas pessoas inexperientes e "puras" politicamente, que na política paga-se caro, e faltou uma oposição mais dura e mais veemente. Foi notória a falta de uma oposição forte durante a campanha, e era necessário para mostrar que há melhores e mais capazes para o cargo.
   Há uns tempos, alguém dizia: "Um dia destes vou para a câmara, ainda vou ver quando vou para lá como Vereador, quando me der mais jeito". E não é verdade que aconteceu?
   Esposende merece que as pessoas estejam de alma e coração nos cargos para os quais foram eleitos, mas o verbo merecer é diferente do verbo acontecer.