Choca-me ouvir falar de um cidadão que nos pertence deixado sem vida ao relento num qualquer pais para onde foi procurar trabalho e, na maioria, por desconhecimento das leis laborais e regras de segurança, acaba encruzilhado numa teia empresarial ilegal e detida por empregadores criminosos, que sujeitam trabalhadores a trabalhos que sabem ser perigosos, sem protecção, violando leis, e com conhecimento de todos os seus procedimentos desconformes com a lei. O caso recente do cidadão português que faleceu posteriormente a ter sido deixado, de forma desumana e com consciência do que fazia, pelo seu empregador num local escondido, com intuito de ocultar o que se passou, revelou que o Estado devia estar mais atento a estas situações e acompanhar estes casos, bem como o recrutamento feito em Portugal por empresas estrangeiras, que fornecem emprego precário e falso, e, em diversos casos, ilegal e praticando escravatura.