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sábado, 27 de novembro de 2021
Shabana Basij-Rasikh
terça-feira, 17 de agosto de 2021
Afeganistão, a terra prometida
O título é da autoria de Barack Obama, mais propriamente o seu livro "Uma terra prometida" (um bom livro), mas podia ser um título por aí algures de um livro relacionado com o Afeganistão. Terá sido esta a promessa feita ao povo afegão? Ao invés, alguma vez essa promessa foi aceite? E será que o povo afegão queria mesmo este desfecho (como anda a ser dito) em confronto com as imagens de atropelos autênticos de quem procura um lugar entre nós (basta ver o caos no aeroporto de milhares a tentar fugir)? A morte de Osama Bin Laden não pode explicar tudo, nem a injustificada ingerência deve servir de louvor. Sabemos ainda pouco ou quase nada sobre o que se passou ao longo destes últimos 10 anos no Afeganistão (os primeiros 10 houve mais informação). Se a retirada das tropas não foi pacífica, o acordo de Donald Trump com os Talibãs é um mistério (e a lírica ajuda do Paquistão). O que sabemos é que morreram milhares de soldados heróicos nesta guerra e civis e ninguém ganhou. E que são milhares aqueles que tentam fugir desordenamente do país, arriscando a própria vida. O que faz pensar sobre o que aí vem: nada melhor que o próprio povo, só eles sabem. Por agora só temos uma certeza: esta não era a terra que outrora foi prometida. E temos uma ideia: essa não era uma terra boa para se viver.
Foto: Em 2005 (Junho), na operação Red Wings, no Afeganistão (Vale do Korangal, tendo sido traídos por um pastor de cabras que informou os talibãs da presença de americanos), Marcus Lutrell foi o único sobrevivente da operação falhada para eliminar o líder dos talibãs: Ahmed Shah. Os heróis Matthew Axelson; Daniel R. Healy; James Suh; Eric S. Patton; Michael P. Murphy morreram em combate.
terça-feira, 3 de agosto de 2021
EOR - Equipa Olímpica de Refugiados
sexta-feira, 2 de julho de 2021
Nassima al-Sada
O dia da libertação. Um dia diferente para a Arábia Saudita, mas um dia diferente para todos aquele que acreditam num mundo melhor, onde seja dada voz a pessoas como a Nassima al-Sada. Nassima pagou o preço de lutar pelos direitos das mulheres, como por exemplo, o direito de uma mulher poder conduzir (que já é possível, com algumas limitações). O crime cometido (em pleno século XXI) foi esse: lutar pelos seus direitos. Esteve presa mais de três anos, em condições desumanas. A amnistia internacional foi incansável e merece um rasgado elogio por todo o seu empenho, trabalho e paixão na luta pelos direitos humanos, especialmente pela defesa dos direitos da Nassima. Das 700 mil assinaturas recolhidas, mais de 40 mil foram portuguesas (e as assinaturas portuguesas foram entregues às autoridades sauditas com um bouquet de 40 rosas). É bom saber que, de forma simples e apaixonada, foi possível dar o contributo e nunca olvidar que devemos lutar sempre por aquilo em que acreditamos.
sexta-feira, 18 de junho de 2021
Cegueira dos combustíveis
quarta-feira, 16 de junho de 2021
domingo, 30 de maio de 2021
O Sol(e)
quarta-feira, 12 de maio de 2021
segunda-feira, 12 de abril de 2021
"Ó tempo! Ó costumes!"
Esta frase foi pronunciada por Cícero (advogado e filósofo) há mais de 2000 anos (70 a.c.), criticando a perversidade moral dos homens do seu tempo, após este ter conseguido que o corrupto governador da Sicília Caio Verres fosse destituído do cargo. Num tempo paradoxal, de corrupção ao ar livre, inspirado em Cícero: "até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?".
quinta-feira, 8 de abril de 2021
Jorge Coelho
domingo, 28 de março de 2021
Bom contraste
Depois de uma semana em que um dos temas do país foi a Goundforce e o protagonismo de um empresário que ficamos a saber que conseguiu capital sem capital (financiamento bancário - oferecendo como garantia de pagamento as próprias acções - para investir na empresa quando a adquiriu) e que deixou de pagar aos seus trabalhadores, alguns marido e mulher que ficaram sem dinheiro para as necessidades básicas como dar de comer aos filhos. Em bom contraste, em polo assimétrico temos o empresário Rui Nabeiro que faz hoje 90 anos. Acabo de ver uma entrevista pelos 90 anos e no final o jornalista descreveu de forma simples o exemplo deste distinto e nobre empresário : "há pessoas que sabem mesmo ser maiores".
sexta-feira, 26 de março de 2021
Opus Dei
Por vezes, há assuntos que devem ser trazidos à opinião e debatidos mas apenas e tão só quando isso possa trazer algum benefício ou valor à discussão. O perturbador acontece quando de forma indirecta instrumentaliza-se o tema, como forma de contornar o essencial em desvalor do secundário. Aqui estou a referir a Opus Dei, que parece ter sido instrumentalizada e colocada propositadamente para desviar as atenções. Os nomes dos deputados que pertencem à Opus Dei foram tornados públicos e parece que nenhum deputado actualmente pertence à Opus Dei. Assim criticar a Opus Dei e a igreja de forma gratuita e comparar com a Maçonaria parece um exagero, porque uma coisa não tem a ver com a outra. Mas abrir a caixa de pandora é ir mais além e divulgar determinadas seitas que existem e são subsidiadas, ocultas, que operam entre gabinetes do poder político, onde o contacto é permanente e o poder de influência ilimitado. Veja-se a título de exemplo o caso recente das barragens da EDP. Foi a Opus Dei, a Maçonaria ou a seita oculta? Talvez não seja assim tão difícil. Excluída a primeira, restam apenas duas.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Prof. Cordeiro Tavares
Na vida podemos ter muitos professores mas há sempre aqueles que deixam uma marca inabalável, não apenas pela seu lado intelectual mas sobretudo pela soberba humanidade. Recentemente soube do falecimento do nosso tão querido professor de funcionalismo público Cordeiro Tavares. Um desabafo imediato: era um extraordinário ser humano. Um amigo que fazia parte da família que é e sempre foi a Universidade Católica. Quando acabas de falar com uma grande amiga e percebes o carinho fantástico que existe entre a maioria dos professores e alunos. Queria apenas partilhar aqui uma história. Esta história passou-se com uma rapariga que tinha acabado a licenciatura e candidatou-se a concurso público para uma autarquia local. A rapariga cumpriu todas as etapas com êxito, mas na parte da entrevista achou estranho ter sido ultrapassada por uma colega, a qual nem sequer tinha passado por todas as provas que a candidata em causa teve de passar, e, acabou por ter ficado em segundo lugar e não conseguiu a vaga de emprego. A rapariga ficou tão abalada e revoltada que acidentalmente desabafou com este nosso amigo e prof. Cordeiro Tavares, que lhe disse para não se preocupar que esta situação não ia ficar assim e ele próprio ia ajudar e resolver. O prof. Cordeiro Tavares pegou no telefone, ligou para o presidente do município e disse que estava a caminho da sua autarquia e queria saber passo a passo de tudo o que se passou no concurso público em causa, ao que o presidente ficou estupefacto e tentou evitar de todas as formas essa consulta e esse acesso, mas sem sucesso. O presidente pediu ao prof. para aguardar um dia ou dois, mas tal pedido foi recusado. Entre vários telefonemas, o presidente acabou por encontrar uma solução e comunicou que iria abrir duas vagas e que entravam as duas candidatas, ou seja, para evitar que a sua eleita não fosse excluída por ilegalidades no concurso, manteve a escolhida e abriu vaga para a rapariga em questão. Esta é uma de muitas das histórias deste nosso amigo que partiu. Deixou várias aprendizagens e merece ser lembrado porque mais que um professor, era um amigo dos alunos, de todos aqueles que com ele se cruzaram e isso é que faz a diferença.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Vacinação: direito à vida
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Vacinação de Políticos
É uma imoralidade vacinar um político quando ainda existem profissionais de saúde que não foram vacinados. Na saúde privada está quase tudo por vacinar. Mas é uma também um populismo não vacinar, por exemplo, o Presidente da República ou o Primeiro Ministro. Agora vacinar 240 deputados sem critério é uma brincadeira, mesmo sendo titulares de um órgão de soberania como é a Assembleia da República. Um dia destes corremos o risco de ver uma peixeira vacinada e ainda faltarem profissionais de saúde por vacinar.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Valha-nos o Marcelo
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Kamala Harris
É a vice-presidente dos E.U.A. e será alguém de quem espero muito politicamente, porque o mundo precisa de mais pessoas como Kamala Harris.
(donald trump): traição imperfeita
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Confinamento estranho
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Elogio ao Grupo Nabeiro
Num momento diferente e anormal, de alteração de circunstâncias a todos os níveis, há que destacar o que é bom e distinto, quem faz diferente. Não precisa de elogios, porque é um grupo que fala por si, mas quando em plena pandemia ouvimos ou temos oportunidade de ler que o grupo Nabeiro compra refeições a restaurantes em dificuldades para ajudar famílias carenciadas percebemos a razão pela qual ainda existem empresas que são um exemplo e que merecem um destaque nacional, pelas suas boas práticas sociais, pela responsabilização social.
sábado, 9 de janeiro de 2021
Presidenciais: esbofeteada à Ilias Kasidiaris
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Pandemia: o outro lado invisível
Hoje, no momento em que escrevo este artigo registaram-se mais 90 mortes em Portugal por Covid-19. Mas o chocante é saber que desde 1920 (altura da gripe espanhola) não havia registo de tanta gente a morrer num ano. Mas o preocupante é que apenas metade dessas mortes são por Covid-19. O que se passa com Portugal? Quem explica as restantes mortes por silêncio? Os idosos são encostados nos lares de uma forma sufocante, não havendo resposta a um problema que já estava anunciado há muito tempo. Não foi a pandemia que fez aumentar o número de idosos em Portugal. As cirurgias e consultas adiadas ou a incapacidade de rastreio tem sido mais um sinal do afastamento das pessoas com menos meios económicos. Não interessa qual o partido político, mas poucas dúvidas restam que há muita gente a ser enganada. A realidade é outra, é invisível. Na realidade invisível as mortes acontecem naturalmente, são ignoradas em silêncio, de uma forma indigente, sem direitos.