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sábado, 23 de junho de 2018

E.U.A. e o retrocesso civilizacional






   Começa a ser tarefa árdua descrever as atrocidades levadas a cabo pelo presidente dos E.U.A., Donald Trump. A ordem assinada pelo próprio que impede que famílias de imigrantes ilegais sejam separadas na fronteira é um retrocesso civilizacional. O autoritarismo, alimentado pela moda do nacionalismo, é uma ameaça para todos os povos, e, a crescente onda de radicalismo e xenofobia é preocupante e afecta a coesão de todas as sociedades no mundo, dividindo classes, pessoas e semeando a estagnação, em prol do progresso. Donald Trump, que não sabe ser cauteloso na tomada de decisões, teve o discernimento de voltar atrás na sua tolice, mas também só o fez porque o povo reagiu de forma veemente e pressionando na mudança de posição. Foi mais um aviso deixado por um país que cada vez mais está a retroceder, e, os sinais lembram-nos outros tempos, talvez situados em 1930, em que o mundo assistiu às maiores atrocidades da história da humanidade. Só Donald Trump tem a capacidade de lembrar os piores tempos da história, e, talvez, a continuar assim, ficará nos registos, mas sem direito a que seja respeitada a sua memória.