Iémen |
Um país em guerra civil desde 2015, onde está instalada a anarquia, consequência da Primavera Árabe. De um lado o presidente Abdo Hadi, que é reconhecido pela comunidade internacional, e do outro lado os rebeldes xiitas huthi. As resoluções do conselho de segurança da ONU, sobretudo a última proposta pelo Reino Unido, para a passagem, sem obstáculos da ajuda humanitária, não têm sido eficazes, e a morosidade de todo este processo só agrava o problema, e, a cada dia que passa, mais crianças morrem à fome. Ninguém respeita a lei humanitária no Iémen, e, mais uma vez, assistimos à incapacidade dos Estados e da comunidade internacional em reverter esta situação. Ainda recentemente foi interrompido o abastecimento de produtos de primeira necessidade, empurrando milhares de pessoas para a fome e para a miséria. Isto agravou o risco de doenças, sobretudo da cólera.
O Iémen fica situado numa zona geoestratégica muito importante, ao lado da Arábia Saudita (com quem divide a sua maior fronteira), e é uma porta para Ásia e África. Esperemos que este interesse geoestratégico, principalmente pela imponente força da Arábia Saudita sobre o Ocidente, não seja um impeditivo de denúncia de toda a miséria e fome no Iémen, onde metade da população já passa fome, e se nada for feito, poderá ter consequências imprevisíveis.
Neste mundo, o que se passa no Iémen é mesmo de outro mundo.