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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Touradas, IVA a 56%.





  Acredito que, daqui a uns anos, ninguém se vá lembrar destes debates de aceitar ou não que um homem atire ferros contra um animal em sofrimento, sob um manto de pessoas aplaudir. Tenho vergonha de saber que existem pessoas neste país que defendem práticas do tempo da idade média, ou seja, as touradas. Há quem entenda que é uma questão cultural, mas trata-se de uma questão civilizacional, e, permitir este acto hediondo é regredir no tempo, e não aceitar a evolução, é ficar fechado em torno de um vazio intelectual, que, voluntariamente não quer aceitar que o mundo em que vivemos é um mundo diferente, e que não deve aceitar este espectáculo ridículo e ancestral, que faz lembrar os piores tempos da nossa história. Nestas discussões em torno da tauromaquia, consegue-se perceber que evoluímos e estamos a evoluir em muitos aspectos, mas, por outro lado, percebe-se que ainda há costumes da nossa sociedade que teimam em não desaparecer naturalmente, porque há forças maiores que o impedem, mas espero que existam pessoas de pulso firme que acabem de vez com este espectáculo degradante que são as touradas. 
   Se não for possível acabar, para já com este circo hediondo, pelo menos que seja taxado, não a 23% (que é o máximo), mas a 56% (crie-se uma taxa única). Discutir a possibilidade de baixar para 6% é uma aberração. Quando temos pessoas pessoas que não conseguem levar um animal doméstico a um veterinário por não terem dinheiro, onde o IVA é 23%, como não conseguem ter dinheiro para comprar ração, que também é a 23%. E aqui ao lado na vizinha Espanha, estes produtos alimentares pagam apenas 10%. E querem ter um IVA a 6% para ver um animal com farpas?