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domingo, 28 de outubro de 2007

MUSA



Inspiração, de onde me vens?

Dos caminhos da minha terra,

Dos silenciosos sons da serra,

Ou da confusão das cidades?

De onde me vens inspiração?

Da observação das realidades,

Ou da «natura» que em mim tens?

De onde me vens inspiração?


Inspiração, de onde me vens?

Dos sonhos com a minha amada,

Da vida por vezes falhada,

Ou das injustiças sociais?

De onde me vens inspiração

Para me fazer sofrer mais

Que quando te chamo e não vens?

De onde me vens inspiração?


Talvez não te saiba chamar,

Mas, tu vens porque eu te sei amar!

EPIDEMIA Séc XXI - Os "Senhores da Esmolinha"

Hoje, este é um problema diário na vida de todos os portugueses. Eu acho que quase toda a gente já teve que dar uma esmolinha a esses "senhores que arrumam carros", mesmo depois o carro já estar estacionado sem ajuda de ninguém. Eu fico estupefacto é quando uma pessoa oferece de boa vontade 50 centímos e por vezes ainda reclamam. Muitas destas pessoas que andam nas ruas abusam da boa vontade das pessoas e já não existem só pessoas toxicodependentes e desalojadas a pedir a esmolinha em troca de uma lição de estacionamento. A arte de arrumar carros já não passa de pai para filho como nos bons velhos tempos. Todos os anos, são produzidas doses industriais de arrumadores. Nem a mão-de-obra qualificada tem contribuído para a melhoria dos arrumadores de carros. De seguida passou a contar uma história engraçada que me aconteceu no Porto . Seguia de carro a caminho da faculdade de bem com a vida, quando perante obrigação de parar nos semáforos, sou abordado primeiro por um "senhor que dava cheirinhos em troca de moedinha" mas naquela altura não precisava de cheirinhos e se muitos destes "senhores que andam a pedir" fossem honestos e humildes mas não o são maior parte, pois se muitos precisassem mesmo toda a ajuda era bem vinda e não exigiam preços, mas deve ser destes tempos modernos. Mas de seguida ouço baterem á janela do carro novamente e aparecem 2 bombeiros voluntários:" dê uma esmolinha para ajudar os bombeiros". Eu obviamente em sinal de respeito fiz sinal negativo sem me pronunciar, pois esmolinhas é só para a senhora da saúde. Será que irá chegar o dia em que teremos representantes de todas as corporações na rua pedindo esmolinhas, mas importa referir que as designadas "esmolinhas" são acima de 1 euro, pois se oferecerem 40 centimos, em muitos casos nem aceitam. É uma situação desagradável as pessoas , por vezes, terem que num dia dar esmolas a 3 arrumadores diferentes. É desagradável as pessoas deslocarem-se a uma discoteca e verificarem que têm á sua espera uma escurssão de "senhores que estao esperando para arrumar seu carrinho". Claro que cada caso é um caso, e maior parte dos casos são toxicodependentes que angariam dinheiro para tráfico de droga, são uma rede colectora de dinheiro para os traficantes, mas o problema é que há gente que oferece dinheiro a essas pessoas com receio, com medo que lhe estragam o carro, pela intimidação inerente a um sujeito desempregado e com mau aspecto (pelo menos na maioria dos casos) e isso não devia acontecer.
Devia haver a "campanha não dar moeda", cada moeda que nós damos a um arrumador é uma forma de o manter estacionado naquele local. É uma forma de ele não vir para a sociedade criar problemas (nomeadamente consciência). Os que têm medo não devem dar mais moedas, porque há intervenção policial e ninguém é obrigado a nada. Hà muitas associações e mesmo as Câmaras Locais que ajudam essas pessoas, no caso dos "senhores das esmolinhas" com problemas de toxicodependência, os sem-abrigo, com problemas de álccol, estas pessoas são ajudadas e por exemplo no Porto a Câmara oferece apoio e refeições, mas não lhes oferece é o vício, e esse vício é alimentado com as esmolinhas de "todos nós", por isso digam NÃO ao vício.
Importa referir que acabaram com o programa "Porto Feliz", um projecto de combate à toxicodependência de reconhecido sucesso, um projecto que vinha apresentando resultados positivos, conseguindo retirar muitas pessoas da rua. Não é acabando com estas iniciativas que conseguiremos combater este problema, este vício.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Escutas telefónicas - Intolerância



A situação está intolerável. Era prevesível que a qualquer momento o sistema sofresse alterações e que os mecanismo ilegais praticados revoltassem muitas pessoas, mas ninguém esperava que o "grito da revolta" surgisse da boca do senhor Procurador Geral da República, porque se o senhor Procurador afirma que sente ruídos no seu telemóvel, o que dirão o resto das pessoas face a esta situação de intolerância geral. Em Portugal, são feitas em média 500 escutas telefónicas legais por mês, o que já por si, em termos rigorosos é considerado um número exagerado.
O problemas das escutas telefónicas não se referem apenas à suspeição enquanto regime especial, mas verifica-se um abuso por parte dos juízes nesta matéria, pois escutas só deveriam ser utilizadas como último meio, como último recurso e verficamos que isso não acontece,pois maior parte juízes utilizam as escutas telefónicas logo no iníco do processo, sem esgotar primeiro as outras vias disponíveis. Mas o que irá acontecer se isto se continuar a verificar, é a criação de uma entidade para controle das escutas telefónicas, pois será o único meio de garantir a sua eficácia e a sua protecção. Nós verificamos que hoje não existem regras rigorosas para utilização das escutas telefónicas, pois os próprios juízes utilizam as escutas telefónicas constantemente, o que deveria acontecer, e para isso defendo a criação de uma entidade que controle e fiscalize o sistema de escutas telefónicas . Hoje falasse muito nas referidas "escutas ilegais", mas para haver escutas ilegais têm de passar obrigatoriamente pela polícia judiciária e pelas operadoras, e se isso acontece é muito grave, pois é uma situação de poder autoritária por parte de pessoas que têm que controlar essas próprias instutuições para ter acesso a essas escutas telefónicas, pois mesmo um juíz quando pretende ter acesso a uma escuta telefónica tem de um agente da polícia judiciária deslocar à operadora com documentos necessários e requesitos que autorizam a escuta. Se existem pessoas que conseguem ter acesso a essas escutas ilegais, o próprio Estado de Direito não poderá ser posto em causa?? A criação de uma entidade será boa solução não ??
Eu sei que o regime legal das escutas telefónicas procura evitar abusos e que visa pressupor que todos os que fazem trabalhos de escutas estão controlados, são pessoas competentes e independentes, não abusam do que obtêm e não desrespeitam as normas que limitam os seus poderes, mas também sei que a tradição portuguesa não é de molde a sossegar ninguém e que o mito do bom selvagem se não pode aplicar aos agentes da PJ.
Se existem mecanismo que permitem fazer escutas fora do sitema, é necessário combater esse problema o mais rapidamente possível pois de modo a que não se desrespeitem os direitos fundamentais das pessoas.
De seguida, apresento um conjunto de propostas com as quais eu concordo maioritariamente, sobretudo a criação de uma entidade reguladora de escutas telefónicas, visam evitar excessoas e proteger a investigação criminal:
1. Deve ser criada uma entidade (“Comissão de Controle das Escutas Telefónicas” – CCET - , é nome dado como exemplo) que defina as regras a que deve obedecer a selecção criteriosa de quem pode trabalhar em escutas telefónicas, que seleccione os que as vão tecnicamente fazer, que fiscalize o sistema de escutas e que monitorize o seu funcionamento. A Assembleia da República (por eleição feita em moldes semelhantes aos actualmente usados para os membros do CSM nela originados), o Presidente da República, o CSM, o CSMP e a Ordem dos Advogados deverão designar os membros de tal órgão, a ser presidido por Juiz Conselheiro.
2. Deve ser garantido, se necessário por clarificação da lei, que as escutas não aproveitadas para o processo em que foram determinadas devem ser eliminadas, de modo algum podendo ser guardadas para quaisquer outros fins, designadamente para ajudar a investigação de crimes em relação aos quais não seja possível determinar escutas. Deve ser clarificado no CPP a inadmissibilidade da utilização dos chamados “conhecimentos fortuitos” obtidos em escutas autorizadas. A CCET deve realizar operações regulares e aleatórias de monitorização do respeito das leis e dos procedimentos.
3. As escutas devem ser feitas sob controle directo do Ministério Público (e não da PJ) e submetidas ao Juiz de Instrução competente num prazo máximo de 5 dias (definindo-se desse modo o conceito indeterminado – “imediatamente” – referido no artigo 188, nº1 do CPP e clarificando-se que é nula e de modo insuprível a prova que não respeite estes prazos, pois apesar do disposto no CPP há jurisprudência contraditória sobre esta relevante questão) para que seja o Juiz a determinar o que deve ser aproveitado e não apenas se deve ser aproveitado o que foi seleccionado pela investigação.
4. Em todo o caso deverá ser aproveitado – sob pena de nulidade, que será insuprível se os registos já estiverem destruídos – o registo com suficiente amplitude para que não possa ser descontextualizado o que é registado, para que seja sempre possível a quem seja acusado com base em tais escutas clarificar eventuais significados equívocos do que foi registado. E ainda melhor, a defesa deve ter acesso às gravações antes da sua destruição, para eventualmente delas poder usar o que lhe for conveniente. Se as escutas ocorrerem depois da acusação, então manifestamente que as partes devem a elas ter acesso imediatamente, por nada justificar outra solução.
5. A decisão sobre colocação em escuta de qualquer Cidadão deve ser tomada pelo Juiz com base em despacho fundamentado na existência de indícios suficientes que o justifiquem e sob proposta ela também fundamentada pelo MP. E no despacho deve ser clarificado que essa é a única forma relevante de obter os indícios necessários à investigação. Deve tal decisão ser automaticamente analisada pelo Tribunal da Relação, sem dependência de recurso (inviável devido ao desconhecimento em que se encontra o escutado), de 3 em 3 meses, devendo o despacho do JIC ser renovado de 15 em 15 dias para se poder manter a escuta.
6. Não deve ser admitida a escuta de nenhum Cidadão em relação ao qual não existam indícios suficientes que permitam a aplicação de medidas de coacção. Este regime não se aplicará a crimes em relação aos quais lei especial hoje permite as escutas de não implicados e só a esses crimes. Em qualquer caso, sempre deverá já existir procedimento criminal em curso, e não contra incertos, para ser viável, devendo clarificar-se o CPP para este efeito.
7. A colocação sob escuta de Advogados e de outras entidades em relação às quais existam regras especiais, deve ser sujeita a regras equivalentes às que existam para outras formas intrusivas na sua actividade. Por exemplo, nenhuma escuta a um Advogado pode ser decretada sem prévia presença no desencadear do procedimento por parte da Ordem dos Advogados, à semelhança do que acontece com buscas a escritório, medidas estas tendentes a proteger o segredo profissional e os restantes Clientes do Advogado. Em qualquer caso, os membros dos órgãos dirigentes da Ordem dos Advogados devem beneficiar para este efeito de regime idêntico ao dos Magistrados a que estão protocolarmente equiparados.
8. A decisão sobre escutas em relação a titulares de órgãos de soberania tem de ser determinada sempre por um tribunal superior, podendo em relação às principais figuras do Estado, como o Presidente da República, o Primeiro Ministro, o Presidente da Assembleia da República, os Presidentes dos Tribunais Superiores, o Procurador Geral da República, e o próprio Bastonário da Ordem dos Advogados (se me for admitido propô-lo...) ser a competência atribuída ao próprio Presidente do STJ ou a este Tribunal.
9. O desrespeito do regime garantístico das escutas telefónicas será sempre uma falta especialmente grave para efeitos de procedimento disciplinar e de responsabilidade civil.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

mundo vai girando cada vez mais veloz






sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Elas bebem e fumam cada vez mais




Já passou o tempo em que as meninas não bebiam bebidas alcoolicas, agora elas bebem e como podemos observar na imagem sempre de copo cheio. Na verdade é preocupante verificar que entre os 14 e 17 anos, são cada vez mais as raparigas que ingerem bebidas álccolicas(todos os anos o número aumenta) e hoje também verificamos que cada vez mais cedo elas entram no mundo da droga, e aderem às "novas experiências" mais rapidamente que os rapazes.
Apesar do poder destrutivo da bebida ser o mesmo para ambos os sexos, a mulher alcoólatra é vítima de mais preconceitos que o homem. Na Roma Antiga, por exemplo, as mulheres que sofriam de alcoolismo eram tratadas com o mesmo rigor que as adúlteras, pois acreditava-se que o álcool as tornava sexualmente agressivas e promíscuas. Até pouco tempo, o preconceito também podia ser visto na Medicina. Alguns livros de psiquiatria insistiam que o alcoolismo feminino era diferente do masculino. A doença na mulher era tratada como um sério desvio de personalidade com tratamento mais complexo, mas que comumente não chegava a resultado nenhum concretamente. Em geral, as meninas começam a abusar do álcool a partir de um evento significativo, nós verificamos que as discotecas e os bares cada vez são mais frequentadas por menores e isso reflecte-se na ingerência de bebidas álccolicas antecipadamente à sua idade de admissão. Quando afirmo que começam a beber num evento significativo refiro-me mais na fase da adolescência, porque em fase adulta verificamos que é devido a diversos motivos dos quais destaco alguns: crise no casamento, desestruturação familiar, saída dos filhos de casa, abandono por parte do marido, etc. Mas as mulheres nesse mundo têm uma máquina muito forte a trabalhar para elas, isto é, hoje verficamos que "vale tudo" para conseguir levar as mulheres aos estabelecimentos nocturnos, mas por isso também verificamos que cada vez mais a noite está a degradar-se e se não arranjarem outras formas de manter um bom ambiente, um bom som , basicamente conseguir atingir grau de proporcionalidade entre qualidade e quantidade, a noite vai perder cada vez mais pessoas e pode deixar de ser um sítio de referência para o divertimento. Porque se isto continuar assim, será que vamos ver " LADDIES`S NIGHT - ELAS NÃO PAGAM E TÊM DIREITO A UMA GARRAFA DO WHISKY", acho que que isto seria a desgraça. Elas mesmo que não queiram beber, há discotecas a oferecer 6 bebidas de oferta, elas quase são forçadas a ingerir bebidas álccolicas e a mulher mesmo que não por hábito beber ou beba pouco, como já referi anteriormente, basta encontrar-se num estado de crise que a mulher não consegue aguentar e acaba por se desgraçar, mas há casos em que existem testemunhos de mulheres afirmando que se não tivessem tanta promoção a nível de bebidas talvez hoje tivessem uma vida melhor e mais estável. Acho que há outras formas de promoção para conseguir obter sucesso por parte dos estabelecimentos nocturnos de diversão junto do sexo feminino sem ter de se recorrer sempre ao mesmo método. A verdade é que se essa promoção sempre levou muitas mulheres á discoteca, a verdade é que também hà mulheres que afirmam que não gostam desse exagero promocional e que há outras formas de as seduzir.
As mulheres também são menos tolerantes à bebida e, por isso, necessitam beber menos para sentirem-se embriagadas. Outra característica do alcoolismo feminino é que normalmente, no início, a mulher bebe sozinha com receio de ficar estigmatizada. Nossa cultura é permissiva com o beber masculino. Acha-se engraçado um homem alcoolizado fazendo brincadeiras ou até se expressando de forma inconveniente na mesa de um bar. Mas a mulher que se comporta da mesma forma rapidamente é rotulada de vadia ou, no mínimo, inadequada. Os bares também não combinam com mulheres bebendo exageradamente, o que cada vez presenciamos mais infelizmente, sendo elas quem bebem mais e mais rapidamente ficam embriagadas. Em muitos países não se entram nas discotecas com menos de 18 anos, e muitos países divulgam e informam as pessoas que têm de estar bem vestidas e não existe benefícios exagerados para nenhum dos sexos e os ambientes são agradáveis e não existem constantemente problemas como em Portugal nem clima de insegurança a todo o momento. Eu sei que muita gente é contra a selecção, mas quem conhece o pacha em ofir, uma das discotecas de eleição na zona norte do país, sabe que o pacha já teve uma selecção muito rigorosa e passou a não ter simplesmente selecção nenhuma. O problema é por vezes é o radicalismo.A título de curiosidade, hà países onde os polícias são os encarregues de proceder á selecção nas entradas para os estabelecimentos de diversão nocturna.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Esposende rumo a Ponte de Lima - Feiras Novas 2007




Este ano desloquei-me mais uma vez às tradicionais "Feiras Novas" na bela cidade de ponte de lima e na hora da despedida ficaram registados bons momentos.
As Festas do Concelho de Ponte de Lima , as tradicionais "FEIRAS NOVAS" foram criadas pelo rei D. Pedro IV a 5 de Maio de 1826.
Feiras Novas , festa que hoje acontece pelas ruas, pelas margens do rio, por todo o lado e onde se deslocam pessoas de todo o país e principalmente de esposende. Naquele tempo, a diversão principal girava à volta do folclore, as pessoas iam para as tascas, rir à gargalhada com os duelos de cantares ao desafio. Nesta mesma praça, organizavam-se rodas enormes e executávamos voltas e voltas milimetricamente aperfeiçoadas. Passavam a noite assim e cresciam e viviam as festas desta maneira. Poderá parecer estranho para quem não conhece, mas a magia das Feiras Novas encerrava-se nesse espírito genuíno e popular, onde a forma de as pessoas se divertirem era andar na rua e nas tascas a viver a festa com as pessoas das aldeias e a tentar aprender o máximo acerca da tradição. Mas agora já não é assim. Embora ainda venham muitos homens com concertinas, a música techno abafa-lhes o som. Agora estamos numa mega festa da cerveja e prova disso é que as grandes marcas se degladiam pelo patrocínio. Na altura não existia emoção maior do que entrar numa roda de dança.
Mas a verdade é que hoje as coisas vivem-se de outra forma, hoje já não se fazem os duelos de concertina onde as pessoas se reuniam nas tascas, mas continua-se andar pelas ruas e continua-se a "matar a sede" da melhor forma possível.

sábado, 6 de outubro de 2007

Salas de injecção assistida e está resolvido o problema, será ??












A possibilidade de portugal vir a usufruir de salas de injecção assistida, destinadas ao consumo de drogas é uma medida polémica e com a qual não concordo.
É o caminho mais fácil este, pois assim não estaremos a tratá-los mas sim alimentando-lhes o vício. Hoje já existem centros e institutos em vista à recuperação e integração na sociedade. Tenho conhecimento de pessoas que vivem nesse meio, todos sabemos que maior parte dessas pessoas enfrentam graves problemas de saúde, económicos e sociais. Não afirmo que sejam só pessoas de baixo nível económico e social. Cada vez mais são os jovens a aderir a este mundo da droga, muito cedo os jovens experimentam drogas e todos nós temos conhecimento disso e à locais que não sendo salas de chuto, funcionam indirectamente como tal para o efeito. A verdade é que muitas dessas pessoas que vão sobrevivendo nesse mundo da toxicodependência deixam de ter capacidade para se orientarem e para voltar à vida real, e se os deixarmos alimentar o vício não é o caminho certo para a reintegração social.
Muitas pessoas afirmam que mesmo que não sejam implementadas salas de xuto, eles injectam-se na mesma e em condições miseráveis, mas não se pode pensar assim, respeito mas é um pensamento " ingénuo" que se desvia da resolução do problema em causa. Concordo e está em causa a saúde de todos os toxicodependentes, mas não acham que com com salas de xuto o mundo da toxicodependência vai-se tornar mais forte e alargar ?? acham que vão deixar de se injectar cá fora ?? valerá apenas um investimento tão grande para um projecto temporário ?? Todos sabemos que vão continuar a injectarem-se cá fora, e que isto não resolve nada, e não se pode comparar Portugal com outros países, porque Portugal tem os seus problemas e tem que enquadrá-los mediante a situação e capacidade do país,
Temos que trabalhar na prevenção da droga e não é com soluções destas que o fazemos fazer com sucesso.
E como já disse, temos de procurar formas de combater essas condições miserávies e degradantes em que se encontram essas pessoas, mas também temos que ver que não é só nesse mundo que os problemas existem, pois existem muitas pessoas que não são toxicodependentes, pessoas que trabalham e andam pelos caixotes do lixo procurando comida para alimentar os filhos e sem condições de saúde nenhumas, isto porque uma das grandes justificações para a criação das salas de chuto é precisamente as condições em que essas pessoas toxicodependentes vivem. Acham que é só no mundo da toxicodependência que existem essas condições de saúde miseráveis ?? Em vez de estarem com essa ideia "ingénua", criem e gastem dinheiro por exemplo em centros de reabilitação, e criem formas de dar comida e bens alimentares necessários a pessoas que vivam em condições mínimas, como infelizmente ainda acontece no nosso país, é importante referir que o papel das asscoicações e fundações é muito importante, pois no porto existem associações que fornecem alimentos e refeições ao sem-abrigo e a pessoas necessitadas e isso sim é combater a pobreza, a miséria em que essas pessoas vivem.
Eu sou a favor que todas as pessoas podem mudar, é difícil como tudo na vida mas só é possível combatendo e não oferecendo-lhes "dinheiro sem trabalho".


Sim ao combate à droga. Não à droga.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Partidos políticos deviam falar mais nas universidades




Hoje, é raro partidos políticos deslocarem-se às universidades, o que deveria acontecer frequentemente, pois acho que irem às faculdades só nas campanhas eleitorais não faz a diferença. Cada vez mais verificamos o desagrado das pessoas em relação à política , mas quem gosta da política sabe que à formas de a tornar bonita e de a tornar útil e eficaz, coisa que neste momento em portugal não acontece. Concordo com as pessoas que contestam as associações de estudantes quando afirmam que as próprias não "fazem nada" para promover eventos relacionados com as diversas áreas, pois hoje verifcamos que as associações de estudantes nas faculdades são apenas um mero divertimento, e o resultado está á vista, mas voltando aos partidos políticos, acho que na minha opinião deveriam durante cada ano curricular ir às faculdades debater os temas mais actuais expressando e justificando as suas opções políticas sobre os mais variados temas da actualidade.

Programa "Novas oportunidades" - Aprender compensa

Portugal tem 480 mil jovens entre os 18 e os 24 anos sem o Ensino Secundário concluído, não há receitas milagrosas, nem medidas que respondam aos problemas em meia dúzia de meses. A formação tem de assumir-se como uma prioridade total do país nos próximos anos. Não sou contra o programa em si, mas sim contra a forma como foi planeada a sua aplicação, quero dizer que não concordo com o facilitismo, acho que a educação é um dos maiores problemas do nosso país, a ideia do programa "novas oportunidades" é inteligente, mas o modo como planearam a sua intervenção acho que não foi o mais adequado e tirar 3 anos em 3 meses é difícil, mas os resultados do programa só podem ser positivos, não poderia ser de outra forma, tendo-se registado 250 mil inscrições só no 1º semestre 2007, sendo que os números estão sempre aumentar. Eu apoio este tipo de programas e acho e sempre defendi que como este podem surgir outros programas com finalidades diferentes nas mais variadas áreas.
Devemos apostar na formação de todas as pessoas, mas com qualidade, hoje precisa-se urgentemente de obter resultados na educação, mas não se pode, como se diz no popularismo " meter a carroça à frente dos bóis", já à muito que na europa estamos muito mal classificados mas se fosse só na área da educação até poderiamos estar felizes e alegres, pois estamos muito atrasados em quase todas as áreas e hoje hà um grande clima de instabilidade pois é urgente apresentar resultados na área da educação. Hoje, Portugal ainda regista um nível de alfabetismo preocupante e ainda é de 40% a percentagem de pessoas com o ensino superior médio.

Será que um bombeiro deverá assumir a responsabilidade num caso urgente de transporte de um doente ??

Aqui a questão pode levar a várias interpretações. A primeira resposta que ocorre e surge de imediato nas mentes das pessoas é negativa mas observem o caso relatado mais abaixo. É um problema difícil de resolver porque está em causa uma vida humana. Hà processos em tribunal contra corporações de bombeiros por terem assumido a responsabilidade de transportar o doente para um hospital de maior dimensão sem o transportarem primeiramente para o hospital local.
A situação seguinte ocorreu na zona de Penafiel, em que um bombeiro perante a situação com a qual se deparam na altura do acidente, achou que o doente deveria ser transportado directamente e com urgência para o Hospital S.joão, em vez de ser transportado para o hospital de Penafiel, mas infelizmente o doente acabou por falecer no decorrer do percurso até ao hospital S.joão no porto. O bombeiro assumiu uma responsabilidade que não era da sua competência, mas na sua companhia colaborou um enfermeiro que também concordou com o transporte directo para o hospital S.joão . Estes casos são frequentes infelizmente, sei que por vezes são segundos que podem decidir uma vida humana mas aqui põe-se duas de muitas questões: será que se tivesse transportado o doente para o hospital Penafiel teria sobrevivido sabendo que se encontrava num estado muito grave e pode o enfermeiro assumir a responsabilidade de o transportar de imediato para o hospital S.joão perante o seu estado crítico e com conhecimento que só no hospital S.joão poderia ter hipóteses de ser salvo a tempo pois o hospital Penafiel não teria condições para o receber, sem conhecer o seu passado em termos de problemas de saúde??
Decidi colocar esta questão, pois é interessante e todas as pessoas devem ter uma opinião sobre este caso e sobre estas situações, pois mesmo em termos jurídicos é uma situação muito complicada, pois podem ocorrer erros de avaliação e outras consequências decorrentes do processo mas aqui o importante é referir que ainda existe muitas pessoas no nosso país que falecem a caminho dos hospitais embora maior parte dos casos não se chegue a obter conhecimento, maior parte das vezes por razões políticas.