Uma economia omissa e pouco competitiva, um tempo de adiar decisões, quando ontem o investimento era mais que uma prioridade, era uma norma imperativa do partido socialista, e foi em tempos norma supletiva de outras cores políticas. Tempos difíceis onde durante os próximos 4 anos, o país, de forma desigual, vai sujeitar-se a cumprir regras europeias, num inevitável estado de sujeição. Neste estado de sujeição, hà dúvidas fáceis de entender mas difíceis de justificar, como é o caso de suspender o TGV que faz ligação Porto-Lisboa e suspender o TGV que faz a ligação Porto-Vigo e não suspender o TGV que faz ligação Lisboa-Madrid. Várias foram as recomendações, mais correcto afirmar imposições chegadas de Bruxelas, mas com o poder discricionário concedido ao Governo português, esse poder, presume-se, ter sido usado nesta selecção de investimento público. Será coerente as pessoas que defendem descentralização do poder, serem as mesmas a defender o Red Bull Air Race e TGV em Lisboa, num país que volta, como em outros tempos, a centralizar o seu poder, cada vez mais e de forma acentuada, na sua capital, não sendo um bom sinal de crescimento e desenvolvimento sustentável do país.