Admira, mas não supreende o regresso de um dos elos mais fracos que existe na política, porque o discurso "bairrista" e exagerado a que já nos habituou este Ministro da Defesa só desprestigia o seu partido, a política e o a instituição que defende como Ministro da Defesa. A defesa nacional é sector fundamental acção do Estado, e, hoje, plenamente integrado na gestão da política externa. Este cargo exige autoridade e credibilidade, exige uma pessoa que saiba dignificar a instituição que defende e não uma pessoa que coloque diariamente a independência e a integridade do cargo que ocupa em causa. Lembrar Dr. Augusto Santos Silva é lembrar frases como "eu gosto é de malhar na direita"; é lembrar ataques injustificados, não distinguindo os "factos" das opiniões" ; é lembrar ataque a Manuel Alegre, não sabendo respeitar o outro, e neste caso, mais grave, um dos históricos do seu partido; é lembrar a forma como dirige aos partidos como pcp e bloco de esquerda : aqueles "sujeitos e sujeitas", não respeitando a própria democracia; é lembrar o pior da política e aí figura o nome de Augusto Santos Silva. Revelou aos portugueses o "gosto de malhar na direita" e nos " portugueses", mas esqueceu-se que para isso acontecer é preciso que a direita e os portugueses se deixem malhar, e que tenham um princípio de conduta desleal, incorrecto e desonesto como é seu exemplo, o que não acontece. O seu recente "regresso" foi marcado pelo caso dos "submarinos", em que mais uma vez mostrou a sua forma de fazer política.
Podia Augusto Santos Silva exercer o cargo de Ministro da Defesa com probidade e credibilidade, não dizendo tantas asneiras ? Poder podia, mas não era a mesma coisa.