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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Exportador de laranjas

Um dia, já fomos um extraordinário exportador de laranjas, diz-nos a história que foi em 1830, onde exportávamos à roda das 240.000 toneladas de laranjas por ano.
Estava a consultar, (porque para saber estes factos, estas datas históricas, tive que recorrer de forma esporádica a algo ou a alguém), um livro antigo do falecido e lembrado Galvão de Melo, ao mesmo que me surgia o seguinte pensamento: tão apreciada deveria, de facto, ser a laranja do nosso país, pois apenas o sul de Espanha competia connosco. Isto pode ser interpretado de várias formas, admitindo que para a maioria das pessoas será uma mera curiosidade, mas analisando com rigor e seriedade esta curiosidade, suscita-me a seguinte questão: Porquê, hoje, não é assim? Se atmosfera continua rica e as condições climatéricas não se alteraram sensivelmente, qual a razão para não termos andando para a frente na agricultura, e porque "não" na exportação da nossa famosa laranja ?
Por toda a Europa e pelo Mundo os processos de regar agricultura foram passando do conhecimento tradicional ao conhecimento científico, num processo de desenvolvimento permanente. Em Portugal, isso não aconteceu, e se a agricultura ainda sobrevive é graças às gerações dos nossos avós, mas parou por aí e não acompanha os restantes países. Hoje, as terras estão abandonadas, mas não admira com os poucos incentivos que o Governo disponibiliza a estas gentes do campo, que tão esquecidas continuam por esse país. As gerações passadas abandonaram este país, mas uma das frases que deixaram como legado ao seus sucessores não devia ser esquecida por aqueles que decidem o amanhã de muita gente foi : " a riqueza dos povos é o trabalho dos homens". Seria interessante que alguém fizesse um estudo completo de todas as terras desde do Minho ao Algarve, e ver onde o país precisa de corrigir, de modo obter um melhor aproveitamento das nossas terras