Não tenhamos ilusões. Hoje, a opinião pública é uma opinião pública mais informada, mais atenta aos concursos, à execução dos contratos e ao seu grau de controlo. Assistimos, felizmente, a um crescente controlo da opinião pública, e, cada vez mais este poder detrói as raízes de incompetência, semiadas durante anos e anos, nas autarquias locais. Ao invés, para combater este controlo, os titulares dos orgãos Municipais (refiro-me especificamente ao cargo de Presidente de Câmara), inventam manobras, ocultam ilegalidades, manipulam pessoas, criam departamentos ocultos de investigação, utilizando "escravos municipais" como estafetas tendo como finalidade silenciar os dissidentes, nomeiam pessoas fictícias para cargos de relevo, alteram condições contratuais de concessão de serviços públicos por entidades privadas, agarram-se ao poder através da corrupção e do engano, mas esquecem-se que o tempo deles é curto, e que ninguém quererá lembrar esse tempo, pois como dizia Ronald Reagen: "esse é um cargo de custódia temporária, e que pertence exclusivamente ao povo, por isso não vale a pena agarrarem-se a ele, porque ele não é vosso".