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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

John McCain, um exemplo.


1967 - Guerra do Vietname (Piloto John McCain à direita em baixo na foto)


Só poderá ser possível recordar John McCain, recordando a história e a guerra do Vietname em 1967, onde este foi prisioneiro de guerra e brutalmente torturado. Após ter sido capturado em Hanói, ainda teve a possibilidade de ser libertado mais cedo que todos os outros devido ao facto do seu pai ter sido nomeado comandante das forças dos E.U.A., e os Vietnamitas cediam, mas John McCain recusou a libertação a menos que todos os seus homens também fossem liberados, não iria deixar ninguém para trás. Depois disto, ainda foi mais torturado, todos os dias era espancado, tendo ficado com o ombro esmagado (ferida sempre visível ao longo sua vida) e com mazelas para toda a vida. É emocionante e ao mesmo tempo angustiante no momento em que regressa, em 1973, a sua preocupante condição física, e não conseguir sequer levantar braços para acenar às pessoas (momento que o mesmo chega a relatar em vida).
Depois de servir o país, foi político, e aqui, tanto defendeu  a invasão do Iraque em 2003, ao mesmo tempo que condenou todas as formas de tortura efectuadas aos prisioneiros de guerra. Foi controverso, mas acima de tudo o que fica é seu legado enquanto combatente de guerra. Esse jamais poderá ser esquecido, porque esse ficará na história do país.
Se há momentos em que se vê a grandeza das pessoas é quando alguém, independentemente da cor partidária, consegue olhar para este homem e dizer que foi um dos heróis da nação, um dos heróis dos E.U.A., ele e todos aqueles que lutam fora das suas fronteiras em defesa de um país.


sábado, 25 de agosto de 2018

Afinal há dois Pedrógãos





Afinal há dois Pedrógãos Grande: o Pedrógão dos pobres e o Pedrógão dos amigos do autarca (engloba todos aqueles que tenham cargos de elevada responsabilidade no Município). A recente reportagem da TVI sobre Pedrógão Grande colocou a "nu" os esquemas e as negociatas para favorecer os amigos, em detrimento daqueles que mais necessitam. Estamos a falar de uma vila onde morreram 66 pessoas queimadas pelo incêndio de 2017, e há quem tenha a distinta lata de, mesmo perante tal tragédia, beneficiar pessoas alheias a tal tragédia, em detrimento de outras que perderam tudo e em alguns casos seus familiares? 
Estamos a falar de crime. O que o Município de Pedrógão Grande fez, a ser provado (que a reportagem e seu excelente trabalho conseguiu fazer em parte, pelo menos conseguiu que os intervenientes nos esquemas falassem e foi suficiente para perceber que não cheira nada bem isto), nomeadamente os titulares de determinadas órgãos, onde um dos principais responsáveis é o Presidente da Câmara, foi de uma gravidade tal, que, para além de ter ser punido criminalmente (a ser dado como provado tais factos), deve ser imediatamente afastado do Município. Este e todos os restantes envolvidos neste crime. Ouvimos cidadãos afirmar que um Vereador o orientou para mudar a residência fiscal para beneficiar de uma nova casa, e que, ainda ficou com muito dinheiro, porque não gastou a maioria do que recebeu para a construção? Vimos também que, um sítio onde antes era um palheiro, ergueu uma brutal casa? 
Alguém beneficiou com isto. Está à vista. Os estabelecimentos prisionais foram construídos com a finalidade, não apenas de colocar lá os pobres, mas sim todos aqueles que praticam crimes, e aqui parece evidente que houve crime, é preciso agora encontrar seus responsáveis e recolher as provas. Esta evidência está nos testemunhos tão genuínos daquelas gentes ao afirmarem que tudo o que fizeram foi com ordens superiores, bem como as casas já erguidas que não eram de primeira habitação, como puderem comprovar variadas pessoas, ao invés, por exemplo, do testemunho do autarca, que apresenta pouca credibilidade, para não dizer mesmo zero.
Não é por acaso que, maioria das pessoas que entram para os Municípios, a exercer cargos de alta responsabilidade, em poucos anos, criam um património desajustado com aquilo que auferem, e ainda se dão ao luxo de, quando alguém os tenta investigar, contrariar factos, onde estes estiveram envolvidos, e maioria vezes, criados pelos mesmos.
Por isso, quando se pensa em atribuir cada vez mais competências aos Municípios em variadas áreas, e colocar os mesmos na gestão, é um erro, porque não existem modelos de gestão rigorosos, não existe responsabilização séria para os titulares destes órgãos e porque a "maioria" (há sempre excepções) das pessoas que, infelizmente ascendem a estes cargos não são competentes. Digo esta última parte da "competência" com base nos casos de corrupção tornados públicos dos variados Presidentes de Câmara do país, e nas dívidas acumuladas por parte maioria dos Municípios, alguns casos fora de controlo. 


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Kofi Annan


Kofi Annan


Foi dado pouco relevo à sua morte, injustamente, porque para além de ter sido secretário geral da ONU e prémio nobel da paz em 2001, foi, acima de tudo, alguém que procurou e lutou pela paz mundial, sobretudo na promoção da diplomacia internacional. Mas, pensando bem, as grandes coisas a ser feitas acontecem sem mediatismo, e, Kofi Annan soube fazer a diferença e utilizar o poder que tinha para melhor a vida daqueles que estavam à sua volta.
A independência de Timor ficou a dever-se muito ao seu trabalho, esforço e dedicação, e em Angola, após a guerra civil, foi importante o papel da ONU, o seu papel no desenvolvimento económico e social. Talvez não seja exagerado afirmar que colocou o continente Africano no panorama internacional.
Lutou sempre em prol de uma mundo melhor, com mais justiça e dignidade para todos, e, o seu contributo no combate à pobreza é um marco assinalável. 
Kofi Annan será recordado como um grande estadista, um homem de consensos. Foi alguém que deu um grande contributo para deixar um mundo melhor. O mundo sente a falta de pessoas que lutaram até ao fim pelo bem comum. Sentiremos todos a sua falta. 

Para quem ainda não conhece, recomendo conhecer a fundação Kofi Annan e todo o seu trabalho em prol da defesa dos direitos humanos : https://www.kofiannanfoundation.org/


sábado, 18 de agosto de 2018

Benito "Bruno de Carvalho" Mussolini


Benito Mussolini


Haja paciência, não apenas a todos os sportinguistas, mas a todos os portugueses. 
É  interessante olhara para certas figuras da história, e por exemplo, no caso de Benito Mussolini, perceber todo o seu percurso desde da expulsão do partido socialista, à sua ascensão, que culminou na fundação do partido fascista, e em 1922 no seu assalto ao poder, na famosa "marcha sobre Roma", constituída por milícias armadas. Mussolini nunca desistiu do poder, tinha essa ambição desmesurada e infindável, e, aproveitando a crise e agitação política das esquerdas, em 1924, através de eleições fraudulentas, chega ao poder, vencendo o totalitarismo.
Para muitas pessoas, isto é um caso isolado, mas estes casos podem aparecer, e aqueles que votaram em Bruno de Carvalho (muitos deles), hoje talvez estejam estupefactos com esta bipolaridade, de alguém que soube sempre disfarçar e manipular os seus votantes, em detrimento de uma fome de poder incalculável. Olhando para aqui, pode ser feita uma equiparação com alguns ditadores, e a forma como estes ascenderam ao poder. Quem não se recorda das eleições democráticas vencidas por Hitler (discursos entusiasmantes), e do mar de sangue e do terror imposto nos anos seguintes pelo mesmo?
Devemos evitar a propagação deste tipo de pragas, porque figuras como Bruno de Carvalho são um perigo para um sistema democrático, e, devem ser irradiadas o mais cedo possível. Como dizia, e bem, Miguel Sousa Tavares, "devem ser mortas à nascença".

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Não havia necessidade!


Marine Le Pen


  Marine Le Pen era uma das convidadas da Web Summit, mas depois de alguns protestos, sobretudo do Bloco de Esquerda, que lida mal com tudo o que não seja da sua ideologia (uma ideologia cada vez mais fragmentada), a mesma foi excluída do cartaz. A Web Summit é um evento detido por particulares, e não pelo Estado, sendo estranho desde logo como tudo isto que se passou. Marine Le Pen, com a qual não nutro simpatia, tem expressão política em França, e isso não foi respeitado. Para além disso, estamos a falar de um evento privado, que, e o facto de Marine Le Pen participar prejudicaria o país em que aspecto? E isso nem sequer devia ser discutível, porque, antes de tudo,  deve existir liberdade de expressão, porque, já tivemos situações destas no passado, que custou a vida a milhares de pessoas, e, devemos censurar este tipo de comportamentos que, não sabendo de onde vieram, certamente de alguém com poder, e aqui não deve ser muito difícil chegar lá.
   Caso para dizer: não havia necessidade.
   

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Incêndios e os baldes de 14 cm





Os incêndios, infelizmente, já são um "costume" dos verões em Portugal. O que está acontecer em Monchique revela que algo continua a falhar na prevenção dos incêndios. Talvez ninguém tenha feito nada anteriormente pela prevenção, e houveram medidas positivas tomadas por este Governo, mas demonstram que continuam a ser ineficazes perante a dimensão da necessidade de prevenção. Como é possível continuarmos a vermos pessoas com responsabilidade na coordenação atirarem-se umas às outras, ao mesmo tempo que temos casas a serem engolidas pelo fogo sem meios de combate ? Como é possível continuarmos a ver pessoas combater fogos de magnitude considerável com baldes de água de 14 cm? Como é possível continuarmos a ver pessoas a sair das suas casas pelas janelas em detrimento da proximidade do fogo?
São questões que têm de ser colocadas e necessitam de respostas, porque o combate continua a ser ineficaz, e, não podemos ligar a televisão e ouvir responsáveis acusar outros seus companheiros de que avisaram e estes não deram ordem, pelo que não puderam fazer nada, ou seja, pagarem os bens das pessoas, e em certos casos, as suas vidas, por erros burocráticos.
Os baldes de 14 cm revelam como ainda estamos longes de uma prevenção adequada e razoável, e, quando as pessoas ainda têm recorrer a um meio destes para combater fogos é porque algo ainda vai mesmo mal.


Livro de Elogios








   Não existe apenas o livro de reclamações. Já há muitos locais que têm o livro de elogios. Mas, é com alguma pena que constato que, locais que já tiveram o livro de elogios, optaram por retirá-lo após a primeira adversidade, ou seja, quando alguém utilizou o livro de elogios para reclamar e não elogiar. Foi o caso de uma cadeia hoteleira. Isto revela, mais uma vez que, quando não existe uma imposição legal, não chega o apelo moral. Se, por um lado o livro de reclamações é obrigatório (sob pena de incorrer em contraordenação punida pelos artigos 3.º, n.º 1, b) e 9.º, n.º 1, a) do DL 156/2005, e poder chamar a polícia para tomar conta da ocorrência), possibilitando ao cidadão normal o exercício do direito de queixa de reclamar no local onde ocorreu o conflito, ao invés, no caso do livro de elogios, não existe nenhuma obrigatoriedade, o que reduz a sua força e a sua própria eficácia, e, prova que sem lei, prevalece a vontade de cada um, e aqui cada um age arbitrariamente, o que vicia a sua finalidade e impede o seu êxito.