Num momento em que as transferências são escrutinadas ao pormenor, e, qualquer uma levanta suspeita, seria importante não o fazerem, como o têm feito, quando em causa estão pessoas sérias que fazem apenas o seu trabalho. As suspeitas infundadas em torno da transferência são já um "costume" instalado no futebol português, e, devendo as mesmas serem investigadas, não devem ser antecipadamente censuradas. Alfa Semedo foi um jogador trazido para a Europa através do seu agente Adilé Sebastião, de quem sou amigo. Foi meu camarada de curso nas históricas e badaladas sessões de direito, que recordo com saudade, de quem lutou e subiu a pulso na vida, e como é bom ver o seu sucesso. Tem feito um trabalho meritório à frente da Academia Fidjus di Bideras (em português significa : "filhos das vendedeiras"), na Guiné Bissau, de onde veio o Alfa Semedo. Esta academia foi criada em Bissau em homenagem suas mães, mulheres simples, trabalhadoras, que todos os dias no mercado vendiam comida para conseguir dinheiro para alimentar toda a família.
É uma academia que forma jovens guineenses e que, não tenho dúvida, continuará a crescer e a trazer mais jovens para a Europa. Não é por mero acaso que a Academia foi elogiada, de forma categórica, por José Ramos-Horta, que o qualificou mesmo de herói, por todo o trabalho que tem feito em prol da Guiné, essencialmente na promoção do futebol jovem.
É uma academia que forma jovens guineenses e que, não tenho dúvida, continuará a crescer e a trazer mais jovens para a Europa. Não é por mero acaso que a Academia foi elogiada, de forma categórica, por José Ramos-Horta, que o qualificou mesmo de herói, por todo o trabalho que tem feito em prol da Guiné, essencialmente na promoção do futebol jovem.